«A farmacêutica Glaxo Smith Kline (GSK) anunciou nesta quarta nos EUA que vai prorrogar, por mais três anos, os estudos clínicos de longa duração de sua vacina candidata contra o câncer de colo de útero. Os testes somarão, no total, nove anos, e a empresa defende que a medida vai "assegurar a eficácia em longo prazo, a resposta imunológica e a segurança" do medicamento. Segundo comunicado da empresa, este é um acompanhamento em longo prazo de mulheres que participaram do estudo inicial e da pesquisa de acompanhamento subseqüente.
Os pesquisadores avaliam a eficácia da vacina em prevenir a infecção pelo papilomavírus humano tipos 16 e 18, os mais comuns causadores do câncer. Nos próximos três anos também continuará a ser examinada a eficácia da vacina na prevenção das infecções com outros tipos de vírus, além dos tipos 16 e 18. Também serão observadas a resposta imunológica e a segurança da vacina em longo prazo. Para Barbara Howe, vice- presidente e diretora de desenvolvimento de vacinas da empresa, o estudo pode prover conhecimento científico adicional sobre o potencial da vacina em oferecer proteção contra o câncer do colo do útero. "Esta é a segunda maior causa de morte por câncer entre mulheres jovens", destacou Howe. O estudo clínico está marcado para começar na próxima semana, e incluirá mais de 400 mulheres jovens, que inicialmente, quando tinham entre 15 e 25 anos de idade, receberam a vacina formulada com o sistema adjuvante AS04 ou a vacina placebo. Resultados obtidos cinco anos e meio após a vacinação foram apresentados no encontro anual da Associação Americana de Estudo do Câncer, em abril de 2007.
O estudo inicial, controlado por placebo, incluiu 1.113 jovens mulheres com idade entre 15 e 25 anos, que receberam aleatoriamente três doses da vacina candidata contra o câncer de colo do útero ou três doses de placebo num período de seis meses. O primeiro acompanhamento do estudo está focado no resultado de 776 mulheres do grupo inicial, seis anos e meio após o começo da vacinação no estudo inicial. Nesta fase, o estudo continuará a avaliar mais de 400 mulheres de cinco centros de pesquisa no Brasil e seguindo o delineamento dos estudos anteriores para assegurar a consistência na coleta de dados em longo prazo. Os objetivos serão avaliados por mais 36 meses, fornecendo dados de um total de aproximadamente nove anos após a administração da primeira dose de vacina/placebo.»
Fonte:Jornal de Itupeva
Link:http://www.jornaldeitupeva.com.br/noticia.php?id=070921074331
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