A Farmácia de Santa Catarina, no Porto, está a comercializar uma vacina de prevenção do cancro do colo do útero disponível em Portugal a preço de custo.
Trata-se da primeira vacina e não da segunda, que entrou hoje, segunda-feira, no mercado português.
Esta medida possibilita o acesso mais fácil ao meio de prevenção de uma das doenças mais mortíferas do sexo feminino, por uma parte mais significativa da população.
Esta medida possibilita o acesso mais fácil ao meio de prevenção de uma das doenças mais mortíferas do sexo feminino, por uma parte mais significativa da população.
Hoje começou a ser comercializada, em Portugal, uma outra vacina que combate o cancro do colo do útero. O preço do tratamento completo ronda os 433 euros. Este é dividido em três doses com o valor de 144,41 euros cada. Ao contrário da vacina anterior que combate quatro tipos de vírus (6, 11, 16, 18 do HPV), a nova protege apenas os tipos 16 e 18.
A Farmácia de Santa Catarina vai vendê-la não a preço de custo, mas a 130 euros cada dose. Fica assim ao mesmo preço que a vacina anterior.
Prevenção “não pode ser um privilégio”
Ao contrário do que já se verifica noutros países, como é o caso da Alemanha e dos EUA, em Portugal esta vacina não é comparticipada pelo Estado e não está incluída no Plano Nacional de Vacinação. No nosso país, o tratamento completo (três vacinas) representa um investimento de 480 euros, o que não está ao alcance de uma grande franja da nossa população. Isto para as famílias que têm apenas uma filha em idade de ser vacinada, caso contrário a situação agrava-se significativamente.
A direcção desta farmácia decidiu abdicar integralmente da margem de lucro do produto ao verificar que a maior parte dos utentes não adquiria a vacina por não ter possibilidades financeiras para tal. Em termos práticos trata-se de uma redução de 90 euros por tratamento, ou seja, o tratamento completo, se adquirido nesta farmácia, fica a 390 euros por doente. Para adquirir a vacina por este preço não é necessária nenhuma condição para além da apresentação da receita médica, no acto da compra.
O director técnico da farmácia, Carlos Almeida, admitiu ao JPN que, para além de constituir um serviço de utilidade pública, esta acção destina-se também a aumentar o número de clientes. Segundo o responsável, tem-se verificado um crescimento significativo do número de utentes nos últimos dias.
Créditos
A farmácia de Santa Catarina entendeu também que, mesmo a preço de custo (390€), o tratamento continua a ser inacessível para muitas famílias. Logo, adoptou uma outra medida: negociou com uma empresa de crédito ao consumo que possibilita a concessão de crédito a seis ou 12 meses a todos aqueles que necessitem ou pretendam para a aquisição do referido medicamento. As propostas de adesão são preenchidas na farmácia e a resposta da empresa é praticamente imediata, podendo o doente adquirir, nesse mesmo momento, as vacinas.
“A prevenção do cancro do colo do útero não pode ser um privilégio só ao alcance dos ricos”, diz o director técnico.»
Fonte:JPN
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