quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Deixem os pais assistir ao nascimento dos filhos


«Mesmo em caso de cesariana, pede pediatra. «Homem também é dono do momento»O pediatra Mário Cordeiro apelou ao Ministério da Saúde que autorize os pais a assistir ao nascimento dos filhos, mesmo em caso de cesariana, defendendo que os homens têm todo o direito a acompanhar o parto, noticia a Lusa. »

A Direcção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde deviam ser implacáveis e estabelecer uma regra para todos, obviamente com base científica», afirmou Mário Cordeiro em entrevista à agência Lusa. Para o especialista, «não se justifica» que os hospitais tenham regras diferentes para partos distintos, dando o exemplo de unidades privadas que têm normas opostas sobre a presença dos pais quando se trate de parto natural ou cesariana com epidural.

Na generalidade dos hospitais portugueses, quer públicos quer privados, a presença do pai quando o parto é natural é já uma prática comum, mas quando é realizada uma cesariana (mesmo só com recurso a epidural, estando a mãe acordada) muitas instituições opõem-se à presença paterna. «Se é um nascimento, devem estar lá as pessoas envolvidas.

Os donos do momento são ambos os pais; os médicos e enfermeiros são apenas uma espécies de auxiliares», argumentou, comparando a presença dos profissionais de saúde com os técnicos de som de um qualquer espectáculo de um grande grupo de música. «No dia seguinte a um concerto dos Rolling Stones, as manchetes e os jornais falam é da banda e eventualmente dedicam um pequeno espaço aos técnicos de som e luzes. Mas os verdadeiros protagonistas continuam a ser os músicos, apesar de não haver espectáculo sem um técnico de som», comparou.

O pediatra, autor de diversos livros sobre crianças, atribui «à arrogância profissional» de alguns profissionais de saúde a recusa da presença do pai, em algumas unidades, quando o parto é feito por cesariana. «Garanto-lhe que se for o obstetra ou o enfermeiro a ter um filho, ele estará lá no momento do nascimento», adiantou.»

Fonte:Portugal Diário

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