sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Técnica de congelamento de óvulos chega à Bahia


«Mais uma possibilidade para tornar real o sonho da maternidade está ao alcance dos casais baianos. A técnica de congelamento de óvulos preserva a fertilidade da mulher que, por questões profissionais ou tratamentos médicos, vê-se impelida a adiar a gravidez. A opçãoo se soma ao leque de opções na área da reprodução assistida, a exemplo de inseminação artificial, congelamento de espermatozóides e de embriões. A ansiedade e o medo de frustração ainda assombram, mas a evolução das técnicas e o sucesso alcançado nos tratamentos de infertilidade é que chega a 40% e têm estimulado a procura por este serviço médico especializado.

Mulheres jovens, até 35 anos, são o público deste tratamento inovador, já que a partir desta idade hà uma queda natural na fertilidade feminina. A paciente é então submetida à aplicação de injeções de hormónios, que estimulam os ovários a liberar o óvulo. O médico acompanha todo o processo, até que as células estejam prontas para a fase de aspiração. Então, elas são recolhidas, examinadas e, caso estejam saudáveis, congeladas. Podem ser mantidas assim por vários anos, atá mesmo uma dácada, para então serem fecundadas por um espermatozóide. Tanto para mulheres que desejam postergar a maternidade, quanto para aquelas que irão passar por tratamentos de radioterapia e quimioterapia, a técnica é uma inovação bem-vinda para a preservação da fertilidade.

Com o aprimoramento da técnica e dos profissionais, o desafio agora é adotar ferramentas gerenciais para melhorar a qualidade do atendimento e a satisfação do paciente. Com este objetivo, profissionais mundialmente reconhecidos reúnem-se em Salvador, até sábado, no Hotel Pestana, em Ondina. O Serono Symposia International discutirá a adoção de sistemas de controle de qualidade nas clínicas de reprodução assistida, como medida para ampliaçãoo do êxito nos tratamentos. Por envolver uma equipe multidisciplinar, esta área específica da medicina demanda um trabalho detalhado e minuciosos de articulação. Tanto o suporte médico, como o emocional ao casal devem ser criteriosos e observados.

A Bahia sedia o segundo simpósio sobre o tema no mundo. "Queremos implementar gestão de organização, para maximizar a qualidade de atendimento, observando todos os diferentes aspectos envolvidos, desde a formação da equipe até o cuidado com a recepção e o tratamento do paciente", explicou a coordenadora do simpósio, a professora assistente em reprodução humana da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Bela Zausner. Entre os temas abordados estão as formas de otimização do tratamento, já que o abandono ao tratamento ainda é considerado elevado. Resultados conseguidos por centros de excelência mundiais em reprodução assistida também serão apresentados a cerca de 250 profissionais médicos.

Perfil - Em oito anos, Zausner explica que o perfil dos que procuram os serviços de reprodução assistida tem mudado. Além de casais jovens, com média de idade de 25 a 48 anos e nivel social alto, um novo segmento também tem procurado as clínicas de reprodução assistida, que estão se preparando para a nova demanda. "São mulheres que desejam uma produção independente, casais homoafetivos e homens que querem discutir a situação da fertilidade", pontua a especialista. Para muitos casais, o preço para ter um filho é alto e depende muito da técnica e do número de tentativas. Isto porque a área de reprodução assistida é um especialidade que envolve a participação de médicos, enfermeiros, biólogos, psicólogos e diversos outros técnicos.»

Fonte: Correio da Bahia

Link:http://www.correiodabahia.com.br/aquisalvador/noticia_impressao.asp?codigo=136252

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