terça-feira, 6 de novembro de 2007

Estado deve reforçar apoio a casais inférteis


«Existem, em Portugal, cerca de 500 mil casais que sofrem de infertilidade, ou seja, cerca de um em cada dez casais não consegue gerar o filho tão desejado,segundo dados da Sociedade Portuguesa de Medicina Reprodutiva. Para todos eles, os progressos da ciência surgem como o único sinal de esperança.

Mais ainda: o problema promete crescer à medida que as mulheres forem adiando a sua primeira gravidez, procurando conceber num período em que a sua fertilidade "já não é o que era" e, por outro lado, os casais que não tinham outro remédio senão o de se conformarem, sabem, agora, que há novas formas de ultrapassar as dificuldades.

As técnicas de procriação medicamente assistidas são fascinantes, e se, de casais inférteis fossem finalmente pais. E como qualquer um deles lhe dirá, todo o sofrimento ficou esquecido no momento em que embalaram nos braços o seu bebé.

Mas apesar de todos os progressos da ciência, alguns dos quais explicados,hoje, ao Destak, pelo prof. Carlos Plancha, especialista em Medicina daReprodução e "autor" da primeira criança concebida através da nova técnica deIVM, estes métodos implicam muito sofrimento, resistência psicológica e dinheiro!

A taxa de sucesso de um ciclo de FIV fica-se pelos 20%, e não aumenta com a insistência. Se, na posse desta percentagem, tivermos em conta que os medicamentos de indução hormonal custam cerca de 700 euros, por ciclo, e uma intervenção de aproximadamente 850 euros, entende-se que as listas de esperados hospitais públicos sejam longas, e que as cerca de 16 clínicas privadas acabem por ser frequentadas apenas por quem pode - muitas vezes, recorrendo a empréstimos bancários, que são obrigados, obviamente, a honrar mesmo sem gravidez à vista.

O Estado aceita que 30% do custo destes tratamentos seja abatido no IRS, o que é manifestamente pouco, sobretudo quando se deseja aumentar a Taxa deNatalidade do País.
Fonte:Destak

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