sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Excesso de exercício físico no início da gravidez pode aumentar risco de aborto


«PARIS (AFP) — As mulheres que praticam atividades esportivas intensas de mais de sete horas por semana no início da gravidez têm até 3,5 vezes mais chances de perder o bebê do que as que não fazem nenhum tipo de exercício físico, segundo um artigo da revista britânica New Scientist, da edição que chega às bancas no sábado.

As mulheres não devem, entretanto, deixar de praticar atividades físicas moderadas, como natação, diz o professor John Newnham, da University of Western Australia (Escócia) no mesmo artigo.

Os esportes mais arriscados são os chamados de "impacto", como corrida, esportes com bola ou raquetes, de acordo com a publicação, que cita um estudo dinamarquês com quase 93.000 gestantes.

A natação, em contrapartida, seria bastante benéfica, de acordo com o estudo.

Além disso, nenhuma relação foi encontrada entre o exercício físico e a perda do bebê após 18 semanas de gravidez.

Atualmente, os médicos da maioria dos países - incluindo Estados Unidos, Grã-Bretanha e Dinamarca - recomendam exercícios físicos na gravidez em níveis similares aos de mulheres que não estão grávidas.»

Fonte: apf
Link: http://afp.google.com/article/ALeqM5jnGFGB-KZuJlvh4RRPVPFqcExADA

Festa com solteiros para aumentar natalidade


De facto a força de vontade de uns devia ser contagiante ... a outros.

«O aumento da população residente está transformado em objectivo primordial da Câmara Municipal de Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, que sexta-feira promove uma iniciativa inédita a pensar na constituição de casais.

Uma tenda vai acolher a I Festa dos Solteiros - aberta também a divorciados e viúvos -, com a qual se pretende o fomento das relações inter-pessoais.

Segundo Paulo César, vereador da Câmara Municipal de Vila de Rei, «o objectivo do executivo é aumentar a população residente. Se esta iniciativa de espírito casamenteiro ajudar a aumentar o número de casamentos e de crianças, daremos mais um passo no sentido de rejuvenescer a população».

Paulo César revelou que as pessoas «têm mostrado interesse e curiosidade» em conhecer as regras de acesso a esta festa exclusiva.

«Muita gente tem telefonado a perguntar como vai ser e não se fala de outra coisa na vila. A entrada vai ser apertada e rigorosa e só entra quem provar que não tem qualquer vínculo conjugal», acrescentou.

Segundo o vereador, a Festa do Solteiro «vai decorrer à média luz, com jogos, passatempos e muita música romântica. Para o par vencedor do jogo da Porca e do Parafuso oferecemos um jantar à luz de velas e vamos também sortear fins-de-semana para duas pessoas em várias pousadas do país».

«Pode não ser muito, mas é mais uma forma de lutarmos contra a interioridade e o êxodo rural», disse o autarca.

Esta é mais uma iniciativa a juntar aos subsídios que, anualmente, no Dia do Município, a autarquia de Vila de Rei atribui aos casais que casem no concelho (mil euros) e às crianças que ali nasçam (750 euros).

Segundo a presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, «desde 2000 a autarquia já entregou 95 apoios ao casamento e 195 ao nascimento».

«E depois desta festa [dos Solteiros] quero entregar muitos mais», acrescentou.»

Fonte: Portugal Diário

Link:http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=859199&div_id=291

Técnica de congelamento de óvulos chega à Bahia


«Mais uma possibilidade para tornar real o sonho da maternidade está ao alcance dos casais baianos. A técnica de congelamento de óvulos preserva a fertilidade da mulher que, por questões profissionais ou tratamentos médicos, vê-se impelida a adiar a gravidez. A opçãoo se soma ao leque de opções na área da reprodução assistida, a exemplo de inseminação artificial, congelamento de espermatozóides e de embriões. A ansiedade e o medo de frustração ainda assombram, mas a evolução das técnicas e o sucesso alcançado nos tratamentos de infertilidade é que chega a 40% e têm estimulado a procura por este serviço médico especializado.

Mulheres jovens, até 35 anos, são o público deste tratamento inovador, já que a partir desta idade hà uma queda natural na fertilidade feminina. A paciente é então submetida à aplicação de injeções de hormónios, que estimulam os ovários a liberar o óvulo. O médico acompanha todo o processo, até que as células estejam prontas para a fase de aspiração. Então, elas são recolhidas, examinadas e, caso estejam saudáveis, congeladas. Podem ser mantidas assim por vários anos, atá mesmo uma dácada, para então serem fecundadas por um espermatozóide. Tanto para mulheres que desejam postergar a maternidade, quanto para aquelas que irão passar por tratamentos de radioterapia e quimioterapia, a técnica é uma inovação bem-vinda para a preservação da fertilidade.

Com o aprimoramento da técnica e dos profissionais, o desafio agora é adotar ferramentas gerenciais para melhorar a qualidade do atendimento e a satisfação do paciente. Com este objetivo, profissionais mundialmente reconhecidos reúnem-se em Salvador, até sábado, no Hotel Pestana, em Ondina. O Serono Symposia International discutirá a adoção de sistemas de controle de qualidade nas clínicas de reprodução assistida, como medida para ampliaçãoo do êxito nos tratamentos. Por envolver uma equipe multidisciplinar, esta área específica da medicina demanda um trabalho detalhado e minuciosos de articulação. Tanto o suporte médico, como o emocional ao casal devem ser criteriosos e observados.

A Bahia sedia o segundo simpósio sobre o tema no mundo. "Queremos implementar gestão de organização, para maximizar a qualidade de atendimento, observando todos os diferentes aspectos envolvidos, desde a formação da equipe até o cuidado com a recepção e o tratamento do paciente", explicou a coordenadora do simpósio, a professora assistente em reprodução humana da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Bela Zausner. Entre os temas abordados estão as formas de otimização do tratamento, já que o abandono ao tratamento ainda é considerado elevado. Resultados conseguidos por centros de excelência mundiais em reprodução assistida também serão apresentados a cerca de 250 profissionais médicos.

Perfil - Em oito anos, Zausner explica que o perfil dos que procuram os serviços de reprodução assistida tem mudado. Além de casais jovens, com média de idade de 25 a 48 anos e nivel social alto, um novo segmento também tem procurado as clínicas de reprodução assistida, que estão se preparando para a nova demanda. "São mulheres que desejam uma produção independente, casais homoafetivos e homens que querem discutir a situação da fertilidade", pontua a especialista. Para muitos casais, o preço para ter um filho é alto e depende muito da técnica e do número de tentativas. Isto porque a área de reprodução assistida é um especialidade que envolve a participação de médicos, enfermeiros, biólogos, psicólogos e diversos outros técnicos.»

Fonte: Correio da Bahia

Link:http://www.correiodabahia.com.br/aquisalvador/noticia_impressao.asp?codigo=136252

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Antidepressivo na gravidez pode provocar defeitos


«O uso de antidepressivos durante a gravidez pode aumentar o risco de defeitos de nascença como céu-da-boca fendido, segundo um estudo feito por cientistas dinamarqueses e americanos.

Segundo os resultados preliminares do estudo, o uso de antidepressivos do tipo SSRI (Inibidores Seletivos da Recaptura de Serotonina, na sigla em inglês) nos três primeiros meses de gravidez está ligado a um aumento de 40% no risco de defeitos.

A probabilidade de o bebê apresentar problemas cardíacos aumentou 60% quando a mãe tomou antidepressivos.

Apesar disso, os pesquisadores afirmam que os resultados, apresentados na conferência da International Society for Pharmacoepidemiology e publicados na revista Pulse, não significa que as mulheres devem parar de tomar os medicamentos.

Prozac

Os antidepressivos do tipo SSRI, que incluem drogas como Prozac e Seroxat, agem elevando os níveis de serotonina no cérebro.

Seu uso durante a gravidez já havia sido ligado a sintomas de abstinência dos antidepressivos em recém-nascidos em um estudo publicado no início do ano pela revista The Lancet.

Além disso, os médicos foram alertados para não prescrever esse tipo de drogas para crianças por causa de um aumento no risco de suicídio.

No estudo mais recente, que analisou 1.054 mulheres que tomaram drogas do tipo SSRI na gravidez, os cientistas também descobriram que o seu uso no fim da gravidez estava associado a um risco 40% maior de nascimento prematuro.

O pesquisador-chefe Henrik Toft Sorensen disse à BBC que o estudo ainda está em sua fase inicial e que ainda é cedo para dizer que as mulheres deveriam tomar alguma precaução baseada em suas descobertas.»

Fonte: BBC

Link: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2005/09/050901_antidepressivosrw.shtml

Amamentar pode 'diminuir dor em bebês'


«Amamentar os bebês pode ser o analgésico mais eficiente para recém-nascidos, segundo um estudo do hospital canadense Mount Sinai, que analisou várias pesquisas sobre o assunto.

O estudo concluiu que amamentar no peito os recém-nascidos ajuda a aliviar a dor da agulhada dada no teste do pézinho, por exemplo, usado para examinar o sangue dos bebês.

Os bebês amamentados no peito também parecem sentir menos dor do que os que eram embalados, receberam uma chupeta, ou um placebo. O conforto proveniente da presença da mãe pode ser a chave do efeito.

O estudo se baseou em dados relativos a mil bebês.

Os pesquisadores afirmam ainda que a amamentação pode ajudar a diminuir a dor de bebês prematuros que passam por várias intervenções quando em cuidado intensivo.

Mas eles ressaltam que o estudo não testou o impacto da amamentação sobre a dor associada à repetição de procedimentos.

A equipe do Hospital Mount Sinai avaliou a dor medindo mudanças nos batimentos cardíacos e no ritmo da respiração, e também a duração do choro de um bebê depois da agulhada do teste do pézinho.

Conforto

Os pesquisadores afirmam que a chave para o efeito da amamentação pode ser, simplesmente, o conforto do bebê por estar tão próximo da mãe.

Outra opção é que a amamentação distrairia os bebês na hora da dor.

Os pesquisadores ainda sugerem que a doçura do leite materno pode ser um dos fatores, e uma outra teoria é que o leite poderia conter uma alta concentração de químicos que poderiam detonar a produção de endorfinas - analgésicos naturais.

Segundo o estudo, dar uma solução com açúcar para os bebês também pareceu ser eficiente.

Mas o pesquisador Prakeshkumar Shah disse que "com base neste estudo, concluímos que quando um recém-nascido passa por um procedimento doloroso, o aleitamento materno é superior a qualquer tratamento, placebo ou a apenas embalar o bebê, para aliviar a dor".

"Como é o método mais barato, seguro e vantajoso sob outras perspectivas, deveria ser oferecido a todos os recém-nascidos para aliviar a dor de procedimentos médicos sempre que possível."»

Fonte: BBC

Link:http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2006/07/060719_bebeamamentacaodor_ba.shtml

Teste indica problema de fertilidade em casal


«Dispositivo caseiro mede a concentração de espermatozóides móveis.Novidade também avalia a qualidade dos óvulos; precisão é de 95%.

Já está à venda nos Estados Unidos e em alguns países europeus, sob o nome comercial de Fertell, o primeiro teste caseiro de fertilidade para casais. Desenvolvido pela Universidade de Birmingham, no Reino Unido, ele avalia a concentração de espermatozóides e a qualidade de óvulos com uma precisão de 95%.

No caso dos homens, o dispositivo avalia em pouco mais de uma hora a concentração de espermatozóides ativos capazes de nadar com sucesso até o óvulo, para fecundá-lo. Já o teste feminino, nada mais é do que um medidor de urina, muito parecido com os testes caseiros de gravidez, que indica o nível do hormônio estimulador de folículos (FSH), no terceiro dia do ciclo menstrual. O resultado, pronto em meia hora, revela a qualidade dos óvulos.

Segundo os pesquisadores, uma das intenções do dispositivo é acabar com o constrangimento dos homens que se submetem a exames em laboratórios. “Muitas vezes, as mulheres passam por todo o processo de testes, e os homens sequer fazem análise de sêmen”, alertou Harry Fisch, diretor do Centro de Reprodução Masculina no New York-Presbyterian, em entrevista ao jornal "The New York Times".

A empresa Genosis, responsável pela fabricação do produto, ressalta em seu site que o Fertell, embora filtre os principais problemas de infertilidade, não capta todas as dificuldades relacionadas a ela. Deste modo, recomenda que os casais com resultados positivos e que não obtiverem êxito depois de alguns meses de tentativa procurem um especialista.

Aprovado pela FDA (agência que regula fármacos e alimentos nos EUA) e elogiado pelos especialistas, o teste, que não tem previsão de lançamento no Brasil, está sendo vendido por cerca de 100 dólares.

Infertilidade

Segundo estatísticas mundiais, cerca de 20% dos casais em idade fértil enfrentam dificuldades para gerar filhos. No entanto, ao contrário do que se acreditava no passado, a infertilidade não é um problema exclusivamente feminino. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, o problema atinge homens e mulheres na mesma proporção: 40%. Já em 20% dos casos, a dificuldade é de ambos.

Quando procurar um especialista

Geralmente, recomenda-se que o casal procure um especialista após 12 meses de tentativa. No entanto, mulheres com mais de 35 anos não devem esperar tanto tempo, já que, ao contrário dos homens, que produzem novos espermatozóides até o final da vida, a qualidade dos óvulos da mulher diminui com o passar do tempo. “Muitas vezes se confunde produtividade com qualidade, mas os óvulos envelhecem”, explica o especialista em reprodução humana Roger Abdelmassih.

A mesma recomendação serve para aqueles que apresentam condições que predispõem a infertilidade, tais como: endometriose, ciclos menstruais irregulares, reserva diminuída de óvulos, síndrome de ovários policísticos, cirurgias ovarianas e tubárias anteriores ou alterações importantes no espermograma.

Tratamentos

Graças ao casamento perfeito entre a ousadia dos cientistas e a perseverança dos pais, dispostos a tudo por um bebê, a ciência já é capaz de vencer a batalha em nove de cada dez casos de infertilidade. Hoje, mulheres podem engravidar depois da menopausa, congelar seus óvulos, e a falta de espermatozóides deixou de ser impedimento à paternidade.»

Fonte: G1
Link: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL48240-5603,00.html

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Sorvete aumenta a fertilidade, diz pesquisa


«RIO - Mulheres que estão tentando engravidar podem sucumbir a uma bela taça de sorvete, sem qualquer culpa. Um estudo do Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, concluiu que trocar o leite integral e os gelados por leite desnatado e iogurte não é um bom negócio para quem quer ter um bebê.

Jorge Chavarro, coordenador da pesquisa, acompanhou por oito anos 18.555 mulheres entre 24 e 42 anos sem dificuldades para engravidar. A cada dois anos, elas tinham de responder se haviam tentado ter um filho, se essas tentativas já duravam mais de um ano e, em caso de dificuldade, se sabiam a razão. Além disso, as voluntárias forneceram informações sobre seus hábitos alimentares.

Ao fim dos oito anos, eles constataram que 438 mulheres não conseguiam engravidar por problemas de ovulação. Os resultados mostraram que as mulheres que consumiam diariamente pelo menos duas porções de laticínios desnatados tinham 85% mais chances de terem dificuldade de ovular do que aquelas que consumiam produtos "magros" menos do que uma vez por semana.

Segundo os médicos e nutricionistas, o risco de infertilidade cai 27% entre as mulheres que consomem produtos integrais uma vez por semana. Isso ocorre mesmo levando-se em conta outros fatores de risco como idade, índice de massa corporal, calorias consumidas por dia, atividade física, tabagismo, alcoolismo ou utilização de um método anticoncepcional.

Comer uma porção de produto desnatado por dia aumenta em 11% o risco de ter problemas para ovular, desde que não se altere a quantidade total de calorias ingeridas por dia. Por outro lado, consumir uma porção diária de laticínios integrais - um copo de leite, por exemplo - diminui o risco de infertilidade em 22%. As mulheres que tomam sorvetes cremosos duas vezes por semana têm risco de esterilidade 38% menor do que aquelas que não se permitem nem uma casquinha por semana.

A explicação dos pesquisadores é de que a gordura do leite tem substâncias que melhoram o funcionamento dos ovários.»

Fonte: O Globo
Link: http://oglobo.globo.com/saude/vivermelhor/mat/2007/03/05/294801485.asp

Carne bovina afeta fertilidade masculina


«Filhos nascidos de mulheres que ingeriam produto na gravidez tiveram problemas.Cientistas acham que efeito tenha relação com hormônio de crescimento dado ao gado.

O consumo excessivo de carne bovina durante a gravidez por mães americanas reduziu a fertilidade dos filhos homens, diz um estudo elaborado nos Estados Unidos e publicado (...) pela revista britânica "Human Reproduction".

Esta é a primeira vez que se estabelece um vínculo entre o consumo de carne bovina e a diminuição da fertilidade masculina, que os autores do estudo atribuem à grande quantidade de hormônios no gado americano para o crescimento.

Embora os cientistas reconheçam que os resultados da experiência se restrinjam aos Estados Unidos, onde ainda é permitido o uso de substâncias químicas para engordar os animais, se recomenda que sejam realizadas mais pesquisas para confirmar a relação.

Na União Européia (UE), estas substâncias já estão proibidas desde 1988.

Um grupo de especialistas da Universidade de Rochester, em Nova York, liderado por Shanna Swan, examinou 387 bebês do sexo masculino que nasceram entre 1949 e 1983 e, além de analisarem seu sêmen, perguntaram a suas mães qual era a dieta seguida durante a gravidez.

Na média geral, as mães disseram ter comido carne de vaca 4,3 vezes por semana.

Entre as mulheres, 51 haviam consumido carne bovina mais de sete vezes por semana.

Os cientistas descobriram que os filhos das mulheres que haviam consumido este tipo de carne de forma excessiva tinham 24% menos esperma que os de outras mães que tinham uma alimentação mais balanceada.

Estes bebês produziam, em média, 43,1 milhões de espermatozóides por mililitro de fluído seminal, enquanto o restante dos recém-nascidos examinados tinha uma média de 56,9 milhões por mililitro.

Todos os bebês avaliados pelo estudo tinham a capacidade de reproduzir e, por isto, não foram considerados estéreis.

No entanto, 18% dos meninos, cujo número de espermatozóides era inferior aos 20 milhões por mililitro de sêmen, entravam na categoria de sub-férteis, estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Apenas 5% dos bebês cujas mães não consumiram tanta carne de vaca tinham esta quantidade de esperma.

"A proporção de homens com uma concentração de esperma sub-fértil e de homens com um histórico de possível sub-fertilidade aumentava à medida que suas mães consumiam carne de vaca durante a gravidez", afirmou o professor Swan.

O diretor do estudo acrescentou que há boas razões para pensar que os danos têm relação com os esteróides anabolizantes usados para um crescimento mais rápido do gado desde 1954 nos Estados Unidos.

Apesar de ter sido proibido, em 1979, o uso do hormônio sintético dietilstilbestrol (DES) neste país, outros seis esteróides continuam sendo usados habitualmente: estradiol, testosterona e progesterona, entre os naturais, e os sintéticos zeranol, acetato de trenbolone e acetato de melengestrol (MGA).

Swan afirmou que os resultados do estudo "podem não ser aplicados a outras regiões do mundo onde o gado é criado através de outros métodos", mas recomendou que se realize uma pesquisa similar na UE para esclarecer a relação entre consumo desta carne na gravidez e a fertilidade masculina.»

Fonte: G1

Link: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL15109-5603,00.html

Fertilidade masculina também cai com idade


«A preocupação biológica com a hora de ter filhos até agora era um problema quase exclusivamente feminino. Um estudo feito no Reino Unido com animais, no entanto, dá o alerta: os homens também apresentam problemas de fertilidade conforme envelhecem.

Os homens modernos, assim como as mulheres, têm adiado cada vez mais a paternidade. E embora eles tenham menos problemas com o envelhecimento para ter filhos (já que produzem espermatozóides por toda a vida, ao contrário das mulheres, que têm um estoque limitado de óvulos), isso não quer dizer que a dificuldade é inexistente. Os médicos estimam que um terço dos problemas de fertilidade apresentados por casais estão relacionados ao homem.

Utilizando insetos e pássaros, o grupo da Universidade de Oxford descobriu que há dois tipos de envelhecimento que atrapalham a fertilidade masculina: o do organismo em si e o do esperma. O do esperma, até agora, só atrapalhava mesmo espécies, como as de alguns pássaros, em que as fêmeas “estocam” o esperma dos machos por longos períodos de tempo. Mas com o costume cada vez mais comum entre humanos de se congelar espermatozóides, os cientistas acreditam que é importante estudar esse aspecto.

“O estudo foi feito em animais mas tem um importante impacto no entendimento da fertilidade humana. Quanto mais soubermos sobre o papel do envelhecimento masculino na fertilidade, mais aptos estaremos para ajudar casais com dificuldades para ter filhos”, afirmou ao G1 Tommaso Pizzari, líder do estudo que está publicado na revista "Science” desta semana. “Compreender o processo que faz espermas estocados perderem sua qualidade é muito importante para controlarmos melhor o congelamento,” diz ele.

A capacidade de fertilizar um óvulo dos espermatozóides é perdida com a idade avançada, mas isso não quer dizer que quanto mais jovem melhor. Na verdade, o melhor momento para a fecundação masculina, pelo menos em uma espécie de besouro, é uma idade intermediária. Animais mais jovens não têm um desempenho tão bom.

A idade também danifica os genes carregados pelos espermatozóides. “Há casos de filhos com problemas genéticos que surgiram por defeitos no esperma de um pai mais velho,” explica Tommasi.

Homens com idade mais avançado também podem sofrer caso se deixem levar pelas tentações da vida de solteirice. O estudo mostra que, mesmo em espécies animais, as fêmeas tendem a desprezar os machos mais velhos. A demora para “se amarrar” pode fazer quem queria ser um paizão ter que se contentar com o status de titio.»

Fonte: G1
Link: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL24406-5603,00.html

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Excesso de peso dificulta gravidez



«Estudo do IVI revela que a fertilidade diminui nas mulheres obesas

O excesso de peso agrava os resultados dos tratamentos de reprodução assistida. Esta é a principal conclusão do estudo intitulado «Obesidade e maus resultados reprodutivos: o papel do endométrio», realizado pelo Grupo IVI, que mostra, pela primeira vez, os efeitos da obesidade nos ovários, nos óvulos e no endométrio.

“Recolhemos cerca de 2600 receptoras de óvulos, a maior amostra analisada até hoje, comparativamente a outros estudos realizados. Dividimos a amostra em 4 grupos segundo o Índice de Massa Corporal: magras, peso normal, excesso de peso e obesas, e observámos que quanto maior é o peso, menor é a capacidade à implantação do embrião no útero, menor é a taxa de gestação e maior é o número de abortos.”, explica Dr. José Bellver, autor do estudo.

O estudo conclui que a taxa de implantação nas mulheres magras é de 34.9% e nas obesas de 29%. Também se verificou uma diminuição da taxa de gravidez, dos 60.3% nas mulheres magras, para 49.2% no grupo com excesso de peso. A percentagem de abortos aumenta de 14.8% para 18.3%, das magras para as obesas.

“É importante continuar a investigação, focando as alterações do metabolismo e endocrinológicas, associadas à obesidade no endométrio, e insistir no acompanhamento das pacientes obesas para aumentar as probabilidades de êxito nos tratamentos de reprodução assistida”, conclui o médico José Bellver.

Desenvolvido entre Janeiro de 2001 e Julho de 2005, o estudo foi feito com candidatos que cumpriram determinados requisitos como a inexistência de doenças no útero ou no esperma, ausência de risco de aborto espontâneo e embrião em boas condições.

Fundado em Valência em 1990, o Grupo IVI surge como a primeira clínica de Espanha dedicada integralmente à reprodução humana. Conta com 600 profissionais a nível mundial, que actuam nas áreas de andrologia, embriologia, endocrinologia e ginecologia. Além de Lisboa e Valência, o IVI tem centros em Alicante, Almeria, Barcelona, Castellón, Madrid, Murcia, Sevilha, Vigo e no México.»

Fonte: Jasfarma
Link: http://www.jasfarma.pt/noticia.php?id=320

Sem pressa



Desordens hormonais podem dar origem a múltiplos pequenos cistos (= quistos) no ovário


Onde se lê cistos deverá ser lido quistos (anuances de um português que se quer único).

«Por Amanda Mont’Alvão

Amadurecer e se transformar em mulher é destino natural de todas as meninas. A mudança implica alterações físicas e psicológicas preparadoras para a condição de mãe. Porém, o desenvolvimento natural pode se deparar com incômodos, a exemplo da síndrome dos ovários policísticos (SOP).

"Trata-se de um estado de falta de ovulação crônica associado à produção excessiva de androgênios - hormônios masculinos - pelo ovário da mulher afetada. Nessa síndrome, aumenta também a produção de estrona - hormônio feminino de fraca intensidade - pelo tecido adiposo, pele e músculos", descreve o ginecologista Alberto Borges Peixoto.

Essas e outras desordens hormonais podem dar origem a múltiplos pequenos cistos na periferia do ovário. Segundo Peixoto, a SOP pode afetar de 6% a 10% das mulheres na idade reprodutiva - período compreendido entre a primeira menstruação até a menopausa -, sendo mais freqüente entre as obesas e portadoras de resistência insulínica.

Irregularidade menstrual, caracterizada por ciclos menstruais com intervalos alongados, às vezes com ausência de menstruação por períodos que podem ser superiores a 90 dias, menorragia - aumento do volume menstrual -, obesidade e sinais de excesso de hormônios masculinos, como o aumento de pêlos, pele oleosa, acne, queda de cabelo, compõem o quadro clínico clássico.

"Em 20% a 30% dos casos ocorre infertilidade, devido à ausência de ovulação. Além desses sinais e sintomas, podem surgir múltiplos microcis-tos na superfície ovariana", identifica Peixoto.

No entanto, consenso mundial firmado em 2003, na cidade de Roterdã, na Holanda, estabeleceu como sintomas mínimos da SOP: irregularidade menstrual com ciclos alongados, sinais de hiperandrogenismo (excesso de hormônios masculinos) e ovários multipolicísticos ao exame de ultra-sonografia.

As causas. Elas podem ser múltiplas, como defeito na ação da insulina sobre as células, que é a resistência insulínica, excesso na produção de insulina pelo pâncreas ou defeitos na função da glândula supra-renal.

"Essas alterações levam a um quadro de ausência de ovulação e desordem na produção de hormônios ovarianos, provocando aumento na produção de hormônios masculinos pelo ovário". Se não tratada, a síndrome pode levar à infertilidade e acentuar o risco de doenças cardiovasculares e diabetes, além de câncer de endométrio.

Tratamento. Perder peso com dieta e exercícios físicos é um primeiro passo para o tratamento, que, iniciado precocemente, permite bom controle dos sinais e da SOP e diminui a chance de complicações da doença. Já o uso de medicamentos é individualizado.

"Entre os medicamentos mais utilizados, destacam-se os anticoncepcionais orais, a progesterona e a metformina, utilizada em pacientes com resistência insulínica. Essas são drogas que diminuem o excesso de hormônios masculinos e indutores de ovulação - para as pacientes que desejam engravidar -", completa.»

Fonte: JM Online
Link: http://www.jmonline.com.br/?canais,9,07,593

Vacina contra o cancro é mais eficaz que o previsto



«A vacina do cancro do colo do útero é ainda mais eficaz do que se pensava. Ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos comprovam que esta vacina combate 14 estirpes do vírus do papiloma humano.

A vacina está disponível em Portugal desde o início de 2007 e pensava-se inicialmente que combatia apenas quatro estirpes do vírus.

A vacina oferece afinal protecção contra lesões causadas por mais 10 estirpes, menos prevalentes, mas ainda foi registada uma redução de 30 a 38% dos casos.

Os ensaios clínicos foram realizados durante três anos e envolveram 30 mil pessoas. Cerca de 80 jovens do IPO de Coimbra e do Porto também participaram.

Mais estudos vão agora ser feitos, porque se levantam dúvidas quanto ao tempo de protecção que a vacina proporciona.

Ainda assim são boas notícias, até porque Portugal tem a mais elevada taxa de incidência de cancro do colo do útero na Europa dos 15.»

Fonte: TVI

Link: http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=857608

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Maternidade da Figueira da Foz um ano depois


«Reunião agendada pela coordenadora do movimento cívico

O movimento cívico «Nascer na Figueira» assinala, no próximo dia 3 de Novembro, o primeiro ano do encerramento do Bloco de Partos do Hospital Distrital da Figueira da Foz.

Desde o encerramento desta unidade de saúde já nasceram três crianças figueirenses na auto-estrada A14, a caminho da unidade de saúde de Coimbra, sendo que em nenhum dos três casos a mãe e o recém-nascido correram perigo de vida.

Mesmo assim, o movimento cívico vai reunir no próximo dia 9 de Outubro para decidir qual será a melhor iniciativa que marcará esta data, segundo adianta o Diário As Beiras.»

Fonte:Fábrica de Conteúdos
Link: http://www.fabricadeconteudos.com/?lop=artigo&op=c9f0f895fb98ab9159f51fd0297e236d&id=672730fce29967a3334928d9b1df10f4

Acompanhadas ...



Covilhã planta uma árvore por cada bebé


«A plantação de uma árvore por cada criança que nasça na Covilhã e a criação da Semana do Bebé são duas das iniciativas em preparação para promover a natalidade. Para além da Câmara e Hospital, o programa envolve escolas e pais e profissionais de diversos sectores

Liliana Machadinha
A partir de 20 de Outubro, vai ser plantada no Jardim do Lago “Uma Árvore Por Cada Bebé” que nasça na maternidade da Covilhã. A iniciativa é promovida pelo Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), em parceria com a Câmara local, e pretende incentivar a natalidade, assim como chamar a atenção para a saúde dos mais pequenos e das crianças, adiantou ao Diário XXI, João Casteleiro, presidente do conselho de administração do CHCB.
“Trata-se de um gesto simbólico e ao mesmo tempo afectivo, porque cria-se uma ligação da pessoa com a cidade”, descreve este responsável. “As pessoas podem seguir o crescimento da árvore ao longo da sua vida”, acrescenta.
Perseguindo os mesmos objectivos, a unidade hospitalar está também a trabalhar numa segunda iniciativa, mas desta feita mais abrangente. A Semana do Bebé sairá às ruas também a partir de 20 de Outubro, de forma a assinalar, em simultâneo, o Dia da Cidade. Este projecto vai contar com o apoio de várias instituições da cidade, nomeadamente escolas, infantários, Universidade da Beira Interior e Câmara Municipal. “Queremos chegar a todos, daí que esta iniciativa seja aberta à população em geral”, explica ao realçar que se irá estender também à cidade do Fundão.

“MANUTENÇÃO DA MATERNIDADE NÃO É ASSUNTO DA ORDEM DO DIA”
Questionado sobre se as iniciativas programadas terão algo a ver com a defesa da maternidade do Hospital Pêro da Covilhã contra uma eventual decisão do Governo de a encerrar, João Casteleiro garante que não, porque “o que interessa aqui é realçar o que é positivo e o que temos de bom”. Segundo o presidente do CHCB, “esse problema não se põe actualmente, não está na ordem do dia”. “Temos uma estrutura consistente e de excelência”, conclui.
Na maternidade do CHCB há aproximadamente 700 nascimentos por ano, sendo que até 31 de Dezembro estão previstos entre 250 a 300 partos.

“Absolutamente tranquilo”
Depois da reunião camarária, decorrida na sexta-feira, o presidente da Câmara reuniu-se com João Casteleiro, presidente do CHCB. Questionado pelos jornalistas sobre se o encontro estaria relacionado com o futuro da maternidade, Carlos Pinto garantiu ter “tranquilidade absoluta” sobre a questão, uma vez que “o problema actualmente não existe”, numa alusão à intenção já expressa pelo Governo de concentrar as maternidades da Beira Interior .»

Fonte:Diário XXI
Link:http://www.diarioxxi.com/?lop=artigo&op=d645920e395fedad7bbbed0eca3fe2e0&id=98bedaa8625e9046c5fc16b5293181b8

Banhos quentes podem afetar fertilidade


«Pesquisa revela que alta temperatura pode prejudicar produção de espermatozóides.
Simples mudança de atitude pode reverter o problema.
Durante anos, médicos advertiram homens com problemas de fertilidade que evitassem banhos quentes, sob a alegação de que a longa exposição à água em temperatura elevada poderia agravar ainda mais o problema. No entanto, o que até agora era apenas especulação, ganhou subsídio científico quando uma equipe de urologistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos Estados Unidos, divulgou o resultado de um estudo a respeito.

Com a finalidade de medir e documentar as possíveis extensões deste efeito, os pesquisadores escolheram homens que se submetiam regularmente a altas temperaturas no banho, seja de chuveiro ou de banheira. A constatação foi de que todos eles apresentavam sinais de infertilidade, com baixa produção e mobilidade de espermatozóides.

Mas o mais surpreendente para os pesquisadores foi observar a rapidez com que o problema pode ser revertido. Depois que os homens pararam de se expor a banhos quentes, metade teve “um significativo aumento de 491% do total dos espermatozóides móveis em um período de três a seis meses” após a mudança de atitude.

Entre os homens nos quais o problema não foi revertido, os especialistas acreditam que a culpa seja do tabaco, já que a maioria era de fumante crônico.»

Fonte:
Link:G1 http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL108565-5603,00-BANHOS+QUENTES+PODEM+AFETAR+FERTILIDADE.html

Estresse na gravidez aumenta chances de ter meninas, diz estudo


« da BBC Brasil

Estresse durante os primeiros meses de gravidez pode diminuir as chances de ter meninos, de acordo com um estudo da Universidade de Aarhus publicado pela revista médica "Human Reproduction".

Os pesquisadores dinamarqueses examinaram 8.719 mulheres e mais de 6 mil bebês entre 1989 e 1992 e descobriram que, não apenas muito estresse psicológico, como níveis moderados e comuns podem reduzir o nascimento de bebês meninos.

'O estresse durante a gravidez é um provável candidato envolvido na redução da relação entre os sexos observada em diversos países', escreve a equipe dinamarquesa.

Os resultados da pesquisa indicam que mulheres mais estressadas podem ter até 5% mais chances de ter meninas o que pode parecer surpreendente, já que em média nascem 105 meninos para cada cem meninas nos países desenvolvidos, onde os níveis de estresse costumam ser mais altos.

As mulheres mais estressadas deram à luz 47% de meninos, enquanto as menos estressadas tiveram 52% de meninos.
Os estudiosos destacam não ter sido possível explicar como o estresse materno pode influenciar na determinação do sexo dos filhos, já que sabidamente o gênero dos nenéns é ditado pelos cromossomos contidos no esperma paterno.

Existem suspeitas, no entanto, de que altos níveis dos hormônios do estresse dificultem a fixação de embriões masculinos levando a um maior número de abortos espontâneos de meninos.

Outros estudos já indicaram que o estresse durante a gestação também pode estar relacionado a futuros problemas de saúde da criança, como hipertensão, obesidade e diabetes.»

Fonte: Folha Online

Link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u330551.shtml

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Prorrogado estudo em vacina contra câncer no útero



«A farmacêutica Glaxo Smith Kline (GSK) anunciou nesta quarta nos EUA que vai prorrogar, por mais três anos, os estudos clínicos de longa duração de sua vacina candidata contra o câncer de colo de útero. Os testes somarão, no total, nove anos, e a empresa defende que a medida vai "assegurar a eficácia em longo prazo, a resposta imunológica e a segurança" do medicamento. Segundo comunicado da empresa, este é um acompanhamento em longo prazo de mulheres que participaram do estudo inicial e da pesquisa de acompanhamento subseqüente.


Os pesquisadores avaliam a eficácia da vacina em prevenir a infecção pelo papilomavírus humano tipos 16 e 18, os mais comuns causadores do câncer. Nos próximos três anos também continuará a ser examinada a eficácia da vacina na prevenção das infecções com outros tipos de vírus, além dos tipos 16 e 18. Também serão observadas a resposta imunológica e a segurança da vacina em longo prazo. Para Barbara Howe, vice- presidente e diretora de desenvolvimento de vacinas da empresa, o estudo pode prover conhecimento científico adicional sobre o potencial da vacina em oferecer proteção contra o câncer do colo do útero. "Esta é a segunda maior causa de morte por câncer entre mulheres jovens", destacou Howe. O estudo clínico está marcado para começar na próxima semana, e incluirá mais de 400 mulheres jovens, que inicialmente, quando tinham entre 15 e 25 anos de idade, receberam a vacina formulada com o sistema adjuvante AS04 ou a vacina placebo. Resultados obtidos cinco anos e meio após a vacinação foram apresentados no encontro anual da Associação Americana de Estudo do Câncer, em abril de 2007.

O estudo inicial, controlado por placebo, incluiu 1.113 jovens mulheres com idade entre 15 e 25 anos, que receberam aleatoriamente três doses da vacina candidata contra o câncer de colo do útero ou três doses de placebo num período de seis meses. O primeiro acompanhamento do estudo está focado no resultado de 776 mulheres do grupo inicial, seis anos e meio após o começo da vacinação no estudo inicial. Nesta fase, o estudo continuará a avaliar mais de 400 mulheres de cinco centros de pesquisa no Brasil e seguindo o delineamento dos estudos anteriores para assegurar a consistência na coleta de dados em longo prazo. Os objetivos serão avaliados por mais 36 meses, fornecendo dados de um total de aproximadamente nove anos após a administração da primeira dose de vacina/placebo.»

Fonte:Jornal de Itupeva

Link:http://www.jornaldeitupeva.com.br/noticia.php?id=070921074331

Porto: «Chicco Dá Vida» ajuda maternidade Júlio Diniz


«O projecto «Chicco Dá Vida», que apoiou o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, em 2006, terá como objectivo este ano equipar a unidade de cuidados intensivos neonatais (UCIN) da Maternidade Júlio Diniz, no Porto.

Através da doação de equipamentos, comparticipada pela Chicco, a marca contribuirá para a recuperação de uma das alas do Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado, que acolhe cerca de 3.200 grávidas por ano, desde 1938.

A UCIN, a segunda maior de todo o País, recebe bebés de menor peso (inferior a 1.500 gramas). Inaugurada há 60 anos, a unidade acolhe cerca de 500 a 600 bebés por ano, envolvendo activamente os pais nos cuidados dos seus filhos.

Em 2003, esta unidade, que até 1984 era a única existente no Grande Porto, recebeu 511 recém-nascidos, 95 dos quais com peso inferior a 1.500 grama e 31 com menos de mil gramas.»

Fonte: Diário Digital
Link: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=295959

Governador russo decreta "Dia da Concepção" (RUSSIA)


«Tirar o dia para fazer filhos. Uma ideia que pode parecer estranha mas que na Rússia tem o apoio das autoridades da região de Oulianovsk. A iniciativa chama-se oficialmente o "dia da concepção" e foi decretada pelo governador Serguei Morozov para combater a baixa natalidade em queda desde o fim da União Soviética: "Hoje, a maioria dos funcionários públicos não vai trabalhar, vão ficar em casa e eu espero que se dediquem não só aos filhos mas também aos seus companheiros de casal", afirmou.

O evento desta quarta-feira foi planeado nove meses antes do dia 12 de Junho quando se comemora a festa nacional russa, e as mães que dêem à luz nessa serão premiadas. Os pais que tenham a destreza suficiente habilitam-se este ano a ganhar um veículo todo o terreno.

Desde 2003 que a região de Oulianovsk, situada 900 quilómetros a Leste de Moscovo organiza estas iniciativas, e o número de participantes não pára de aumentar. A taxa de natalidade russa tem baixado todos os anos em cerca de 700 mil nascimentos. A crise demográfica levou o Governo liderado por Vladimir Putin a encorajar este tipo de campanhas.»

Fonte: Euronews
Link: http://www.euronews.net/index.php?page=info&article=442323&lng=6

Vacina do cancro do colo do útero discutida hoje


«Espanha já fixou preço que Estado vai pagar pela vacinação: 104 euros

Enquanto em Espanha a vacinação contra o cancro do colo do útero acaba de dar um passo em frente com a fixação da comparticipação do sistema público de saúde, Portugal ainda não tomou uma decisão técnica e política sobre o assunto. Hoje mesmo reúne a Comissão Técnica de Vacinação e esse será, segundo o DN apurou, um dos assuntos em cima da mesa.

Em declarações ao DN, a sub-directora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que "o processo está a evoluir, temos cada vez mais dados, mas ainda não existe um parecer técnico definido". Aquela responsável não garantiu que da reunião de hoje saia uma resolução final sobre os moldes da comparticipação do Sistema Nacional de Saúde.

De acordo com as últimas declarações do ministro, na Comissão Parlamentar de Saúde , o Governo está a estudar a viabilidade de contemplar já no Orçamento de Estado de 2008, a comparticipação para a vacina. Ou seja, há vontade política, mas ainda existem condicionates.

Em Espanha, cada uma das três doses da vacina custará ao Estado 104 euros, num total de 312 euros por cada adolescente. Esse é, segundo fontes da Comisíon Interministerial de Precios, o preço mais barato em toda a Europa, negociado com o laboratório que a fabricará.

Em Portugal , a primeira vacina que previne o cancro do colo do útero nos seus quatro típos de vírus mais cancerígenos começou a ser comercializada em Janeiro deste ano. Com o nome comercial de Gardasil , a vacina está à venda com um custo de 160 euros por cada uma das três doses necessárias. CARLA AGUIAR»

Fonte: Diário de Noticias
Link: http://dn.sapo.pt/2007/09/21/sociedade/vacina_cancro_colo_utero_discutida_h.html

Como útero, testículos também são reserva de células-tronco


«PARIS (AFP) — Os testículos são uma reserva de células-tronco adultas de fácil acesso, que poderiam se transformar em células cardíacas ou nervosas, segundo estudos publicados na edição desta quinta-feira da revista científica britânica Nature.

Pesquisadores australianos já haviam descoberto células-tronco no útero, capazes de se transformar em diferentes tipos de células. A manipulação de células-tronco tem aplicação em vários tratamentos, segundo estudo divulgado recentemente na publicação mensal européia Human Reproduction.

Agora, um grupo de cientistas americanos coordenado por Shahin Rafii, do Instituto Howard Hughes Medical Institute e do Weill Cornell Medical College de Nova York, conseguiu conduzir em laboratório o desenvolvimento de células-tronco a partir de células do testículo de ratos, que normalmente se tranformam em espermatozóides.

As células que compõem o esperma (espermatogônias) foram reprogramadas com o objetivo de obter células-tronco "multipotentes", ou seja, capazes de formar outros tecidos.

Estas "células-tronco adultas multipotentes derivadas de espermatogônias" (MASCs) foram assim capazes de se transformar em células endoteliais (células que revestem o interior dos vasos sangüíneos), em células cardíacas contráteis e até em neurônios.

"As pesquisas anteriores haviam recorrido à manipulação genética para reprogramar as células adultas", mas este método de reprogramação implica um risco maior de câncer nas células-tronco obtidas, explicou o Weill Cornell Medical College em um comunicado.

A grande novidade do trabalho, segundo Rafii, é que "não foi preciso adicionar ou modificar genes para que as espermatogônias dos ratos se transformassem em células-tronco multipotentes (MASCs) e produzissem todo tipo de células".

"Mas ainda falta reproduzir essas descobertas em seres humanos", alertou.

Novas pesquisas também vão permitir aos cientistas saber com maior precisão "como controlar a demanda" da transformação das espermatogônias.

Os trabalhos publicados nesta quinta buscam ampliar as possibilidades de uso das células-tronco adultas, evitando assim que se recorra à utilização das células de origem embrionária, que levantam debates éticos na maioria dos países.

As células-tronco embrionárias são capazes de se transformar em qualquer tipo de célula do organismo, enquanto as células-tronco "adultas", mais especializadas, oferecem menos possibilidades neste sentido.»


Fonte: AFP

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Testículo pode ser fonte de células-tronco


«RIO - Cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, descobriram que o testículo do homem pode ser uma fonte de células-tronco capaz de ajudar em doenças graves. O estudo, publicado na revista "Nature", foi feito em camundongos e mostra que a descoberta pode ajudar em tratamentos de pacientes que sofrem de diabetes e Alzheimer, entre outras enfermidades.

De acordo com o cientista Shahin Rafi, que liderou as pesquisas, as células progenitoras de espermatogônias, presentes nos testículos, são obtidas pelas células-tronco e manipuladas com muita facilidade.

Elas têm a mesma capacidade de assumir a função de inúmeros tecidos. Para pacientes homens elas poderão servir no futuro como uma fonte de células-tronco e o procedimento não esbarraria na questão ética - explicou o cientista, acrescentando que a aplicação desta nova técnica não envolveria o controverso e dispendioso uso de embriões humanos, livrando-se de pelo menos parte dos questionamentos éticos que rodeiam o assunto.

Apesar de o procedimento ser útil para diversos tipos de doenças, alguns especialistas acreditam que não haverá doadores suficientes, já que o procedimento pode causar muita dor.

- Não acredito que muitos homens vão concordar em doar, pois o procedimento de retirada seria doloroso - disse o pesquisador da Universidade de Newscastle Colin McGuckin.»

Fonte: O Globo

Link: http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/09/19/297793214.asp

(artigo descoberto por Waleska Nunes)


A gravidez



Gravidez depois dos 40


«Os riscos de uma gravidez tardia

Se uma vida mais estável permite encarar a gravidez com mais serenidade, há que analisar os riscos que esta decisão acarreta. De facto, uma gravidez tardia implica riscos tanto para a mulher como para o feto.
«O maior risco é não conseguir engravidar. A partir dos 40 anos a fertilidade da mulher diminui», explica Teresinha Simões, ginecologista da Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC), que alerta «para o aumento da taxa de aborto, que pode chegar aos 90%».
«A gravidez na quarta década pode ainda agravar problemas preexistentes, como a probabilidade de cancro da mama, a hipertensão ou problemas de circulação», assinala Teresinha Simões.
No feto, há um aumento da probabilidade de se verificarem anomalias cromossomáticas.
«A taxa de mongolismo, por exemplo, é maior em crianças de mulheres que engravidaram depois dos 40 anos», sublinha a mesma ginecologista.
«A vigilância tem de ser mais apertada, pois verifica-se também um maior risco de existência de miomas na mulher e um maior risco de o bebé não se encontrar na posição correcta para o nascimento, por exemplo», acrescenta a médica.
Assim, além das três ecografias que normalmente se realizam – na 12.ª semana, entre as 20.ª e 22.ª semanas e no final da gravidez, entre as 32.ª e 34.ª semanas –, na 17.ª semana deve realizar-se o exame de amniocentese, cujo objectivo é despistar o mongolismo, consistindo em recolher líquido amniótico para análise cromossómica.
Entre os riscos de uma gravidez tardia regista-se, ainda, uma maior percentagem de partos por cesariana, sobretudo à medida que a idade vai avançando.
Nas mulheres a partir dos 45 anos, há 75% de probabilidades de o parto se realizar por cesariana, contra 55% nas mulheres com 40 anos e contra 30% nas mulheres entre os 25 e os 35 anos.
Mas, de acordo com a mesma especialista, «estes bebés são considerados “de ouro”, pela ansiedade com que normalmente são esperados pela mulher e pelas probabilidades acrescidas de existência de problemas».
A atitude materna também é diferente. De tal forma «que muitos pediatras dizem que são crianças mal-educadas, devido aos mimos que lhes são concedidos», afirma Teresinha Simões.
Acontece que a mãe acaba por ter mais disponibilidade para os filhos, mais paciência para as birras, brincadeiras, teimosias próprias das crianças, sendo um pouco mais benevolentes em relação às suas vontades.
Esta disponibilidade advém não só da idade, mas também da estabilidade socioprofissional e económica de que auferem neste período da vida.
«A mãe depois dos 40 anos é mais permissiva e confunde muitas vezes o papel de mãe e de avó» diz a ginecologista.»

Fonte: O Eco
Link:http://www.oeco.pt/index.php?lop=conteudo&op=8bf1211fd4b7b94528899de0a43b9fb3&id=0ae7b3a91ddd6335899134fbdf2587cb

Parto vaginal



quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Clínicas recusam marcar exames a utentes do SNS (Viseu)


«Marcar uma ecografia obstétrica em Viseu, pela caixa, é um desafio para qualquer grávida, sobretudo para as que estão no termo da gravidez.
As três clínicas com quem a Sub-Região de Saúde de Viseu tem acordos de convenção para a prestação do serviço não aceitam marcações, alegando não dispor de vagas. E apenas pagando a totalidade do exame pelo próprio bolso, a utente do Serviço Nacional de Saúde consegue marcar a ecografia.
Mas nem assim o problema fica resolvido no imediato. As três clínicas convencionadas apenas aceitam marcações de particulares, a partir de Janeiro do próximo ano, para a realização do exame em datas ainda não disponíveis. Tudo depende do calendário dos médicos e que só é conhecido, no início do próximo ano.
O coordenador da Sub-Região de Saúde de Viseu, Carlos Almeida, reage com desagrado à notícia e aconselha as grávidas a apresentarem queixa junto dos serviços para “fazerem valer os seus direitos”.
“Usem o livro de reclamações”, insiste Carlos Almeida, assegurando que desconhece o problema.
Tanto assim que mal a Sub-Região de Saúde tenha conhecimento só tem uma alternativa: “revogar os acordos com quem não quer prestar o serviço e celebrar novas convenções com quem o garanta, em tempo útil”, explica.
Alheia às questões administrativas, Teresa de Jesus anda às voltas com uma requisição do médico de família, que vigia a sua gravidez, nas consultas de saúde materna, para a realização de uma ecografia obstétrica.
A requisição, tem data de 27 de Novembro e, desde aí, a utente, que está com 36 semanas de gravidez (a um mês da data prevista para o parto), ainda não conseguiu marcar o exame. A dificuldade fê-la regressar ao médico , que a aconselhou a marcar o exame, em Santa Comba Dão, como fazem muitos utentes de Viseu. Mas também aqui a informação dada ao Jornal do Centro é que “pela caixa não há indicação para marcar”.
No Centro de Saúde Viseu 3, onde Teresa de Jesus está inscrita, o encolher de ombros do pessoal administrativo, quando se pergunta onde é possível marcar o exame, é ilustrativo. Todos conhecem o problema, há meses.»

Fonte: Jornal do Centro
Link:http://www.jornaldocentro.pt/index.php?lop=conteudo&op=70c639df5e30bdee440e4cdf599fec2b&id=c1898675cd8204e7bb265ad8decca404

Em posição de escolher



Gémeos dos zero aos 100


«O primeiro encontro de gémeos de Óbidos vai juntar mais de 100 pessoas. Para partilhar experiências e ajudar os pais

O primeiro encontro de gémeos de Óbidos vai juntar sábado cerca de 100 pessoas, entre gémeos de todas as idades, pais de gémeos, educadores, profissionais de saúde e interessados, no auditório da Casa da Música local, segundo a organização.

«Gémeos e múltiplos: um desafio!» é o mote para o encontro para todas as idades organizado pela Associação Grupo de Gémeos, a Associação Portuguesa de Massagem Infantil e o Município de Óbidos.

Presenças garantidas no encontro de sábado são os quatro gémeos «falsos» de Maria Pereira, de Ermesinde, que pediu boleia a um casal para «levar um ou dois», de forma a assegurar o transporte integral da família para Óbidos.

«Era muito complicado, o carro é pequenino e podíamos apanhar a polícia, por isso queria muito ter uma carrinha», disse Maria Pereira, mãe de quatro gémeos com 15 anos. Entre os quadrigémeos há, segundo a própria mãe, «um casal que são os chefes, são os mandões», garantindo que são todos «diferentes e cada um com o seu feitio».

Apesar do gosto da mãe em vesti-los de forma semelhante, os gémeos «já não se vestem de igual», contou. «Agora não se importam, mas quando eram pequeninos importavam. Eu, por exemplo, vestia um vestido a uma das meninas e ele também queria», justificou Maria Pereira, que considera os filhos «saudáveis, muito altos e fortes: parece que têm 18 anos».

Maria Pereira está preparada para as perguntas que as futuras mães de gémeos presentes no encontro lhe vão fazer. «As pessoas perguntam sempre como foi criar quatro filhos. São muitas noites sem dormir, tive até um esgotamento, até aos dois anos foi um problema e agora surgem outras despesas, com a escola», explicou, acrescentando que quando soube da gravidez «chorou muito».

A preparar a maternidade de gémeos está Lina Paula Afonso, que aos 32 anos, ficou «em estado de choque» quando soube há dois meses e meio da gravidez. Com o passar do tempo, foi «acalmando» e contou que já pensa, nos primeiros tempos, «vesti-los de igual».

Para Lina, grávida de 17 semanas, este primeiro encontro servirá para «conviver com quem já passou por estas gravidezes» e provavelmente para conhecer alguns gémeos para «depois ir aos encontros com os meus filhos».

A reunião de gémeos e sobretudo pais ou futuros pais de gémeos servirá para partilha de experiências, tal como acontece com um grupo criado na Internet, há um ano, que junta por dia, virtualmente, cerca de 40 pessoas num fórum especialmente dedicado a este tema.

«O encontro será uma ajuda muito grande para os pais e as grávidas, eu gostava de ter tido essa ajuda. No início, não sabemos como agir quando estão os dois a chorar e nós só temos um colo», explicou Ana Azevedo Coelho, uma das impulsionadoras do encontro.»


Fonte:Portugal Diário
Link:http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=855363&div_id=291

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Governo aprova proposta contra discriminação


«O Governo aprovou uma proposta que proíbe e sanciona discriminações em função do sexo no acesso a bens e serviços, em especial ao nível dos critérios de cálculo de prémios e prestações para fins de seguros, informa a agência Lusa.

A proposta, que transpõe para a ordem jurídica interna uma directiva da Comissão Europeia, visa «prevenir e proibir a discriminação directa e indirecta, em função do sexo, no acesso a bens e serviços e seu fornecimento, sancionando a prática de actos que se traduzam na violação do princípio da igualdade de tratamento».

Entre outras situações, o diploma pretende proibir «a utilização do sexo como critério no cálculo dos prémios e prestações para fins de seguros e de outros serviços financeiros em todos os novos contratos celebrados depois de 21 de Dezembro».

O diploma pretende ainda garantir que os custos de seguro ligados à gravidez e à maternidade «sejam repartidos de forma equitativa entre homens e mulheres».»


Fonte: Portugal Diário
Link: http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=853808&div_id=291

Quanto custa criar um filho?


Desculpem o tamanho do artigo, mas parece-me que a importância do mesmo justifica ...

«A decisão de ter um bebé devia ser tomada com uma calculadora na mão. Segundo um estudo de um investigador da Universidade de Coimbra, os custos, desde o nascimento até aos 25 anos, são sempre superiores a 230 mil euros – mas podem atingir quase três vezes mais, ou seja, o preço de um apartamento de luxo, na capital
João Luz / VISÃO nº 758 14 Set. 2007
Para Pedro Salinas Calado, «chapa ganha é chapa gasta». O arquitecto, de 38 anos, partilha com a mulher, Marta, enfermeira, da mesma idade, o projecto de ter «de sete a 14 filhos». Embora a meta não seja rígida e sirva de resposta bem-humorada aos comentários dos amigos, estão no bom caminho. O clã Salinas Calado já tem seis, o que transforma a gestão do orçamento familiar numa constante aventura: se um filho é caro, meia dúzia são muito mais.

As despesas desta família numerosa assumem proporções milionárias, à luz de um estudo de João Barbosa de Melo, 44 anos. Este professor de Economia da Universidade de Coimbra situa os gastos totais, do parto à emancipação, em valores entre os 236 500 e os 679 000 euros – consoante a família seja de classe média baixa ou média alta.

O estudo remonta a 2004 mas, segundo o docente, continua actual. «Admito que a margem de erro dos preços ronde os 20% ou 30%, para cima ou para baixo. Como nos últimos três anos os preços aumentaram 5%, o sentido geral não se alterou.» O trabalho foi realizado para um seminário do Centro Integrado de Apoio Familiar de Coimbra. «Quando me convidaram para fazer o estudo, verifiquei não haver nada do género. Recorri à experiência de pai e usei os preços médios de Coimbra como critério de valor. Mesmo assim, os montantes são modestos. Não prevêem, por exemplo, despesas com aparelhos para dentes ou com uma doença grave.»

Na casa de Vila Nova de Milfontes, onde a família Salinas Calado passa férias, as perspectivas negras abertas pelo estudo do professor não se fazem sentir. Nem o facto de oito pessoas partilharem a mesma casa as transforma em personagens de filme italiano dos anos setenta. Exactamente o contrário. A tranquilidade dos pais e a vivacidade das crianças dissipa qualquer ideia de dificuldade. Como é que conseguem?

«Não temos TV por cabo e mantemos uma pequena televisão que nos deram quando casámos, há 11 anos», exemplifica a enfermeira. A receita de Pedro? «Passamos férias quase exclusivamente em casa de familiares e só comemos fora um dia. Nas raras vezes em que vamos ao cinema, escolhemos a dedo o filme, para agradar a todos.» No fundo, a fórmula resume-se a «definir prioridades e reconhecer as coisas imprescindíveis. Esta racionalização torna mais gostoso o que fazemos juntos.»

O luxo da educação
Marta e Pedro gastam, por mês, cerca de 3 mil euros com os filhos. Desta verba, aproximadamente 70% são absorvidos pelo ensino. «Privilegiamos a educação deles. Essa é a prioridade. Mas se acontecer uma fatalidade e tivermos de os passar do colégio para o ensino público, não é nenhuma tragédia», diz o pai, enquanto embala Francisco, o mais recente filho, de 3 meses.

Com notícias como a do aumento de 3,1% do preço dos livros escolares para o primeiro ciclo, é natural que Setembro se torne um mês complicado para as famílias portuguesas. É já assim para o clã Guerra. Luís, o patriarca, de 48 anos, responsável comercial de uma editora livreira, confirma que «o pior período é o de regresso às aulas». A mãe, Maria de Lurdes, 46 anos, acrescenta que só com António – o delfim, de 11 anos, de um trio de filhos – já gastou «123 euros em livros, mais 100 em material escolar». Luís afirma, no entanto, que não faz este tipo de contas por considerar a educação um investimento essencial.

Têm sorte, pois os filhos não reclamam mochilas de marca. Facto que não ocorre por acaso, uma vez que conseguiram passar às crias valores que contrariam a maré consumista. Lurdes felicita-se por os filhos «não exigirem roupas sofisticadas e pouparem as que têm». Em casa, cultivam-se princípios de solidariedade e de entreajuda e, nas alturas mais apertadas, há compreensão de todos para os sacrifícios que têm de enfrentar. «Já acumulámos o emprego com outros trabalhos: fiz revisões de livros e a Lurdes deu explicações. E apertámos o cinto», explica o pai.

Luís arrepia-se quando ouve outros dizerem que só tiveram um filho para lhe poderem dar tudo. «Assim, os miúdos não têm de lutar por nada, porque tudo lhes é dado de mão beijada e tornam-se egoístas.»

Portugal envelhece
Uma das formas mais saborosas de cortar despesas no orçamento familiar vem dos avós Guerra. «De vez enquando, enchem-nos a despensa com hortaliças, batatas, cebolas e carne. É a rede de solidariedade familiar, que se alastra aos vizinhos quando um deles está em dificuldades. No fundo, procuramos recriar o espírito de entreajuda que há nas aldeias, mesmo aqui no prédio», esclarece Luís Guerra.

Esta ideia de cooperação rural perdeu terreno com a urbanização – um dos factores apontados por Anália Torres, 53 anos, socióloga de família, como determinantes da baixa natalidade em Portugal. Dizer que os aspectos financeiros têm esterilizado a nossa sociedade não explica a diminuição dos nascimentos. «Nos países do Sul da Europa, onde até aos anos 90 eram boas, as taxas de natalidade caíram vertiginosamente a partir da altura em que a agricultura perdeu peso.»

O círculo vicioso começa com a competitividade no trabalho, a qual exige cada vez mais estudo e retarda a autonomia dos filhos. Também a precariedade laboral adia a procriação. «Estas são as causas de a fecundidade ser cada vez mais tardia, levantando problemas biológicos: quanto mais tarde se tenta engravidar mais difícil se revela consegui-lo, o que, por vezes, impossibilita a chegada de um segundo bebé.»

No entanto, a socióloga adianta que, nos inquéritos a famílias nacionais, recorrentemente se detecta a vontade de ter mais filhos. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o número médio de filhos por mulher em idade fértil foi de 1,36, o ano passado. Longe dos 2,1 que garante a renovação das gerações e a sobrevivência do sistema de segurança social.
Para contrariar este panorama, o Governo anunciou medidas de apoio à natalidade. Mas, para João Pedro Pinto, assessor de imprensa do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS), «o Executivo não tem uma política de natalidade». O que está a aplicar é um conjunto de medidas «de ajuda às famílias», entre as quais se conta duplicação do número de lugares em infantários públicos. «Só este ano foram inauguradas 139 creches. Pretende-se que, até 2009, sejam abertas 25 mil novas vagas», diz João Pedro Pinto.
Outra das medidas anunciadas é o reforço dos abonos de família, que passam a beneficiar também as grávidas a partir do 4.º mês de gestação. E serão aumentados os valores dos abonos relativos a segundos e terceiros filhos. «No futuro, se nascer o mesmo número de bebés, nove em cada dez terão direito a abono.»

‘Qual vida social?’
Os custos de ter um filho não se reflectem apenas no extracto bancário. Quando uma criança vem ao mundo, abala, irreparavelmente, a vida dos pais. Para Jorge e Cláudia Calado, os gastos mensais de 1 500 euros com Henrique e Guilherme (de 2 e 4 anos, respectivamente) fazem uma mossa no orçamento mensal da família, de cerca de 5 mil euros. Mas o maior impacto foi nas suas vidas sociais. Jorge divide as épocas entre «quando se tinha vida e quando se deixou de ter». Para o consultor, de 33 anos, o tempo gasto com o trabalho e os filhos deixou o casal sem espaço para lazer. «Estou a ler a biografia de Winston Churchill há mais de um ano. Só consigo pegar no livro às 11 da noite e, dez minutos depois, estou estendido no sofá a dormir», conta Jorge. Cláudia, 36 anos, atalha que jantares fora e saídas à noite são para esquecer. «Mas também, no final do dia, nem se pensa em discotecas: queremos é ir para a cama.» Na hora de fazer um balanço, a mãe, técnica administrativa, não consegue encontrar palavras para descrever a realização pessoal que a maternidade lhe conferiu. É ajudada por Henrique que, ao passar perto, de triciclo, exclama: «Mãe!» Então, apercebe-se, emocionada, de que é isso mesmo. «A palavra mãe dita por eles enche-me o coração. Quando acordam e estão carentes de mimos e se agarram a mim – são momentos que compensam tudo.» Um mar de rosas? «No início de carreira, coincidente com a idade para se ter filhos, a hipótese de alargar a formação é afectada», observa Jorge.

A experiência de Jorge Calado confirma os resultados do estudo de João Barbosa de Melo. «Na minha investigação, ponderei uma parcela intitulada ‘rendimentos perdidos’. Ter descendência implica investir tempo que podia ser passado em horas extraordinárias, no emprego ou a dar uma imagem de eficiência, para agradar ao patrão. Se for pai, o empregado não pode ficar a trabalhar até à meia-noite. Por isso, no estudo, considerei a perda de uma hora de trabalho por dia, quando se tem filhos.»

Sr. dr. filho
Com a crescente competitividade na busca de emprego, a licenciatura tornou-se mais frequente, nos currículos dos portugueses. Esse facto não só adia a emancipação como representa mais um encargo para os pais. António e Elsa Guilherme, de 52 e 53 anos, respectivamente, ainda sentem na pele o preço da qualificação dos filhos. Mafalda, 23 anos, a segunda de três filhos, está a terminar a licenciatura em Biologia Marinha, na Universidade do Algarve, e prepara-se para um mestrado. «Um acréscimo nas propinas que rondará os 150 euros mensais. A que se juntam 150 para o quarto alugado em Faro, 200 euros para comida e despesas básicas, mais 50 euros para roupa e 40 euros para transportes. É uma pipa de massa», diz aquele vereador do Município de Loures. Depois de juntar a estas as despesas de Henrique (o mais novo, com 17 anos), os valores rondam os mil euros mensais. Inês, a filha mais velha (26 anos), já não contribui para o somatório. Licenciada em Psicologia numa universidade privada, ganhou autonomia com o primeiro emprego. Não lhe renovaram, porém, o contrato e anda à procura de trabalho. «Se não arranjar, nós estamos cá para a ajudar no que for preciso», assegura a mãe, funcionária camarária.

António estabelece uma fronteira, na qualidade de vida da família, que, nos últimos três anos, sofreu um rude golpe: «Foi grande o impacto financeiro do ingresso das duas filhas na universidade, tanto mais que coincidiu com alguma degradação do poder de compra da classe média.» O pai adianta que, hoje em dia, têm «de fazer contas diariamente e o fim do mês é um aperto».

‘Bom senso, disciplina e planeamento’...
... é a receita para equilibrar as contas das famílias, segundo Henrique Fonseca, 60 anos, colaborador do Centro de Orientação Familiar (CENOFA), onde aconselha casais sobre economia familiar. Oficial das Forças Armadas na reserva, aprendeu com o desafio de criar sete filhos. «Os problemas com o dinheiro podem, no entanto, ser a gota de água que destrói casamentos que já não andam bem», defende o experiente Henrique.

«É preciso ajustar o estilo de vida ao nível de rendimentos.» Mas isso não basta. «Há que cortar nas despesas supérfluas e ser rigoroso: não deixar o endividamento ultrapassar os 40% do rendimento familiar. Não deixar a televisão em stand-by nem luzes acesas, desnecessariamente, tomar duches rápidos, concentrar as compras de roupa e calçado nas épocas de saldos ou reduzir ao essencial as conversas ao telemóvel», defende.

Rui e Conceição, ambos de 38 anos, são contabilistas e vivem em Leiria. Pais de três filhos entre os 4 e os 10 anos, apostam na sua formação cultural e no desporto. E é nesses campos que gastam grande parte dos seus ordenados. Dos cerca de 1 200 euros de rendimento mensal do agregado, metade vai direitinho para as contas das crianças. A família Roberto, que se radicou em Leiria para evitar os custos da capital, usou a imaginação para controlar os seus gastos. «Se deixarmos uma luz acesa, temos menos dez cêntimos na mesada», conta Pedro, o filho mais velho. Conceição completa a equação de poupança: «Se a conta da luz for mais de cem euros, a diferença é paga por todos; se for menos, o Rui distribui o que se poupou.»

E o que se lucra com um filho? Luís Guerra dá uma pista. «Há pessoas que lutam muito para ter determinado tipo de coisas, como um carro. Isso, para mim, não é fundamental, mas sim o que considero a nossa grande obra: os filhos.» Obra à portuguesa, sem fim e em permanente construção.»

Fonte: Visão
Link: http://clix.visao.pt/default.asp?CpContentId=334358

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Jardim apela à natalidade


«A Madeira continua a registar mais nascimentos do que óbitos, mas a diferença está pelas «pelinhas», disse, ontem, o presidente do Governo Regional, sugerindo, por isso, que as famílias madeirenses tenham «pelo menos dois filhos».
Alberto João Jardim esteve ontem a analisar as estatísticas do último trimestre sobre saúde, antes de inaugurar o Infantário da Rochinha — um investimento privado que ascendeu a 1,2 milhões de euros —, e chegou à conclusão que, apesar de ainda se estar «numa fase de poder dizer que se está a rejuvenescer a vida do arquipélago», se se mantiver «o decréscimo de natalidade, nós arriscamos, mais um ano ou dois, de estar invertida a tendência».
Perante este quadro, continuou o presidente, as famílias devem abdicar de um «certo egoísmo» e, cada uma, ter «ao menos dois» filhos, sem que haja prejuízo para o nível de vida que têm.
Apelando aos casais, Jardim disse que, ao fazerem «legitimamente o seu planeamento familiar, pensem também na maravilha que é ter filhos e que é criar novas vidas humanas».
Na inauguração do Infantário da Rochinha, o líder do Executivo madeirense agradeceu, por outro lado, às promotoras deste investimento «o sentido cívico de responsabilidade» que tiveram ao apostar na criação daquele espaço.

(...)
É um «absurdo» penalizar famílias numerosas

O presidente da Câmara Municipal do Funchal considerou ontem ser um «absurdo» as famílias numerosas serem «penalizadas fiscalmente» quando o país atravessa o problema da baixa natalidade.
«Já é tempo de, no país, haver políticas para as famílias numerosas», disse o edil, acrescentando ser «urgente» haver uma inversão nas políticas existentes para o apoio aos nascimentos.
Miguel Albuquerque falava durante a inauguração do Infantário da Rochinha.
Este infantário foi apresentado por uma das suas promotoras como um «projecto inovador», preparado para detectar precocemente os problemas que as crianças possam ter. É um espaço de «práticas éticas» assente na busca da «felicidade» das crianças, referiu ainda a promotora.
Alberto Pita»

Fonte: Jornal da Madeira
Link: http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=14&id=77318&sdata=2007-09-15

O que é o planeamento familiar, quais são os seus objectivos e os seus destinatários.



«O planeamento familiar é uma forma de assegurar que as pessoas têm acesso a informação, a métodos de contracepção eficazes e seguros, a serviços de saúde que contribuem para a vivência da sexualidade de forma segura e saudável. A prática do planeamento familiar permite que homens e mulheres decidam se e quando querem ter filhos, assim como programem a gravidez e o parto nas condições mais adequadas.

Quais são os objectivos do planeamento familiar?

  • Promover comportamentos saudáveis face à sexualidade;
  • Informar e aconselhar sobre a saúde sexual e reprodutiva;
  • Reduzir a incidência das infecções de transmissão sexual as suas consequências, nomeadamente a infertilidade;
  • Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil;
  • Permitir ao casal decidir quantos filhos quer, se os quer e quando os quer, ou seja, planear a sua família;
  • Preparar e promover uma maternidade e paternidade responsável;
  • Melhorar a saúde e o bem-estar da família e da pessoa em causa.

O que é uma consulta de planeamento familiar?

É uma consulta que se destina a apoiar e a informar os indivíduos ou casais, para que estes possam planear uma gravidez no momento mais apropriado, proporcionando-lhes a possibilidade de viverem a sua sexualidade de forma saudável e segura.

O que se faz na consulta de planeamento familiar?

  • A avaliação do estado de saúde da mulher ou do casal, estimando-se, se necessário, a eventual existência de riscos ou doenças para a mãe ou para o futuro bebé;
  • Esclarecem-se dúvidas sobre a forma como o corpo se desenvolve e o modo como funciona em relação à sexualidade e à reprodução, tendo em conta a idade da mulher;
  • Dá-se informação completa, isenta e com fundamento científico sobre os métodos contraceptivos. O contraceptivo escolhido é fornecido gratuitamente nos serviços públicos;
  • Dá-se informação e acompanhamento tendo em vista uma futura gravidez (fertilidade e infertilidade);
  • Faz-se o rastreio do cancro ginecológico e das doenças de transmissão sexual;
  • Informa, ajuda a prevenir, a diagnosticar ou a tratar as infecções de transmissão sexual como a hepatite B, a sífilis, o herpes genital e a sida.

A consulta de planeamento familiar é gratuita?

Sim, a consulta é gratuita nos serviços públicos.

Onde posso marcar uma consulta de planeamento familiar?

No centro de saúde da zona de residência ou em qualquer outro que tenha gabinete de atendimento, bem como em alguns hospitais e maternidades.

Os jovens têm ainda ao seu dispor os serviços dos Gabinetes de Apoio à Sexualidade Juvenil ou Centros de Atendimento a Jovens (CAJ) das Delegações Regionais do Instituto Português da Juventude.»

Fonte: Portal da Saude

Link:http://www.acs.min-saude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/gravidez+e+sexualidade/planeamentofamiliar.htm


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Leite materno aumenta alergias?


«Nas últimas décadas, a discussão em torno da escolha entre leite materno e leite artificial tem sido apoiada por inúmeros estudos que reafirmaram as vantagens da amamentação para os recém-nascidos. No entanto, um estudo publicado esta semana no British Medical Journal vem desmentir aquilo que até agora se julgava um dado inquestionável, dizendo que, apesar de rico em nutrientes para o bebé, o leite materno não previne o aparecimento de doenças como a asma e alergias.

Uma equipa da McGill University, no Canadá, liderada por Michael Kramer, acompanhou 17 mil crianças bielorrussas, tendo validado os resultados de 13 889. Os bebés foram divididos em dois grupos: num deles foi estimulada a amamentação exclusiva e prolongada; no outro as decisões sobre a alimentação das crianças foram deixadas ao critério das mães. Aos seis meses, 49,8% das mulheres do primeiro grupos ainda davam peito; enquanto no segundo grupo a percentagem era de apenas 36,1%. A maioria das mães do primeiro prolongou a amamentação até aos 12 meses. Os miúdos foram acompanhados até aos seis anos, altura em que foram realizados diversos testes às alergias e os resultados foram surpreendentes: não só as crianças que tinham sido amamentadas durante mais tempo não estavam mais protegidas em relação à asma, febre dos fenos ou eczema, como, pelo contrário, eram duas e três vezes mais alérgicas a algumas substâncias como o pó, o pêlo do gato ou os pólens.

"O facto de a maior parte das alergias ter aumentado nas últimas décadas, coincidindo com o renascimento do aleitamento natural, sugeria que este não tem um efeito protector", explicam os autores. Agora, há provas para afirmá-lo.

Os investigadores escolheram as maternidades da Biolorrússia pois, nos anos 90, quando o estudo se iniciou, o país ainda não tinha adoptado uma série de medidas baby-friendly já introduzidas em quase todos os países ocidentais. "Nas nossas maternidades seria quase impossível fazer uma tão grande diferenciação entre os dois grupos em estudo", explicou Michael Kramer.

Este estudo não convence Isabel Rute Reinado, conselheira em aleitamento materno e co-fundadora do SOS Amamentação. "Tenho de saber mais sobre esta investigação, há muitos outros estudos que demonstram as vantagens da amamentação", afirma, quando contactada pelo DN. "Não é por causa de um só estudo que vou mudar a minha opinião", diz esta activista.

Além disso, recorda, "esta não é só uma questão de alimentação". Além dos benefícios para a saúde do bebé (por exemplo, minorando os problemas gastrointestinais no primeiro ano de vida) e para a mãe (ajudando a recuperação pós-parto), existe todo o lado emocional, de ligação entre mãe e filho. O SOS Amamentação recebe cerca de mil mails e 600 a 700 chamadas telefónicas por mês de mães com os mais diversos problemas na amamentação - "Os primeiros dias são os mais difíceis, com a subida do leite e a procura de uma boa posição. As mães precisam de ajuda para que possam ultrapassar estes problemas e ali- mentar os seus filhos com prazer e sucesso", explica Isabel Reinaldo.

O SOS Amamentação segue as orientações da Organização Mundial de Saúde e aconselha as mães a, dentro das suas possibilidades, darem o leite materno em exclusivo até aos seis meses e manterem o aleitamento até aos dois anos, desde que isso satisfaça a mãe e o bebé.»

Fonte: Diário de Noticias
Link:http://dn.sapo.pt/2007/09/14/sociedade/leite_materno_aumenta_alergias.html