quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Amamentar diminui a dor do bebé


"Os benefícios do leite materno parecem não parar de aumentar.

Agora mais um estudo vem comprovar o poder da amamentação: enquanto está a ser vacinado se o bebé estiver a mamar sente menos a dor da injecção. O estudo, feito em bebés até um ano de idade, foi levado a cabo na Jordânia por investigadores da Universidade de Philadelphia.

Os bebés que participaram neste estudo foram divididos em dois grupos de 60 crianças cada. Num dos grupos os bebés foram vacinados ao colo das mães, em contacto corporal, enquanto mamavam. No outro grupo as crianças foram vacinadas sem qualquer intervenção.

Os investigadores observaram que a duração do choro foi menor no grupo em que os bebés foram vacinados enquanto mamavam e tiveram o carinho da mãe, em relação ao grupo em que os bebés foram vacinados sem nenhuma intervenção das mães. "


Fonte:Revista Pais & Filhos

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Famalicão: CdA acolhe «BebéPlimPlim» a 14 e 15 de Novembro

«A Casa das Artes (CdA) de Vila Nova de Famalicão vai acolher dias 14 e 15 de Novembro «BebéPlimPlim», da Companhia de Música Teatral.
A iniciativa compreende dois workshops para bebés (às 16:00 e 17:00 horas de dia 14 de Novembro) e um espectáculo para a família (dia 15 de Novembro, às 11:00 horas).

Trata-se de «um “gramelot” de vocalizações de bebés, sílabas, rimas e variações musicais que passam por Bach, Monk, Schwiters, Balla, gamelão e música tradicional portuguesa», segundo o divulgado em comunicado.

As workshops de dia 14 acolhem um máximo de 12 bebés, dos zero aos dezoito meses, tendo cerca de 30 a 45 minutos de duração. O preço é de sete euros (workshop) ou 10 euros (workshop e espectáculo).

A entrada no espectáculo dia custa 10 euros (adulto e bebé) ou cinco euros, sendo dirigido a maiores de 3 anos, com cerca de uma hora de duração.

Sobem ao palco Ana Paula Almeida, Helena Rodrigues, Paulo Maria Rodrigues e Paulo Neto. A concepção e produção são da Companhia de Música Teatral. »

Fonte:Diário Digital
Link:http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=417791

Famalicão: CdA acolhe «BebéPlimPlim» a 14 e 15 de Novembro

«A Casa das Artes (CdA) de Vila Nova de Famalicão vai acolher dias 14 e 15 de Novembro «BebéPlimPlim», da Companhia de Música Teatral.
A iniciativa compreende dois workshops para bebés (às 16:00 e 17:00 horas de dia 14 de Novembro) e um espectáculo para a família (dia 15 de Novembro, às 11:00 horas).

Trata-se de «um “gramelot” de vocalizações de bebés, sílabas, rimas e variações musicais que passam por Bach, Monk, Schwiters, Balla, gamelão e música tradicional portuguesa», segundo o divulgado em comunicado.

As workshops de dia 14 acolhem um máximo de 12 bebés, dos zero aos dezoito meses, tendo cerca de 30 a 45 minutos de duração. O preço é de sete euros (workshop) ou 10 euros (workshop e espectáculo).

A entrada no espectáculo dia custa 10 euros (adulto e bebé) ou cinco euros, sendo dirigido a maiores de 3 anos, com cerca de uma hora de duração.

Sobem ao palco Ana Paula Almeida, Helena Rodrigues, Paulo Maria Rodrigues e Paulo Neto. A concepção e produção são da Companhia de Música Teatral. »

Fonte:Diário Digital
Link:http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=4&id_news=417791

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Parto humanizado é opção de gestante que quer maior contato com bebê


«Karina Gomes

Após 12 horas de trabalho de parto, Tereza Cristina de Araújo, 33, estava exausta. O planejado era Isabela nascer em casa, mas a menina que hoje tem 5 anos, veio já na 34ª semana de gestação. “Senti as contrações e, como ela era prematura, teve que nascer no hospital. Mas o parto não deixou de ser normal”, disse.

Na sala de parto do Hospital Santa Catarina, em São Paulo, Cristina tentou várias posições para dar à luz o bebê esperado. No limite do cansaço, sua doula, acompanhante de gestantes que oferece apoio físico e emocional no pré e pós-parto, aconselhou: “vamos ao banheiro. Ficar embaixo do chuveiro vai ajudar na dilatação”. Sozinhas, Ana Cristina Duarte tentava acalmar a gestante recomendando que fizesse exercícios de respiração, enquanto a água quente que caia sobre seu corpo a ajudava a relaxar e acelerar o trabalho de parto.

“Lá, eu fiquei mais tranquila. A Cris me falou, ‘vai, você vai conseguir’. Fiz mais uma força e a cabeça da nenê saiu! Depois disso, os médicos entraram e puxaram minha filha. Ela nasceu ali mesmo, no banheiro do Hospital Santa Catarina! Meu marido cortou o cordão umbilical e a Isabela já ficou no meu colo. Foi muito emocionante”, contou.

A experiência de Tereza reproduz o parto humanizado. “O bebê nasce e já tem um contato imediato com a mãe, e o pai corta o cordão umbilical para já ter o sentimento de vínculo paterno”, explicou a chefe de ginecologia e obstetrícia do Centro de Parto Normal do Hospital de Itapecerica da Serra, Sheila Aparecida da Rocha. “Durante o parto, a gente deixa a paciente escolher a posição mais confortável para que o parto aconteça da forma mais natural. O bebê só é examinado pelo neonatologista após a primeira interação entre mãe e filho. Ele é amamentado e após uma hora de vida recebe medicação e vacinação”.

De acordo com o coordenador da equipe de obstetrícia do Hospital Santa Catarina, Eduardo Watanabe, os partos humanizados são recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde). “É mais vantajoso para o bebê. Mais de 90% dos partos podem ocorrer em casa e 10% complicam de alguma forma e precisam de intervenção cirúrgica”, disse.

“Nesse tipo de parto, nós temos que assumir as etapas e não passar tudo para o médico. Optei pelo parto natural por causa dos benefícios para o bebê, que me encantaram. Enfrentei meus medos para fazer o bem para o meu filho”, disse Alexandra Swerts Leandro, 37, produtora cultural, grávida de seis meses do segundo filho. O primeiro, Felipe, de dois anos, nasceu após quatro horas de trabalho de parto normal.

A doula de Alexandra, Cristina Palzano Guimarães, 43, fisioterapeuta, explica o seu trabalho. “A doula deve ajudar a gestante a relaxar, com palavras de incentivo e exercícios físicos. Rebolar sobre a bola ajuda a encaixar o bebê. A massagem e bolsa de água quente ajudam a aliviar a dor e a água quente do chuveiro acelera o trabalho de parto”, disse. Para Cristina um dos partos mais emocionantes foi de uma gestante com deficiência visual. “Me sensibilizou muito, porque para ela era muito importante sentir o bebê sobre o seu colo”, contou.

Na maternidade do Hospital Universitário da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), que completou 14 anos neste sábado, já foram realizados 22.262 partos normais. “Nós procuramos o resgate da humanização do parto para a mulher ser protagonista do processo. Ela faz o próprio parto”, explicou Eli Camargo Siebert, chefe do serviço de obstetrícia da maternidade. “Também usamos métodos não-farmacológicos para aliviar a dor, como a bola embaixo do chuveiro e massagem [veja na foto acima]”.

Nos últimos três meses de gestação, o casal tem acompanhamento da equipe e faz visitas à unidade para se familiarizar com o ambiente. “Nesse período, o casal faz um cronograma e o planejamento de parto. Fazemos encontro de casais grávidos e depois há encontros dos pais e os bebês que nasceram aqui na maternidade”, disse Siebert. “O pai pode acompanhar o parto e a participação dele é muito emocionante para toda a equipe”.

Casas de parto

Em São Paulo, hospitais estaduais têm unidades anexas integrados ao SUS (Sistema Único de Saúde) para a realização de partos humanizados, chamadas casas de parto. Na Casa de Maria, anexa ao Hospital Santa Marcelina, no Itaim Paulista, são realizados em média 30 a 40 partos por mês. “A procura é baixa por falta de divulgação e pouca cultura de parto normal entre os profissionais de saúde”, afirmou o diretor técnico de obstetrícia, Marcos Wmawo.

Com base no modelo das casas de parto da Europa, Canadá e Japão, a Casa de Maria foi estruturada para que a mulher participar do parto e a família estar presente. De acordo com Wmawo, as pacientes são mulheres de classe média alta, bem informadas e com acesso à Internet. As equipes são formadas por enfermeiras obstetrícias, neonatologistas e pediatras.

As gestantes atendidas nas casas de parto são saudáveis e não apresentam fator de risco durante a gravidez. “A questão que envolve as casas de parto é a segurança, por isso muitas estão associadas ao hospital”, disse Eduardo Watanabe, obstetra do Hospital Santa Catarina. No Brasil, há resistência ao parto normal por um problema cultural”, explicou.

“A equipe está preparada para lidar com complicações médicas. A transferência para o hospital é questão de minutos”, afirmou Marcos Wmawo, da Casa de Maria. “A cultura da cesárea existe por comodidade. Muitas pacientes não questionam seus médicos se, de fato, não há a possibilidade de fazer parto normal”.

Rede particular

Os hospitais privados estão se adaptando para realizar partos humanizados. Os hospitais Santa Catarina, Albert Einstein, São Luís e ProMatre, todos em São Paulo, criaram salas adaptadas. “O aspecto da sala procura mimetizar o ambiente doméstico e se afasta do ambiente de uma sala cirúrgica. A iluminação é mais baixa e, no banheiro, tem uma banheira de hidromassagem”, explicou Watanabe. “O casal faz o planejamento do parto. A gestante pode estar acompanhada de uma doula desde que o hospital autorize”.

Mas as mães que não podem ter o bebê por parto normal, pode marcar uma cesárea natural. “Apesar de ser no centro cirúrgico, o ambiente da sala é mais humanizado, com música estilo new wave e iluminação baixa. Assim que nasce, o bebê fica no colo da mãe para ser amamentado e depois é colocado em um balde água aquecida com toda a equipe em silêncio para lembrar a vida uterina”.»

Fonte:Eband
Link:http://www.band.com.br/jornalismo/saude/conteudo.asp?ID=210237

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Gravidez tardia eleva casos de síndrome de Down


«O número de diagnósticos de síndrome de Down cresceu 71% de 1989 a 2008 na Inglaterra e no País de Gales, segundo estudo publicado no "British Medical Journal" (BMJ). Um dos motivos apontados foi o aumento no número de mulheres mais velhas que decidem ter filhos - mulheres com mais de 40 anos têm uma chance 16 vezes maior de gerar uma criança com a doença do que mães com 25 anos.


No mesmo período, o número de crianças vivas que nasceram com síndrome de Down caiu 1%, pois 92% das mães que optaram pelo exame pré-natal e diagnosticaram a doença realizaram aborto. Segundo projeção dos autores da pesquisa, se não houvesse a alternativa da interrupção da gravidez, o número de crianças que nascem com síndrome de Down nos dois países teria crescido 48% no período, pois aumentou o número de mulheres que optam por atrasar a gravidez.


Em 2001, o Comitê Nacional de Monitoramento, no Reino Unido, determinou que todas as mulheres deveriam ser informadas sobre a disponibilidade de testes pré-natais para diagnóstico de síndrome de Down. A medida surtiu resultados. O porcentual de mulheres com menos de 37 anos que decidiu realizar o teste pré-natal cresceu de 3% em 1989 para 43% em 2008. No entanto, nas mães com mais de 37 anos, a proporção manteve-se constante em 70%, apesar do risco ser maior nesta faixa etária e do aprimoramento dos testes.


Os autores concluem que, com o aumento no número de mulheres que têm filho mais tarde e a permanência de uma parcela considerável que opta por não realizar o diagnóstico pré-natal "haverá ainda um grande número de nascidos vivos com a doença (no Reino Unido)". Por isso, "o monitoramento dos números de bebês nascidos com a síndrome é essencial para assegurar a correspondência adequada às suas necessidades".(AE)»

Fonte:Cruzeiro do Sul
Link:http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=38&id=232412

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bebê que apanha no 1º ano fica mais agressivo, diz pesquisa


«Com a ajuda de testes de comportamento, pesquisadores descobriram que bebês que apanham com um ano de idade ficam mais agressivos quando chegam aos 2 anos.

Quem tem filho pequeno sabe: basta uma rápida distração e até o mais santinho consegue tirar os pais do sério. E você aí de casa, depois de ver as fotos que estão circulando na internet, pode ter pensado ‘essas crianças bem que mereciam uma palmadinha’. Mas será que ia funcionar?

Pesquisadores de seis universidades nos Estados Unidos acabam de divulgar um estudo sobre os efeitos da palmada no desenvolvimento da criança. Mães de 2,5 mil famílias americanas foram entrevistadas e responderam à seguinte pergunta: você bateu no seu filho ou filha na semana passada?

Um terço dos bebês de um ano tinham apanhado pelo menos duas vezes naquela semana. “Tem hora que não tem como, a gente tem que dar uma palmada”, acredita a dona de casa Tatiana Moreira.

Entre as crianças de 2 e 3 anos, a palmada foi ainda mais frequente: em uma única semana, metade delas apanhou três vezes. Com a ajuda de testes de comportamento, os pesquisadores descobriram bebês que apanham com um ano de idade, ficam mais agressivos quando chegam aos 2 anos. Em um desses dias de fúria, David levou uma palmada e a reação foi imediata.

“Acabei dando um tapinha na mão mesmo, perdi o controle, e ele simplesmente me deu também, na mesma hora ele aprendeu o que era um tapinha e não funcionou”, conta Daiana Neves, mãe de David. “Em alguns dias, ele foi pra casa da vovó e ele deu um tapinha na vovó quando a vovó o contrariou. Aí aprendeu em um simples tapinha e repetiu, o que foi feio”.

“O simples fato de um dia você ter dado uma palmada nele, na cabecinha dele formou-se uma questão lógica, ‘se a minha mãe, a quem eu amo muito pode bater, eu também posso bater’”, explica o psicólogo Jorge Rocha.

E tem mais: testes de inteligência mostraram que os bebês que apanharam com um e dois anos, apresentaram dificuldades de aprendizado aos três anos.

Jorge Rocha continua explicando: “Isso traz consequências não só no processo da construção da inteligência, do processo cognitivo, mas em vários aspectos do desenvolvimento da criança. Até com relação à sua autoestima. Na verdade ela se sente degradada, se sente com menos valia, se sente temerosa, porque na verdade ela não está sendo ensinada com relação a nada. Na verdade, ela acaba não fazendo determinadas coisas por medo”.

O estudo concluiu também que punições verbais como broncas e sermões não causaram nenhum efeito negativo no desenvolvimento das crianças.

Não é à toa que hoje existe uma campanha mundial contra a palmada. Pelo menos 24 países possuem leis contra tapas e beliscões em crianças. Na Nova Zelândia, essas agressões podem dar até seis meses de cadeia! No Brasil, um projeto de lei contra a palmada foi aprovado em 2003, mas há três anos está parado na Câmara.

Na casa dos gêmeos José e Carlos, não tem conversa: “Só com chinelo que conseguem me escutar”, contou a mãe Paula Marcelino. Pior: o chinelo já virou motivo de piada dos meninos! “Com chinelo verde a gente finge que está chorando, aí quando ela sai do quarto, a gente fica rindo”, revela um deles.

Para ajudar essa mãe em apuros, a gente chamou o pedagogo Marcelo. “Já que a palmada não é o ideal, o que eu devo fazer a partir de agora?”, pergunta a mãe.

“A primeira coisa, como uma mãe amorosa, é sentar com ele, apresentar chinelos que são instrumentos de coerção, dar ciência a eles de uma mudança que você está se propondo a fazer. Outras estratégias como a advertência verbal, o diálogo, a conversa, podem realmente ser mais eficazes e contribuir para a formação desse indivíduo. É necessário que você tenha paciência. Em alguns casos, que você repita mais de uma vez, para que ela aprenda e entenda o que está sendo dito. Educar é ato de paciência, é um ato de amor”, explica o pedagogo.

Então já sabe: muita paciência e pulso firme. E diante de uma cena em que as crianças tenham pintado tudo, torça par que a tinta saia com água.»

Fonte:TV Canal 23
Link:http://www.tvcanal13.com.br/noticias/bebe-que-apanha-no-1ano-fica-mais-agressivodiz-pesquisa-75847.asp

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Novo site ajuda portugueses inférteis


«Cerca de um em cada seis portugueses sofre de infertilidade, sendo que agora há um novo site que os pode ajudar, noticia a TVI.

Na página www.fertilidadeumaviagem.com são dadas várias respostas ao problema da infertilidade, ajudando os casais que querem ter filhos.

Com uma linguagem acessível, é possível conhecer, por exemplo, as opções terapêuticas, os exames e o diagnóstico.»

Fonte:IOL

Link:http://diario.iol.pt/tecnologia/infertilidade-site-inferteis-bebes-tvi24/1092715-4069.html


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Apenas 38 casais encaminhados para o privado


«

Já se passaram quase seis meses depois do “encaminhamento imediato” para centros privados de casais inférteis que aguardam por tratamento nos serviços públicos, no entanto apenas 38 foram encaminhados para centros em Lisboa, onde a lista de espera é maior.

Destak/Lusa | destak@destak.pt

A medida foi anunciada a 20 de Abril pela ministra da Saúde, Ana Jorge, que também anunciou o aumento da comparticipação dos medicamentos para estes tratamentos.

Na altura, a ministra disse que o encaminhamento para o privado dos casais que aguardam há mais de um ano por um tratamento nos serviços públicos seria “imediato”.

Contudo, só dois meses depois é que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) anunciou que o encaminhamento na região iria avançar em Julho, resultando dos protocolos assinados entre a Administração, o British Hospital e o Instituto Valenciano de Infertilidad.

Segundo a ministra da Saúde, existem 2800 casais inférteis em lista de espera em todo o país, sendo as situações mais graves na região de Lisboa e Vale do Tejo e no Sul, porque apenas existem duas instituições públicas (Maternidade Alfredo da Costa e Hospital de Santa Maria) para dar resposta a estes casos.

A Lusa contactou os dois centros privados e, até ao momento, foram encaminhados 38 casais.

O centro de reprodução do British Hospital começou a receber casais no dia 03 de Agosto, provenientes da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) e no dia 09 de Setembro do Hospital Santa Maria.

A Maternidade Alfredo da Costa encaminhou 23 casais, enquanto o Hospital Santa Maria encaminhou oito.

O centro de reprodução do British Hospital propôs-se receber semanalmente nove casais provenientes do sector público.

O Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI) recebeu, até agora, oito casais, provenientes da Maternidade Alfredo da Costa e do Hospital Santa Maria.

O IVI conta que, no próximo ano, “com o gradual licenciamento de outros Centros de PMA na região de Lisboa, o natural será que cada clínica, independentemente da sua disponibilidade, acabe por receber um número relativamente baixo de casais”.

Para a Associação Portuguesa de Fertilidade (APF), o número de casais encaminhados fica “muito aquém das necessidades dos casais que precisam de um tratamento de infertilidade”.

Em declarações à Lusa, Filomena Gonçalves disse ter conhecimento de “poucas dezenas” de casais que foram encaminhados do público para o privado e receia que a medida não tenha passado “de um anúncio político”.

“Continuamos a assistir ao adiamento da concretização desta medida e não percebemos que as acções na área da PMA demorem tanto a dar frutos”, disse.

Da informação que chega à associação através dos casais inférteis associados, Filomena Gonçalves destaca o “desespero em que alguns vivem”.

“Os casais andam de esperança em esperança, atrás de anúncios que nunca dão em nada”, lamenta esta dirigente da API.»


Fonte:Destak

Link:http://www.destak.pt/artigo/41570

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Grávida terá prioridade à vacina contra gripe A em Portugal

«Lisboa, 29 set (Lusa) - O diretor-geral da Saúde de Portugal adiantou nesta terça-feira que as grávidas serão consideradas o "principal grupo prioritário" na vacinação contra a gripe A (H1N1) no país e que o plano de vacinação deverá ter início em novembro.


"Vamos eleger as grávidas como principal grupo prioritário, porque foram identificados riscos maiores durante a gravidez e como tal têm que ser as primeiras a ser imunizadas", afirmou Francisco George.

Numa sessão pública organizada pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), destinada a esclarecer as empresas sobre a elaboração de planos de contingência contra a gripe A, Francisco George adiantou ainda que "provavelmente até o final da semana" será conhecida a lista completa dos grupos prioritários para vacinação.»


Fonte:Agência Lusa

Link:http://www.agencialusa.com.br/index.php?iden=27114

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dor de cabeça crônica afeta mais filhos de fumantes, diz pesquisa


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A cefaleia (dor de cabeça) crônica em crianças em idade escolar pode estar associada ao tabagismo materno durante a gestação. É a conclusão de uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP), com crianças nascidas na cidade em 1994 e em São Luís (MA) entre 1996 e 1997.

Participaram dessa pesquisa 1.629 crianças (metade delas de cada cidade).

Dos filhos das mães fumantes, 1.592 responderam se tinham ou não cefaleia crônica. Os dados indicaram que 28,4% das crianças em Ribeirão e 13,2% em São Luís sofriam de dor de cabeça. Das mães de Ribeirão, 10,4% fumaram mais de dez cigarros por dia e 8,7%, de um a nove. Em São Luís, a taxa foi de 2,6% para as duas situações.

O estudo consiste na tese de doutorado do enfermeiro Carlos Eduardo Fabbri. Para o trabalho, ele usou dados de um projeto temático sobre o desenvolvimento de crianças das duas cidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE»

Fonte:Último segundo
Link:http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/09/28/dor+de+cabeca+cronica+afeta+mais+filhos+de+fumantes+diz+pesquisa+8684925.html

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Filhos: O desafio de uma vida


(continuação)
«A mesma consequência tem a presença de adesões pélvicas, tecido cicatrizado que permanece após uma infecção ou uma cirurgia pélvica e que, se envolver os ovários ou as trompas, pode afectar a fertilidade.



Estas são as causas mais comuns da infertilidade na mulher. Há outras como o uso de determinados medicamentos, a existência de deficiências ao nível da tiróide, o tratamento a cancros no sistema reprodutor e algumas doenças como o HIV/Sida ou a diabetes.



A estes factores junta-se o risco próprio associado à idade, ao peso e a determinados hábitos. Sabe-se, por exemplo, que as mulheres que fumam podem ver reduzidas as suas probabilidades de conceber, sendo os abortos mais frequentes. Sabe-se também que não existe uma quantidade de álcool segura quando se pretende engravidar. E que o excesso de peso pode afectar a ovulação.



Também as mulheres que seguem uma dieta demasiado restritiva ou que sofrem de desordens alimentares como a anorexia e a bulimia correm este risco. O mesmo acontece com as que são sujeitas a um esforço físico intenso, como as desportistas, em que são frequentes as irregularidades menstruais.



Quanto ao risco associado à idade, tem a ver com o facto de o potencial de fertilidade da mulher decair gradualmente quando ela entra na terceira década de vida. A mulher nasce com um número determinado de ovócitos, que vai sendo desperdiçado até à puberdade. Nessa altura, do milhão de ovos potenciais que possuía à nascença permanecem apenas cerca de 100 mil por ovário, não havendo renovação.







Pelo lado masculino



É ao nível do esperma que se centram as principais causas da infertilidade masculina. A começar pela ausência total de esperma, aquilo que se designa como azoospermia: é uma situação rara, mas possível e na sua origem está, geralmente, uma afecção grave ao nível dos testículos, bem como o bloqueio ou ausência de vasos deferentes.



Uma insuficiente concentração de espermatozóides também é causa de infertilidade, o que corresponde à existência de 10 milhões de espermatozóides por mililitro de sémen, ou menos, quando o normal são 20 milhões ou mais.



Pode ainda acontecer que os espermatozóides não possuam uma forma e estrutura apropriadas, o que os impede de se moverem rapidamente e na direcção certa. Quando isso acontece, podem não ser capazes de ir ao encontro do ovo, falhando a fertilização.



Considera-se ainda como causa de infertilidade masculina associada ao sémen a chamada ejaculação retrógrada: neste caso, durante o orgasmo, o sémen desloca-se para a bexiga em vez de avançar para o pénis.



É uma situação comum em homens que foram sujeitos a intervenções cirúrgicas pélvicas, ao nível da próstata, por exemplo. Ou nos diabéticos, bem como nalguns que tomam medicamentos do foro psiquiátrico. Outra condição possível é a ausência de ejaculação, o que pode acontecer em homens com lesões ou doenças ao nível de espinal-medula.



Nos testículos concentram-se também algumas das causas mais frequentes da infertilidade masculina. É o que se passa com o criptorquidismo, situação em que um ou ambos os testículos não descem do abdómen para o escroto durante o desenvolvimento fetal. Uma das consequências pode ser uma produção menor de esperma, dado que o testículo recolhido está submetido a uma temperatura mais elevada do que a do escroto.

A temperatura é, aliás, um dos factores que intervém na fertilidade do homem. É que a formação de esperma é mais eficiente a cerca de 34ºC, uma temperatura inferior à do corpo humano.



Mas os testículos conseguem mantê-la graças à sua localização, ou seja, por se encontrarem fora da cavidade corporal. Significa isto que um aumento da temperatura - devido, por exemplo, a uma febre prolongada ou à exposição ao calor excessivo (no banho diário ou na sauna) - pode prejudicar a produção de esperma, reduzindo a quantidade e mobilidade dos espermatozóides.



Ainda no domínio das causas da infertilidade masculina, o estado de saúde e o estilo de vida também têm uma quota de responsabilidade. Doenças como as da tiróide, a diabetes, a sida e insuficiência cardíaca e renal têm sido associadas a uma menor fertilidade, o mesmo acontecendo com o stress, uma alimentação deficiente em vitaminas e minerais, a obesidade, o consumo de álcool e o tabagismo.







Um (longo) caminho a dois



Quando o desejo de constituir família esbarra na incapacidade de conceber, emergem naturalmente múltiplos e potentes sentimentos. Mas é importante que, nesse tumulto de emoções, o casal encontre o caminho que o conduza à ajuda médica.



O primeiro contacto deve ser pelo médico de família ou pelo ginecologista, que o encaminhará para uma consulta da especialidade. Nos hospitais públicos ou em clínicas privadas, a Ciência consegue contornar muitas das razões de infertilidade.



Uma vez perante um especialista, ambos os membros do casal são sujeitos a uma série de exames de modo a identificar a causa da infertilidade. Existem testes específicos para determinar a infertilidade masculina e a feminina, ainda que, com frequência, haja uma combinação de factores a influenciar a dificuldade em conceber e não uma causa única. Além de que, nalguns casos, a infertilidade permanece por explicar.



O tratamento depende da causa, da duração da infertilidade e de muitos outros factores, sendo que há causas que não são passíveis de correcção. Estão, no entanto, disponíveis vários métodos que permitem a uma mulher engravidar e que passam por restaurar a fertilidade ou por uma das diversas técnicas de reprodução ou procriação medicamente assistida.



Restaurar a fertilidade implica uma maior frequência das relações sexuais para, assim, aumentar as probabilidades de concepção: é que os espermatozóides podem sobreviver no corpo da mulher por 72 horas e um ovo pode ser fertilizado nas 24 horas seguintes à ovulação, tratando-se de criar o máximo de oportunidades para que esse encontro seja bem sucedido.



Para as mulheres com desordens ovulatórias, a primeira linha de tratamento implica o uso de medicamentos específicos para regular a ovulação. São, no entanto, fármacos a que está associado o risco de nascimentos múltiplos. Quanto à infertilidade por obstrução das trompas de Falópio pode ser ultrapassada com recurso a cirurgia, sendo a laparoscopia uma das técnicas utilizadas para reparar os bloqueios e lesões.

Mais difícil de tratar é a infertilidade devida a endometriose: a terapia ovulatória é uma das alternativas, a par da fertilização in vitro, mediante a qual o ovo e o espermatozóide são unidos em laboratório e só depois transferidos para o útero.



A fertilização in vitro é, aliás, uma das técnicas pioneiras da chamada reprodução medicamente assistida. Mas há outras como a infecção citoplasmática, que consiste numa técnica microscópica de implantação directa de um único espermatozóide num ovo.



Estas são técnicas que resultam melhor em mulheres com um útero saudável, que respondam bem aos medicamentos de fertilidade e que ovulem naturalmente. Há, no entanto, algumas complicações possíveis. Desde logo, a de uma gravidez múltipla, mas também a de hiperestimulação dos ovários, mais frequente nas mulheres com ovário poliquístico.



Quanto às causas da infertilidade masculina, a sua identificação e consequente tratamento envolve um conjunto de testes que visam, antes de mais, avaliar a condição física, para despiste de doenças que tem ou já teve, medicamentos que toma habitualmente e hábitos sexuais.



Depois, é feita uma análise ao sémen, de modo a aferir da quantidade e qualidade dos espermatozóides. Permite ainda detectar eventuais infecções ou a presença de sangue. Uma análise ao sangue pode também ser necessária, com o objectivo de medir os níveis de testosterona, a principal hormona masculina.



Homens e mulheres partilham algumas abordagens, de que é exemplo o aumento da frequência das relações sexuais. Mas há intervenções mais específicas, dirigidas à quantidade e/ou qualidade do esperma.



A alternativa pode ainda residir em medicamentos utilizados para induzir a ovulação na mulher: são fármacos, como o clomifeno, que contribuem para aumentar a quantidade de esperma, ainda que não influenciem a sua qualidade ou mobilidade.



Nos homens com esperma normal, mas escasso, os índices de gravidez melhoram com a inseminação artificial, em que é aproveitada a primeira porção do sémen ejaculado, mais rica em espermatozóides. A fertilização in vitro e a transferência de gâmetas também são eficazes em determinados tipos de infertilidade masculina.



Independentemente das alternativas, este é um caminho feito de avanços e recuos. Porque o mais provável é serem necessárias várias tentativas até se vencer o desafio de dar vida a um filho do amor. Com a certeza de que, em Portugal, são cada vez mais os bebés que a Ciência traz ao mundo.



Muitos passos se deram desde que, em 1986, nasceu o primeiro filho da reprodução medicamente assistida no nosso país.







(in)Fertilidade



Apoiar, informar e defender as pessoas inférteis em Portugal é o objectivo da Associação Portuguesa de Fertilidade, constituída em Maio de 2006 a partir de um movimento cívico e associativo em torno da infertilidade. Na sua origem esteve a constatação de que, duas décadas após o início da procriação medicamente assistida no nosso país, ainda era muita a falta de informação e muito o desinteresse pelas questões (psicológicas, sociais e económicas) em torno da infertilidade.



Dois anos depois, e já com uma lei sobre a procriação medicamente assistida, a associação continua a pugnar pela assistência médica e psicológica das pessoas inférteis em Portugal.



Dos seus objectivos consta a celebração de parcerias com entidades públicas e privadas nesta área, a promoção do alargamento da rede pública dos centros de tratamento de infertilidade e a certificação internacional das clínicas privadas, incluindo a publicitação das respectivas taxas de sucesso, da equipa médica e dos preços praticados, a construção de uma base de informação detalhada sobre todas as questões relacionadas com a infertilidade em Portugal, incluindo um directório com as clínicas públicas e privadas, locais de alojamento, processos nacionais e internacionais de adopção de crianças e um manual sobre a infertilidade.



Propõe-se ainda promover o debate público e científico sobre a infertilidade, nomeadamente através de acções de divulgação e mediante o patrocínio de encontros científicos, criar uma linha telefónica específica e uma rede nacional de aconselhamento e apoio psicológico, estabelecendo contratos com profissionais na área da saúde e formando um conjunto de associados disponíveis para trabalho de voluntariado, bem como representar as pessoas inférteis junto das instituições e agentes, particulares ou estatais, que em Portugal se ocupem de matérias relacionadas com a infertilidade.



Para a prossecução dos seus objectivos, associou-se em Fevereiro de 2007 à Plataforma Saúde em Diálogo, uma estrutura de solidariedade e entreajuda que reúne promotores de saúde, associações de doentes e consumidores. Criada sob a égide da Associação Nacional das Farmácias, a plataforma representa já 29 entidades.



São os seguintes os contactos da Associação Portuguesa de Fertilidade:



Sede - Rua Mestre Albino Moreira, 54 R/C Dto. Frente, 4250-546 Porto



Delegação de Lisboa - Praça S. João Bosco, Nº 22, 7º D, 1350-297 Lisboa



O atendimento ao público carece de marcação prévia, por telefone ou correio electrónico:



Telefone - 96 614 1251, de 2ª a 6ª das 14:00 às 19:00
Email - apf@apfertilidade.org.
Página na Internet - www.apfertilidade.org. »

Fonte: Medicos de Portugal
Link:http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/2897/?textpage=5

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Filhos: O desafio de uma vida (Parte 1)


«Querer um filho e não conseguir é uma dor conhecida de muitos casais. Mas não partilham apenas a dor: partilham também a esperança que depositam na Ciência para vencerem o desafio de uma vida.

O caminho da infertilidade é longo e difícil, repleto de obstáculos, mas também de muita esperança. É um caminho que é percorrido por cada vez mais casais, estimando-se actualmente que entre 15 a 20 por cento da população sofra desta doença.



Muitos sofrem, provavelmente, em silêncio, a crer nos dados que apontam para que em Portugal se façam 250 ciclos de tratamento de Procriação Medicamente Assistida (PMA) por milhão de habitantes, uma média quatro vezes e meia inferior à da União Europeia.



Para aproximar estes valores dos europeus - na ordem dos 1100 ciclos por milhão de habitantes - foi criado o Projecto de Incentivos à PMA. Este plano será aplicado aos hospitais públicos, onde as listas de espera chegam a atingir os dois anos.



A intenção é que o sector público dê resposta a pelo menos metade dos casos, prevendo-se que os restantes sejam encaminhados para o sector privado. Recentemente também foi anunciada a comparticipação a 100 por cento dos chamados tratamentos de primeira linha ((inseminação artificial e estimulação ovárica) e do primeiro ciclo de tratamentos de segunda linha (fertilização in vitro e microinjecção intracitoplasmática de espermatozóide) realizados nas clínicas privadas.



São medidas de que poderão beneficiar os muitos milhares de casais inférteis que se estima existirem no nosso país.







Infertilidade...



São casais com dificuldade em conceber, sendo que a infertilidade se define quando a gravidez desejada não é alcançada ao fim de um ano consecutivo de relações sexuais sem contracepção. É essa a definição da Organização Mundial de Saúde e é essa a base de trabalho para cientistas e médicos.



São muitos os factores que influenciam a fertilidade. Desde logo os mecanismos da reprodução humana. Não são propriamente um simples. Para que aconteça uma gravidez é preciso que tudo corra bem na ovulação e na fertilização. Há um conjunto de acontecimentos que se desenrolam em cadeia, bastando que um elo não funcione correctamente para adiar o momento da concepção.



Na mulher, tudo começa ao nível do cérebro, com a glândula pituitária a enviar todos os meses um sinal para que os ovários preparem um ovo para a ovulação. Essa preparação dá-se por influência de duas hormonas, que estimulam os ovários.



A ovulação acontece, na maioria das mulheres, ao 14º dia do ciclo menstrual, com o ovo a ser libertado pelos ovários e capturado por uma trompa de Falópio. Aí permanece viável por 24 horas, se bem que a melhor altura para ser fertilizado é nas 12 horas seguintes à ovulação. E a fertilização acontece se entretanto um espermatozóide o alcançar. Se esta união se concretiza, o ovo movimenta-se em direcção ao útero, onde se desenvolve a gravidez.



No que ao homem diz respeito, muito pode acontecer no processo de fertilização, mediante o qual um espermatozóide alcança um ovo e o fecunda. Antes de mais é preciso que haja espermatozóides em quantidade suficiente, que possuam a forma e a dimensão adequadas e que se movimentem na direcção certa. E é preciso que haja sémen suficiente para transportar os espermatozóides.

Num homem adulto, o esperma é produzido em contínuo pelos testículos, ficando armazenado até uma ejaculação estar prestes a acontecer. Nessa altura, é transportado até ao canal ejaculatório, onde se junta a um líquido produzido pelas vesículas seminais, o que dá origem ao sémen. No momento da ejaculação, o sémen desloca-se pela uretra até ao exterior, o que, para que uma gravidez seja possível, tem de corresponder à vagina.



São, pois, muitos os elementos em jogo. A fertilidade não é um dado adquirido, nela podendo interferir tanto factores femininos como masculinos, numa relação equilibrada. Casos há em que as causas têm dupla origem e outros em que não são detectadas razões concretas.







Pelo lado feminino



Há um vasto rol de causas da infertilidade feminina, a começar por lesões ou bloqueios nas trompas de Falópio. Devidas normalmente a uma inflamação, como a clamídia, estas lesões impedem o ovo de progredir ao longo da trompa, podendo abrir caminho à sua instalação fora do útero e, assim, dar origem a uma gravidez ectópica, inviável. O risco aumenta com a recorrência das infecções.



Outra razão de infertilidade é a endometriose, caracterizada por crescimento de tecido uterino fora do útero, nomeadamente nos ovários ou nas trompas de Falópio. Este tecido responde ao ciclo hormonal, pelo que sofre as mesmas mutações do tecido que reveste o útero, o que pode originar inflamação.



Dores pélvicas e infertilidade são consequências possíveis. Também as desordens na ovulação podem interferir na reprodução: provocadas por desregulação no funcionamento da glândula pituitária, fazem com que haja deficiências na produção das hormonas que estimulam os ovários. Entre as causas desta desregulação incluem-se lesões a nível cerebral, tumores na pituitária, exercício excessivo e anorexia nervosa.



Causa de infertilidade feminina é ainda a existência de níveis elevados de prolactina, a hormona que estimula a produção de leite. Em mulheres que não estão grávidas, este excesso pode afectar a ovulação, além de que pode indiciar a presença de um tumor na pituitária.



Já o ovário poliquístico tem a ver com um aumento na produção de hormonas masculinas (androgénios), o que acontece sobretudo em mulheres com elevada massa corporal. Em consequência, os ovários revelam-se incapazes de produzir ovos maduros.

Os folículos começam a crescer, mas não amadurecem, acabando por permanecer nos ovários, não havendo ovulação. A ausência de menstruação é, pois, um dos sintomas.


Sem menstruação ficam também as mulheres a quem acontece uma menopausa precoce (antes dos 35 anos). Muitas das vezes desconhece-se a causa, mas sabe-se que doenças auto-imunes, o tratamento do cancro por rádio ou quimioterapia e o tabagismo estão associados a esta falência prematura dos ovários.»




Comum na mesma altura da vida é a existência de tumores benignos (fibróide) nas paredes do útero. Ao interferirem com o contorno do útero, e se bloquearem as trompas de Falópio, podem ser causa de infertilidade. (...)

Continua ...
Fonte: Medicos de Portugal

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Trauma de pais de bebês na UTI é similar ao vivido em guerras


«A técnica sempre dividiu a opinião dos médicos. Com a revisão, ela passa a ser proibida no país

Simone Tinti

Considerada como mais uma questão polêmica, que sempre dividiu a opinião dos médicos, a escolha do sexo do bebê passa a ser oficialmente proibida no país. A norma foi anunciada nesse fim de semana durante a IV Conem (Conferência Nacional de Ética Médica), em São Paulo, como parte da revisão do Código de Ética Médica (escrito em 1988). Com a decisão, portanto, fica proibido criar embriões para pesquisa e escolher o sexo do bebê em clínicas de reprodução assistida.

As novas regras entram em vigor 180 dias após sua publicação no Diário Oficial da União. Além dessa regra, as novas medidas incluem, ainda, a necessidade de um limite mais claro na relação entre os médicos e a indústria farmacêutica, além de determinar que os profissionais da saúde não podem obter vantagens financeiras pela comercialização de medicamentos e próteses, e nem participar de consórcios para a realização de procedimentos como cirurgias plásticas.»

Fonte:Revista Crescer
Link:http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI90648-10545,00-REVISAO+DO+CODIGO+DE+ETICA+MEDICA+VETA+ESCOLHA+DO+SEXO+DO+BEBE.html

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Confira 10 dicas para fazer seu filho dormir sozinho


«Rosana Ferreira

Lugar de criança é na cama dela e no quarto dela. E essa atitude deve começar desde cedo, ainda bebê. Parece um sonho? Se o seu filho teima em dormir no meio do casal, pare agora, antes que o sonho vire um pesadelo. "Quanto mais tempo a criança dormir com os pais, mais difícil será tirar esse costume", disse a psicóloga Angélica Capelari, da Universidade Metodista de São Paulo. Comece, portanto, a aplicar as dicas da professora de psicologia para evitar problemas no futuro. Para a criança e para o casal. Não é fácil, requer paciência e perseverança, mas vale a pena.

» Criança na cama dos pais pode revelar problemas no casamento

1- A partir dos seis meses já é possível deixar o bebê dormindo sozinho no seu próprio quarto. Só será preciso levantar durante a madrugada para as trocas e eventuais mamadas noturnas. É claro que deixar o bebê na cama dos pais pode ser mais cômodo para eles, mas a especialista garante que é bem mais fácil espantar a preguiça agora do que ensinar a criança - já maior - a dormir no seu próprio quarto.

2- Os pais podem se revezar nessa tarefa, já que não é fácil levantar no meio da noite, com sono, cansado e, às vezes, com frio.

3- Se o filho já está acostumado a dormir no meio dos pais, é hora de reverter a situação. A rotina pode ser uma grande aliada, portanto imponha um horário para a criança e vá preparando a casa momentos antes: diminua as luzes, desligue a TV e aparelhos de som e feche as janelas. Assim a criança vai entrando num ritmo menos acelerado, mais propício ao sono.

4- Coloque regras que possam ser cumpridas. Não adianta dizer à criança que ela precisa dormir às 21h, mas a casa continua agitada.

5- Nada de deixar a luz principal do quarto infantil acesa. Se precisar, use abajur, bichinhos ou tomadas iluminadas. Assim também fica mais seguro se caso a criança levantar no meio da noite.

6- A hora de dormir deve ser um momento prazeroso. Os pais podem contar histórias, colocar músicas suaves e conversar sobre a rotina do dia até a criança dormir.

7- Essa transição não pode ser traumática para o filho nem para os pais. Portanto, eles devem ficar no quarto. Nos primeiros dias, deitados com a criança até ela dormir. Depois, sentados. E, por fim, permanecer na porta para dar boa-noite. Ou seja, vão saindo de cena aos poucos, para a criança se sentir segura e eles não acharem que estão abandonando o filho.

8- Os pais precisam colocar limites e não ceder a manhas. Se ceder uma vez - por frio ou doença -, a criança aprende que os pais cedem e vai repetir a manha sempre, não importa onde e em que situação. É essencial não ceder a choros, súplicas e chantagens: ela deve ser colocada de volta na sua cama sempre que necessário. Uma hora ela desiste.

9- Se a criança acorda no meio da noite e pede para dormir com os pais, é bom investigar as causas. Se ela está doente, deve continuar no quarto dela recebendo os cuidados necessários dos pais. Se está com medo, vale dar um passeio pelo quarto infantil, abrir armário e gavetas, olhar debaixo da cama e observar cada cantinho para mostrar que não existem monstros nem fantasmas. Mas, nunca a criança deve voltar para a cama dos pais.

10- Um pedido para os pais deixarem o filho dormir entre eles, sem desculpas (medo, sentimento de abandono, doença fictícia), pode ser acatado eventualmente, mas é bom deixar claro que é por um tempo limitado e a criança vai voltar para a cama dela.

Especial para Terra»

Fonte:Terra
Link:http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI3942345-EI1377,00-Confira+dicas+para+fazer+seu+filho+dormir+sozinho.html

Novo berço evita o bolçar dos bebés


«O departamento de pediatria do Hospital Universitário de Bruxelas, na Bélgica, desenvolveu um berço capaz de evitar o bolçar, um problema estomacal que afecta um entre cada cinco bebés e pode causar irritação no esófago, avançou hoje a BBC»

Fonte: Sol
Link:http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=146623

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Cientistas criam incubadora que será vendida a 25 dólares


«A incubadora desenvolvida por cientistas da Universidade norte-americana de Stanford chama-se Embrace (Abraçar) e vai ser comercializada, a partir deste ano, por 25 dólares, na Índia. Trata-se de uma espécie de saco térmico para acondicionar bebés prematuros ou de baixo peso, aumentando as suas possibilidades de sobrevivência.»

Fonte:SIC
Link:http://sic.sapo.pt/online/noticias/vida/Cientistas+criam+incubadora+que+empresa+vai+vender+a+25+dolares.htm?wbc_purpose=basi%252

Teste nos ovócitos melhora a reprodução assistida


«Por toda a Europa, as taxas de infertilidade estão a aumentar. Entre 12 a 15% dos casais em idade reprodutiva sofrem de uma forma ou outra de infertilidade. Apesar dos progressos feitos ao nível do tratamento, apenas 25 a 27% dos embriões implantados resultam num nascimento bem-sucedido. Para ter os seus dois filhos por fecundação in vitro, Charlotte passou por um processo desgastante:

“Comecei aos 25 anos. Ao final de um ano fiz um balanço. 2 anos depois de ter parado com a pílula comecei a fazer inseminações. Fiz 6 inseminações no total e depois passei à fecundação in vitro. E aí, tive de fazer 3 fecundações in vitro para, por fim, ter a alegria de um resultado positivo. Psicológicamente foi muito desgastante”.

Muitas vezes, os médicos não conseguem explicar porque é que os embriões são implantados com sucesso ou não.
Compreender porque é que tantos embriões são rejeitados seria um passo muito importante para melhorar os tratamentos de fertilidade.

Para ajudar pessoas como Charlotte, foi lançado em 2004 o programa europeu EMBIC (Embryo Implantation Control) para melhorar a tecnologia de reprodução assistida. A investigação está a ser conduzida no laboratório de imunologia Centro Polivalente Cubo na cidade de Florença, em Itália.

Para testar a compatibilidade dos embriões com o útero o mais cedo que for possível, o líquido folicular em torno dos óvulos é analisado numa máquina, a Luminex, capaz de ver a composição deste líquido a partir de uma amostra minúscula.

Dra. Marie-Pierre Piccini, investigadora no laboratório de imunologia Centro Polivalente Cubo:
“Descobrimos que no líquido folicular há uma molécula presente chamada G-CSF. Sabemos que o ovócito deste líquido folicular irá implantar-se. Portanto é um novo bio-marcador, o único que conhecemos até agora, que permite seleccionar o ovócito com o mais alto potencial de implantação”.

Graças a este aparelho de análise, e a este marcador descoberto no líquido que rodeia o óvulo, os cientistas são capazes de determinar a capacidade de um embrião ser implantado com sucesso num útero. Segundo a equipa do EMBIC, este avanço permite calcular a probabilidade de sucesso de uma implantação. Os resultados são muito positivos nas fecundações in vitro: os riscos de gravidez múltipla foram reduzidos e sabe-se à partida a probabilidade que os ovócitos têm de ser implantados com sucesso.

Dra. Nathalie Lédée, ginecologista: “Este teste irá permitir-nos saber que mulheres não necessitam de uma híper estimulação dos ovários e pode dar-nos pistas importantíssimas para as mulheres, porque elas vão saber à partida as reais possibilidades de terem um bebé saudável. Por isso, é muito importante”.

Este teste para determinar a compatibilidade do ovócito com o útero estará pronto dentro de pouco tempo. Desta forma será possível evitar a utilização de embriões não viáveis nas fecundações in vitro. A aplicação desta investigação da EMBIC vai permitir aumentar as taxas de sucesso nos tratamentos de fertilidade e simultaneamente reduzir o número de tratamentos de fecundação, o que naturalmente irá reduzir o desgaste para a mulher normalmente associado à reprodução assistida.»

Fonte:Euronews
Link:http://pt.euronews.net/2009/09/01/teste-nos-ovocitos-melhora-a-reproducao-assistida/

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Gravidez: Vómitos sem tréguas


«Náuseas e vómitos severos perturbam a gravidez das mulheres que sofrem de hiperemese gravídica, uma situação clínica severa que pode ameaçar a saúde da mãe e do bebé. E que é alvo de ideias erradas, estigmatizando a grávida e afectando as suas relações.
Os enjoos matinais são quase inevitáveis nas primeiras semanas de gravidez. Acompanhados ou não de vómitos ocasionais, a maioria das mulheres sente-os e, para muitas, são até o primeiro sinal de que uma nova vida se está a gerar. É, no entanto, um mal-estar passageiro, que se ultrapassa com alguns gestos de conforto e que tende a desaparecer à medida que o primeiro trimestre se aproxima do fim.

Todavia, há mulheres - ainda que uma escassa percentagem - para quem os enjoos e os vómitos são tudo menos um mal-estar ocasional e passageiro: constituem um incómodo persistente que as deixa bastante debilitadas. São mulheres que sofrem de hiperemese gravídica.

Além das náuseas e vómitos severos, esta condição é denunciada por perda de peso, aversão aos alimentos, diminuição da quantidade de urina, dores de cabeça, desidratação, icterícia e confusão.

Em consequência, há um desequilíbrio nos fluidos do organismo e no metabolismo, com deficiências nutricionais prejudiciais tanto para a mulher como para o feto.

É, geralmente, entre a quarta e a sexta semana de gestação que a hiperemese gravídica se declara. Algumas mulheres encontram alívio pela 15ª ou 20ª semana, mas outras sofrem este incómodo durante toda a gravidez.

Os enjoos e os vómitos repetem-se ao longo do dia, sem tréguas, impossibilitando a ingestão de alimentos, sejam eles sólidos ou líquidos. Nenhum permanece o tempo suficiente no sistema digestivo para cumprir a sua função nutricional.

O esforço associado a este mal-estar deixa a grávida prostrada, esgotada, ao ponto de ser incapaz de tomar conta de si própria e de desempenhar as tarefas do quotidiano. Os enjoos e vómitos são tão intensos que interferem nas actividades profissionais, acabando por confiná-la a casa. E mesmo aqui limitam-na, deixando-lhe poucas opções para além do repouso.

Esta é uma situação que facilmente abre caminho a estados depressivos e de ansiedade. Mulheres há que se sentem culpadas, receando pôr em causa a vida do bebé: em consequência, podem forçar-se a comer, mesmo sabendo que vão vomitar de seguida, o que agrava ainda mais o impacto psicológico desta doença.

Aliás, em torno da hiperemese gravídica subsistem algumas ideias erradas, nomeadamente a de que este mal-estar extremo significa que o corpo materno está a tentar expulsar o feto. É o desconhecimento que alimenta estas ideias, mas a verdade é que são suficientemente perturbadoras para a própria mulher e para quem a rodeia, podendo afectar, nomeadamente, as relações conjugais.
Um problema complexo

Este não é um problema psicológico, mas sim fisiológico. Para os médicos esta é uma questão que não suscita dúvidas, embora ainda não estejam identificadas as causas. O que se sabe é que não é possível prevenir.

Mas tratar é e quanto antes melhor. Nos quadros mais ligeiros, repouso e alterações na alimentação podem ser suficientes. Mas quando os vómitos são persistentes e impedem uma nutrição adequada pode ser necessário hospitalizar a grávida para administração de fluidos intravenosos.

Desta forma, restauram-se os níveis de líquidos, vitaminas e minerais. A intervenção médica pode ainda envolver a prescrição de medicamentos, nomeadamente anti-eméticos e anti-refluxo (para controlar os vómitos).

Porém, a administração de fármacos requer uma avaliação prévia da relação risco-benefício, uma vez que alguns não são aconselhados e outros são até interditos durante a gravidez. Por razões de segurança, a grávida não deve, pois, tomar a iniciativa de se medicar.

Tratar a hiperemese gravídica pode ser complexo, mas é fundamental actuar precocemente de modo a evitar complicações. É que náuseas e vómitos extremos resultam, com frequência, em desnutrição e malnutrição, mas também podem potenciar danos no sistema digestivo, nomeadamente no fígado. Existe ainda um risco acrescido de parto prematuro, estando a ser estudadas as eventuais consequências para o bebé decorrentes do estado de desnutrição da mãe.

Certo é que, apesar de pouco frequente e pouco conhecida, esta condição existe e tem um impacto individual, familiar e social. A mulher sofre triplamente, a nível físico, psicológico e relacional. Um sofrimento que não é fácil de prevenir, mas que se pode gerir desde que haja uma intervenção atempada. Para uma gravidez o mais confortável e tranquila possível.

Há mal-estar e há hiperemese...
O mal-estar matinal associado à gravidez e a hiperemese gravídica têm em comum as náuseas e os vómitos. Mas são as únicas semelhanças, porque se trata de condições com uma gravidade bastante diferente:

• As náuseas matinais apenas ocasionalmente são acompanhadas de vómitos, mas as da hiperemese desencadeiam vómitos quase automáticos e severos;

• No mal-estar matinal, as náuseas desaparecem pelo primeiro trimestre, na hipemerese mantêm-se até ao fim;

• Os vómitos da hiperemese causam desidratação, os do mal-estar matinal não;

• Os vómitos do mal-estar matinal não impedem a ingestão de alimentos, mas na hiperemese há o risco de desnutrição por não se conseguir manter a comida no estômago.»

Fonte: Médicos de Portugal
Link:http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/2851/?textpage=2

REINO UNIDO: Registo de nascimento com duas mães é agora possível


«Casais de lésbicas que recorram à procriação medicamente assistida podem a partir de hoje registar o nome de ambas no registo de nascimento em Inglaterra e Gales.

A lei entrou em vigor hoje, mas é aplicável a todos os casais de lésbicas que tenham recorrido à inseminação artificial desde 5 de Abril deste ano.

A medida vai simplificar dramaticamente a vida destes casais que anteriormente teriam de passar por um processo de co-adopção, ao contrário do que acontecia com casais de sexo diferente.

O Ministro dos Assuntos Internos, Lord Brett, referiu-se à alteração como uma "mudança positiva" explicando que "pela primeira vez o casais de mulheres que têm uma criança usando um tratamento de fertilidade têm os mesmos direitos que os casais heterossexuais de serem apresentadas como progenitores no registo de nascimento." Completando que "é vital que possamos ter igualdade sempre que possível na sociedade, especialmente quando as circunstâncias familiares continuam a mudar".

Em declarações à BBC, Ruth Hunt do grupo de defesa dos direitos LGBTTI Stonewall referiu que "os casais de lésbicas no Reino Unido que tomam a decisão consciente de começar uma família vão poder ter finalmente acesso igual a serviços que ajudam a financiar como contribuintes."

Mas nem todos estão felizes com a alteração, a deputada Nadine Dorries, afirmou que a medida vai "minar o modelo familiar tradicional" defendendo que para uma "sociedade estável, uma mãe e um pai e crianças é o modelo que funciona melhor."»

Fonte:PortugalGay
Link:http://portugalgay.pt/news/010909B/REINO_UNIDO:_Registo_de_nascimento_com_duas_m%E3es_%E9_agora_poss%EDvel

sexta-feira, 31 de julho de 2009

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Cuidados redobrados durante a gravidez


«Andreia Pereira

Ao longo dos nove meses de gestação, não raro, as grávidas duplicam os seus cuidados. Até porque os comportamentos adoptados fora do ventre materno repercutem-se no desenvolvimento do seu bebé. Conheça os conselhos que a ajudarão a proteger-se a si e ao pequeno rebento que carrega na sua barriga.

Se está grávida ou pensa engravidar, saiba que a regra de ouro de uma gestação passa por uma boa alimentação. Contrariamente ao que dizeres populares, não se deve comer por dois, sob pena de se engordar mais do que aquilo que é absolutamente necessário para o desenvolvimento do feto. Segundo o Dr. Fernando Cirurgião, director de Serviço de Obstetrícia do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, "deve-se evitar, ao máximo, ceder às ‘tentações' dos doces e dos hidratos de carbono", uma vez que estes alimentos dificultam a digestão e contribuem para um aumento exagerado de peso.

Para este especialista, os bebés espelham o estilo de vida que se adoptou durante a gestação. "A ingestão de açúcar em exagero durante a gravidez pode contribuir para que os bebés nasçam com peso a mais. E, mais tarde, serão crianças tendencialmente obesas, com predisposição para desenvolverem hipertensão ou diabetes."

Embora não haja um peso-padrão para a gravidez, o obstetra indica que, em média, uma gestante deve aumentar cerca de 10 a 11 quilos, porque é este o peso que a mulher perde aquando do parto. De acordo com estes cálculos, "é permitido que uma mulher engorde mais ou menos um quilo por cada mês de gestação". Aceita-se, porém, que nos últimos meses a mulher possa aumentar dois quilos por cada 30 dias.

Se, por um lado, há que dosear as quantidades de alguns alimentos, o obstetra indica que se pode e deve reforçar a ingestão de cálcio durante o período de gestação. "O ideal é beber dois a três copos de leite por dia, dado que se trata de um alimento rico em cálcio." Nas refeições intercalares - a este propósito Fernando Cirurgião lembra que, de duas em duas horas, se devem efectuar pequenos lanches -, os iogurtes são uma alternativa ao consumo de leite. Já o queijo fresco deixa algumas reticências no seu consumo. "O ideal é que este alimento seja pasteurizado", para evitar um eventual risco brucelose.

Toxoplasmose: ameaça oculta

O parasita da toxoplasmose, quando atinge uma mulher em período de gestação, pode provocar algumas sequelas no feto, nomeadamente "a nível cerebral, ocular ou até em outros órgão dos sentidos". Sabe-se que este microrganismo encontra no gato o seu hospedeiro. Este animal, ao expelir as fazes para o solo, inicia um ciclo de contaminação que se estende às plantas e, destas, para os animais. O ser humano, quando consome produtos animais ou vegetais, está, então, a entrar neste circuito.


"As grávidas devem evitar o contacto directo com a terra ou com a carne crua, uma vez que esta poderá ser uma via de contaminação." O especialista sugere, ainda, que se tenha algum cuidado com a confecção de alguns alimentos - concretamente os legumes e a carne crus - cozinhando-os a altas temperaturas, para "anular" o toxoplasma. Para além da preocupação com estes alimentos, as grávidas devem evitar consumir produtos de fumeiro: por não serem cozinhados a altas temperaturas, julga-se que podem ser uma via de contágio.


Para se apurar a existência de uma toxoplasmose no organismo, os clínicos recorrem a "análises de sangue (são efectuadas várias vezes durante a gestação), porque deste modo "consegue-se saber qual o estado imunológico da grávida". Contudo, "idealmente, seria aconselhável realizar este exame antes da concepção, para comparar com os resultados durante a gestação". Esta é uma tentativa de perceber se já houve um contacto com o toxoplasma antes de a mulher engravidar.

"Suspeitando-se de toxoplasmose, a amniocentese [método de diagnóstico pré-natal] ajuda a determinar se houve transmissão materno-fetal. E, em caso positivo, se o feto está ou não infectado, já que o facto de a mãe ser portadora do parasita não significa que o bebé possa ser afectado." O especialista explica que, numa fase embrionária, o risco de infecção "é muito grande", contrariamente ao que se passa no final da gravidez, em que o feto está mais protegido pelo seu sistema imunitário.

Ligações perigosa

São universalmente conhecidos os malefícios do tabaco. Mas uma mulher que pense engravidar deve saber de antemão que o consumo continuado da nicotina pode deixar estragos. "O tabaco interfere com a irrigação das artérias, pelo que, se as artérias que ‘alimentam' o útero já tiverem algum reflexo das alterações provocadas pelo tabaco, provavelmente, o desenvolvimento da placenta não será o adequado."



Devido ao "envelhecimento precoce da placenta", há um risco de se registar um atraso de crescimento in útero e de o bebé nascer com baixo peso à nascença. Paralelamente, sabe-se que há uma "grande hipótese" de prematuridade.

"Quando não é possível suspender o tabagismo, aceita-se um consumo até cinco cigarros por dia. Até este número considera-se que não haverá uma influência directa no desenvolvimento do feto." Em todo o caso, é necessário "incentivar as mulheres a abandonarem ou reduzirem o tabaco", de modo a minorarem alguns efeitos colaterais do cigarro, nomeadamente o desenvolvimento de diabetes gestacional.

Nem sempre a diabetes está relacionada com uma má alimentação ou com determinados estilos de vida. "A história familiar pode contribuir para que a diabetes apareça durante a gravidez." Mas não só: "uma gravidez mais tardia é um factor de risco no desenvolvimento de uma diabetes gestacional", considera Fernando Cirurgião. Com a alteração de "todo o ambiente hormonal" há, ainda, a possibilidade de se propiciar o aparecimento da diabetes, que, após o parto, desaparece espontaneamente.

Actividade física: sim ou não?

Embora as grávidas não possam realizar grandes piruetas, a actividade física não lhes é interdita. "Uma caminhada diária, durante 30 minutos, produz enormes benefícios: tonificação muscular, alívio das dores lombares e prevenção do aumento de peso exagerado", acrescenta Fernando Cirurgião. A natação pode, ainda, ser uma óptima ajuda na "flexibilidade e relaxamento".

Por uma boa higiene oral

Durante a gravidez, "há uma maior fragilidade de todo o suporte dos dentes e as gengivas são mais sensíveis, razão pela qual se justificam as hemorragias com o escovar dos dentes", diz Fernando Cirurgião. Assim, deve-se apostar na utilização de elixires e reforçar o aporte de cálcio. Mas não é por estar grávida que a mulher fica impossibilitada de consultar um dentista ou estomatologista. Bem pelo contrário: "pode e deve, a fim de fazer a revisão ou prevenção de eventuais problemas dentários".»

Fonte:Medicos de Portugal
Link:http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/2768/?textpage=2

quinta-feira, 23 de julho de 2009

À espera da cegonha


«Andreia Pereira

Em 2008, Cláudia Vieira conseguiu concretizar, finalmente, o sonho de ser mãe. E em dose dupla, já que a presidente da APF teve duas meninas gémeas. Mas, até saborear a maternidade, percorreu um caminho de cinco (longos) anos. Ao fim de seis meses, em que estava a tentar engravidar, "como nada acontecia", decidiu procurar a ginecologista e expor a situação.

Cláudia Vieira e o marido foram submetidos a alguns exames e, umas semanas depois, já sabiam os resultados: em ambos existiam problemas que impediam uma gravidez espontânea. A partir desta altura, recorreu a ajuda especializada e inscreveu-se num hospital público. Teve de aguardar quatro meses para a primeira consulta, até que passados 12 meses foi encaminhada para a realização da primeira microinjecção intracitoplasmática (ICSI): uma técnica usada em casos em que existe um factor masculino de infertilidade.

A presidente da APF conta que conseguiu engravidar duas vezes, uma delas ao final da terceira ICSI e uma outra através de uma transferência de embriões cripreservados. Mas ambas as gestações foram frustradas. "Esta foi outra das situações traumáticas associada ao facto de não poder engravidar", conta. Ainda houve uma quarta ICSI no sector público. Mas, entretanto, como os recursos nestas unidades estatais foram "esgotados", teve de recorrer a uma clínica privada.

Ao fim da quinta ICSI, já no sector privado, conseguiu engravidar. "Obter o resultado positivo era apenas uma etapa vencida, mas nem tudo estava ultrapassado", conta. Foi internada com 25 semanas de gravidez e nem assim se conseguiu evitar que as bebés nascessem às 33 semanas, com apenas 1600gr e 1380gr. Uma das gémeas estava em sofrimento e foi necessário fazer uma cesariana de urgência. "Apesar de terem nascido pequeninas, felizmente não tiveram complicações pulmonares ou infecciosas", afirma.

Cláudia Vieira lamenta o facto de ter tido uma gravidez tão conturbada. Hoje, decorridos 10 meses do nascimento das gémeas, só consegue pensar que é "uma mulher realizada" e que tudo o que passou "valeu a pena". Apesar de não ter usufruído de uma gestação em pleno, a responsável da APF sente-se satisfeita por poder "desfrutar integralmente da maternidade".

Infertilidade tende a aumentar

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um casal é considerado infértil quando não alcança a gravidez desejada ao fim de um ano de vida sexual contínua sem métodos contraceptivos. "Esta é a explicação de base, embora, em muitas situações clínicas, não seja necessário aguardar este período, porque o diagnóstico aponta um factor impeditivo de gravidez", explica o Prof. João Silva Carvalho, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR).

As causas que impedem uma gravidez podem radicar em qualquer um dos membros do casal. "Na mulher, as disfunções endócrinas, do sistema hormonal, os problemas nas trompas e no útero e as infecções transmitidas sexualmente estão entre as principais causas de infertilidade", adianta o especialista. E acrescenta que, no homem, "os factores genéticos ou tóxicos" contribuem para a perda de quantidade e qualidade dos espermatozóides.

Por motivos de ordem profissional e económica, muitas mulheres adiam a decisão de ter filhos para mais tarde, normalmente depois dos 30 anos. Com esta situação, diz João Silva Carvalho, as hipóteses de engravidar vão sendo mais escassas à medida que a idade avança. "A menopausa é a barreira absoluta a partir da qual há um declínio da fertilidade feminina, porque os ovários deixam de funcionar, embora, a partir dos 45 anos, já haja mais dificuldades em engravidar". O mesmo não acontece com o homem, porque "o aumento da idade não prejudica a fertilidade masculina".

Acontece que devido ao estilo de vida actual e à degradação das condições ambientais, "a qualidade dos óvulos e espermatozóides tem sofrido um decréscimo progressivo". E tal situação estará na base do aumento de casos de infertilidade nos próximos anos, segundo a perspectiva do presidente da SPMR.

Tratamentos para corrigir a infertilidade

Antes de se avançar para as técnicas de procriação medicamente assistida (PMA), o primeiro recurso, segundo João Silva Carvalho, são os tratamentos farmacológicos. "Há medicamentos que corrigem as disfunções endócrinas as infecções." Estas disfunções, que em muitos casos se relacionam com a actividade ovárica ou da tiróide, "prejudicam a qualidade da ovulação". Mas, tratando-se de um bloqueio nas trompas ou alguma anomalia do útero, pode, ainda, recorrer-se à cirurgia minimamente invasiva.


Quando estes procedimentos não funcionam, o casal pode recorrer aos hospitais públicos ou ao sector privado para iniciarem os tratamentos de PMA. Estão, actualmente, regulamentadas três técnicas de PMA: inseminação intra-uterina, fecundação in vitro e micro-injecção citoplasmática.

A inseminação intra-uterina é um processo que decorrer in vivo, ou seja, dentro do corpo da mulher. Para se obter bons resultados, faz-se a "estimulação ovárica" e, na altura da ovulação, o concentrado de espermatozóides, recolhido previamente, é colocado no útero da mulher. "Com esta técnica o objectivo é aproximar os dois gâmetas (óvulos e espermatozóides), favorecendo a fecundação", explica o especialista.

Quando existe uma obstrução das trompas de Falópio, a fertilização é desenvolvida in vitro. "Estimulamos os ovários da mulher, recolhemos os espermatozóides do marido e, em laboratório, juntamos os gâmetas feminino e masculino. Após a fecundação, é retirado o embrião e transferido para o útero materno."

Perante um factor de infertilidade masculina, em que os espermatozóides não conseguem fecundar o óvulo, a técnica de micro-injecção citoplasmática (ICSI) é, à semelhança da fertilização in vitro, desenvolvida em laboratório. "Com o auxílio de um microscópio, introduz-se o espermatozóide no interior do óvulo para ocorrer a fecundação."

Estado apoia casais inférteis

Foi recentemente anunciado por parte do Ministério da Saúde o aumento da comparticipação de 37 para 69% dos medicamentos para a infertilidade, particularmente aqueles que são usados na PMA. Esta medida, já publicada em Diário da República, entra em vigor a partir do dia 1 de Junho e permitirá aliviar os encargos dos casais que tentam ter um filho.

Até agora, as técnicas de PMA são totalmente gratuitas para os casais, dentro das unidades estatais com Serviço de Medicina da Reprodução. Para acederem aos hospitais públicos, o casal tem de ser encaminhado pelo seu médico de família. Com esta referenciação do médico do centro de saúde, o casal entra numa lista de espera.

Em Portugal Continental, existem nove unidades com Serviço de Medicina da Reprodução: Centro Hospitalar de Gaia, Hospital de S. João, Hospital de Santo António e Maternidade Júlio Dinis, as três a funcionarem no Porto, Hospital Nossa Senhora de Oliveira, em Guimarães, Hospital de S. Teotónio, em Viseu, Hospitais da Universidade de Coimbra, Hospital de Santa Maria e Maternidade Alfredo da Costa, ambos em Lisboa.

A sul de Lisboa e nas Ilhas não existe nenhuma unidade pública com Serviço de Medicina da Reprodução em funcionamento. Mas está previsto que esta situação seja revista e que, em breve, alguns hospitais disponibilizem consultas de diagnóstico para os utentes inférteis.»

Fonte: Medicos de Portugal
Link:http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/2734/?textpage=2

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Londres deixa novos conselhos a grávidas e pais


«O Governo britânico aconselha mulheres grávidas e pais com filhos menores de cinco anos a evitarem multidões e viagens desnecessárias no transporte público para reduzir o risco de contaminação pela Gripe A.

Estas recomendações fazem parte do novo pacote do Ministério da Saúde britânico, avança a imprensa inglesa de hoje.

O Royal College of Midwives (parteiras) e o Royal College of Obstetricians and Gynaecologists também está a recomendar mudanças no estilo de vida, incluindo ficar em casa, por exemplo, os pais deverão limitar os seus movimentos dos seus outros filhos de forma a não trazer o vírus para casa.

A preocupação sobre os efeitos da gripe em grávidas ou mães de recém-nascidos aumentou desde a morte de Ruptara Miah, de 39 anos, no hospital Whipps Cross, em Londres. As informações são de que o seu bebé estará doente, estando a receber tratamento.

Outro bebé de seis meses de idade morreu em Londres vítima do vírus.

Até agora, 29 pessoas morreram por causa da gripe A no Reino Unido e cerca de 650 doentes deram entrada em hospitais, entre eles, encontram-se 200 crianças.


BA controla passageiros

A British Airways está a aconselhar todos os passageiros que apresentem sintomas de gripe A a não embarcarem nos seus aviões.

A direcção da companhia aérea Britânica já confirmou ter dado indicações aos seus funcionários para estarem atentos a quaisquer sintomas.

Caso seja identificado algum passageiro com sinais de ter contraído o H1N1 será de impedido de embarcar e será enviado para o hospital.»

Fonte:Rádio Renascença
Link:http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=93&did=63389

terça-feira, 21 de julho de 2009

Mais de 60 portuguesas tiveram filhos depois dos 50


«Mais de 60 portuguesas tiveram filhos depois dos 50

No ano passado, apenas três portuguesas foram mães com 50 ou mais anos de idade, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). No ano anterior, tinha havido quatro mães pós-50 e, em 2006, seis. Mas o recorde foi batido em 2000, ano em que nasceram 16 bebés de mulheres com meio século ou mais de vida. Tudo somado, Portugal registou, nos últimos oito anos, 63 mulheres que foram mães depois de dobrada a curva dos 50.

Curiosamente - apesar de a esperança média de vida das mulheres já passar dos 81 anos -, uma mulher acima dos 35 anos é considerada idosa para efeitos de gestação. "Chamamos idosas a estas mães, porque, a partir dos 35, a gravidez acarreta mais riscos e requer mais vigilância", precisa a alta-comissária da Saúde, Maria do Céu Machado.

Ao engravidarem mais tarde, as mulheres ficam mais propensas a infecções, diabetes e hipertensão. Não à toa, é a partir dos 35 anos que a amniocentese se torna obrigatória. A infertilidade também é maior nestas idades. E, com o aumento dos tratamentos para a combater, aumentam também os partos gemelares e, consequentemente, o risco de prematuridade. No ano passado, os nascimentos prematuros representaram nove por cento dos partos. Entre 2001 e 2008, os partos protagonizados por mães com 35 e mais anos de idade aumentaram de 14 para 19,3 por cento.

Do total de 104.675 crianças nascidas no ano passado, 3095 foram-no de mães entre os 40 e os 44 anos. Ainda em 2008, nasceram 162 crianças de mães entre os 45 e os 49 anos. Por outro lado, a idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho fixou-se no ano passado nos 28,4 anos - era de 26,5 em 2000.

"A meta de diminuição das mães com mais de 35 anos já não constará no próximo plano nacional de saúde para 2011 e 2016", referiu Maria do Céu Machado, para quem "não é possível travar a tendência que leva a que as mulheres adiem o projecto de ser mães".»

Fonte:Público
Link:http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1392375

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Hiperactividade: Crianças ligadas à corrente


«É como se estivessem ligadas à corrente: as crianças com hiperactividade parecem estar sempre

parecem estar sempre a mexer-se e a mexer em tudo, mostrando uma extrema dificuldade de concentração. O baixo rendimento escolar é uma das consequências.

Imaginemos uma criança que não pára quieta. Que não consegue estar dois minutos seguidos sentada à mesa ou que, quando está, mexe em tudo e abana as pernas sem cessar.

Que liga a televisão mas perde o interesse num ápice, trocando-a pela consola e logo depois por outro qualquer jogo, sem se empenhar em qualquer uma das actividades. Que corre pela casa, dá pulos no sofá e na cama, sem parecer cansar-se. E que na escola é incapaz de se concentrar cinco minutos que seja, deixa as tarefas a meio, interrompe os outros a todo o instante, é constantemente repreendida pelo professor e alvo da troça dos colegas.

Esta é, provavelmente, uma criança hiperactiva, que sofre de Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção. Um comportamento que afecta sobretudo os rapazes - três vezes mais do que as raparigas.

E em Portugal estima-se que abranja três a sete por cento das crianças em idade escolar. São crianças para quem todos os estímulos são percebidos e seguidos de acção. Mas para que o diagnóstico seja de hiperactividade não bastam algumas semanas de uma agitação excessiva. Apesar de invulgar, esse comportamento pode ser meramente circunstancial e dever-se, por exemplo, a uma mudança de casa ou ao nascimento de um irmão.

A situação só é preocupante quando as perturbações comportamentais se prolongam para além de seis meses e se manifestam antes dos sete anos: a diferença mede-se pela cronicidade e intensidade da falta de atenção, da impulsividade e da agitação.

Não está bem identificada a causa desta perturbação. Os investigadores dividem-se: uns apontam para origens biológicas, outros encontram explicações em factores familiares e sociais. Não está provada nenhuma das teses, embora seja aceite um meio-termo - estas crianças terão uma vulnerabilidade genética a que podem juntar-se circunstâncias psicossociais desfavoráveis, como condições de vida difíceis ou acontecimentos desestabilizadores.

Rendimento escolar ameaçado

Depois de feito o diagnóstico, é necessário intervir. A maioria destas crianças é medicada, à base de um psicoestimulante que lhes confere maiores períodos de atenção. Não conduz, porém, à cura, com os terapeutas a considerarem que esse caminho - traçado por um especialista do comportamento - deve ser trilhado em conjunto por pais e educadores.

Estas crianças enfrentam, com frequência, grandes dificuldades escolares e relacionais. São criticadas e rejeitadas pela família e pela escola - aqui têm poucos colegas, porque não conseguem integrar-se, ao mesmo tempo que angariam constantes comentários negativos dos professores devido ao défice de aprendizagem e atenção.

À hiperactividade juntam-se, muitas vezes, perturbações da linguagem e da leitura, o que dificulta a sua integração na aula. E à medida que se sentem rejeitadas, estas crianças tendem a desenvolver uma timidez excessiva e a temer o fracasso, o que as leva a fecharem-se sobre si próprias, podendo abrir as portas a um estado depressivo.

Perante este quadro é necessário intervir. Na escola e em casa. Porque os medicamentos apenas oferecem transitoriamente a possibilidade de se comportarem de forma diferente, interrompendo o processo de rejeição, mas não resolvem a perturbação. Daí que os medicamentos sejam, em regra, associados às chamadas terapias comportamentais e cognitivas, destinadas tanto às crianças como aos pais.

Ajudam os hiperactivos a reflectir antes de agir e dão aos pais as ferramentas que lhes permitirão incentivar os filhos nesta nova atitude. A missão do terapeuta é mostrar que é possível planificar e organizar a vida quotidiana, em vez de fazer tudo e nada ao mesmo tempo.

Regras simples mas eficazes

É preciso motivar as crianças hiperactivas. O que se consegue estabelecendo regras, algumas muito simples: só começar uma tarefa depois de concluída a anterior, arrumar os brinquedos após cada utilização, permanecer à mesa até ao prato principal (para evitar que se levante de cinco em cinco minutos), fazer os trabalhos de casa num ambiente sem distracções (afastando objectos que possam suscitar distracção).

O importante é que a criança hiperactiva reflicta sobre o seu comportamento e perceba que existem alternativas. E com esse objectivo cabe aos pais e professores agir, em vez de reagir. Para estas crianças, a qualidade do ensino passa por uma estratégia que lhes aumente a concentração.

Sentarem-se na primeira fila ajuda: ficam mais próximas do docente e do quadro, têm menos oportunidades de se distraírem com os colegas (e de os distraírem); por outro lado, esta proximidade permite ao professor enfatizar a importância do que está a dizer ou escrever, chamando à atenção, verificando se estes alunos compreenderam o que foi transmitido. Perante crianças hiperactivas, que não param quietas, há que deixar-lhes alguma margem de manobra e permitir, por exemplo, que se levantem uma vez ou outra.

Tanto na escola como em casa há que saber recompensar os avanços - os esforços, como os sucessos.

Mas também há que saber punir sempre que não completa uma determinada tarefa. Com equilíbrio e justiça, naturalmente. Para que recompensas e punições tenham o devido efeito na construção da autoestima da criança.

A ajuda dos pais

A hiperactividade afecta tanto as crianças como os pais, que se esgotam em múltiplas tentativas para lidar com esta situação difícil. De tudo experimentam e muitas vezes sentem faltar-lhes a coragem. Mas podem, de facto, ajudar os filhos a concentrar-se e a protagonizar comportamentos mais tranquilos e estáveis. Aqui ficam algumas sugestões:

• Criar regras simples e explicar à criança o que pode acontecer se transgredir, sendo que os castigos devem ser rápidos e consistentes, além de justos naturalmente;

• Estabelecer horários e prazos, uma forma de ajudar estas crianças que estão em constante actividade, se distraem e esquecem facilmente das suas tarefas;

• Acompanhar a criança no desempenho das suas tarefas, de modo a combater as dificuldades de concentração;

• Recompensar os esforços, não apenas os bons resultados.

A ajuda dos professores

A escola é, com a casa, um eixo fundamental no tratamento das crianças hiperactivas, cujos resultados escolares são, regra geral, pouco famosos. Aos professores compete captá-las para a aprendizagem. São crianças que requerem uma atenção especial.

Assim:

• A criança hiperactiva deve sentar-se na primeira fila;

• O professor deve verificar se o aluno compreendeu bem as tarefas que lhe foram destinadas;

• A criança deve ser autorizada a levantar-se de vez em quando;

• A s tarefas devem ser divididas por forma a que a criança faça uma parte primeiro e possa terminá-las mais tarde;

• O professor deve estabelecer um equilíbrio entre as recompensas e as penalizações.»

Fonte:Médicos de Portugal
Link:http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/action/2/cnt_id/2821/?textpage=1

Filhos herdam obesidade dos pais, diz estudo


«Mães obesas têm 10 vezes mais probabilidade de ter filhas com o mesmo problema. Entre pais e filhos homens, as chances são 6 vezes maiores. As conclusões são de estudo da Peninsula Medical School, na Inglaterra. Segundo os pesquisadores, a explicação é comportamental, e não genética. Os médicos acreditam as filhas tendem a copiar o estilo de vida da mãe e os filhos, dos pais.

O vínculo, porém, não existiria entre filhas e pais ou filhos e mães. A equipe coordenada pelo médico Terry Wilkinde mediu o peso e a altura de 226 famílias durante três anos.

Os pesquisadores concluíram que 41% das meninas de oito anos de idade filhas de mães obesas também eram obesas. O índice caiu para 4% quando foram analisadas as filhas de mães magras. No caso dos meninos, a proporção de obesos não foi influenciada pela obesidade da mãe.

Entre eles, no entanto, 18% dos que tinham pais obesos também eram obesos. Na comparação com filhos de pais magros, o índice caiu para 3%. A proporção de meninas obesas não foi afetada pela obesidade do pai. Na Inglaterra, médicos britânicos monitoram crianças obesas sob a crença de que elas vão carregar o problema na vida adulta.

Mas os pesquisadores ingleses argumentam que a prática ignora que oito em dez adultos obesos não sofriam o problema na infância.

O coordenador da pesquisa defende mudanças no monitoramento do problema. "As atenções devem estar concentradas nos pais", disse Wilkin.

No Brasil, 13% dos adultos são obesos, sendo o índice maior entre as mulheres (13,6%) do que entre os homens (12,4%), de acordo com o Ministério da Saúde. Sobrepeso e obesidade são fatores de risco para distúrbios respiratórios, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.»

Fonte:Terra.com.br
Link:http://saude.terra.com.br/interna/0,,OI3880164-EI1497,00-Filhos+herdam+obesidade+dos+pais+diz+estudo.html

terça-feira, 14 de julho de 2009

Gripe A - Médicos não aconselham vacina no início da gravidez


«Os médicos aconselham que as grávidas não sejam vacinadas nos primeiros meses devido aos riscos para o feto. E ainda é preciso analisar a segurança da nova vacina - testes só começam em Agosto. Por isso, as autoridades ainda não decidiram as orientações a dar relativamente à vacinação. Ontem, registou-se a primeira infecção numa grávida em Portugal.

Os médicos não aconselham que as grávidas até aos três meses sejam vacinadas contra a gripe A. Isto porque a vacina pode afectar o desenvolvimento do feto. No entanto, os especialistas dizem que este pode ser um caso em que vale a pena pesar os riscos e as vantagens e, em certos casos, vacinar. A dificuldade em conseguir respostas sobre a segurança da nova vacina é a razão pela qual ainda não foi decidida a orientação quanto à imunização das grávidas.

Aliás, também o tratamento com antivirais precisa de ser ponderado. A primeira grávida infectada com o vírus H1N1 em Portugal está a reagir bem ao tratamento com Tamiflu, mas "a decisão só foi tomada depois de se reunir a equipa de obstetrícia e serem pesados os prós e contras", explica Laurindo Frias, director clínico do Hospital de Ponta Delgada. A mulher de 33 anos, grávida de três meses, é um dos dez novos casos de gripe A registados ontem no País, num total de 71 desde o início da pandemia.

Desde a morte de uma rapariga de 20 anos, grávida, em Espanha, que a Organização Mundial de Saúde recomenda que se preste atenção redobradas às grávidas. E ontem morreu mais uma mulher à espera de bebé devido à gripe, desta vez em Los Angeles. "Parece existir um risco acrescido para grávidas, sobretudo perto do fim da gestação", explica Graça Freitas, da Direcção-Geral de Saúde. "Mas ainda estamos à espera de testes para saber se é eficaz e segura", revela a perita,

Quanto à recomendação dos médicos para não dar a vacina até aos três meses de gestação, Graças Freitas admite "que por regra as grávidas não são vacinadas nos primeiros meses", mas refere que é "preciso analisar as vantagens".

Mas mesmo que seja segura, "qualquer vacina é contra-indicada nos primeiros três meses de gestação porque há o perigo de interferir com o normal desenvolvimento do feto", alerta Daniel Pereira da Silva, director do serviço de Ginecologia do Instituto Português de Oncologia de Coimbra. "Mesmo com um vírus morto, até que haja ensaios específicos para grávidas é desaconselhado. É uma regra geral", explica.

Também o infecciologista Fernando Maltez considera que "é aconselhável evitar vacinas nos primeiros três meses da gravidez". No entanto, "se for preciso, dá-se na mesma", ressalva. Ou seja, se se concluir que o perigo potencial para a grávida e para o feto de apanhar gripe é maior do que os riscos da vacina, então esta é recomendada. Se a grávida for asmática, por exemplo. O mesmo se aplica aos medicamentos, acrescenta.

Ontem, a própria ministra Ana Jorge anunciou que quando se definiu o número de vacinas a pedir (30% da população) incluíram-se os grupos de risco já definidos e deixou-se "margem para outros grupos de risco que sejam mais tarde definidos em função da evolução e do conhecimento científico". Um desses casos são as grávidas. E segundo a ministra, em breve será decidido se todas as grávidas e todas as crianças fazem parte (ver caixa) dos grupos prioritários para a vacina. Se os testes, planeados para o Verão, provarem que a vacina é segura, as grávidas perto do fim da gestação serão de certo uma prioridade. »

Fonte:DN
Link:http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1304217

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Laptops no colo podem prejudicar a fertilidade masculina


«Patrícia Zwipp
Getty Images

Usar o computador no colo pode causar problemas de infertilidade nos homensEnquete
Você costuma usar o laptop no colo?

A tecnologia está mais do que presente na vida das pessoas. O laptop, por exemplo, tem conquistado espaço e já se tornou, para alguns, item praticamente indispensável. No entanto, o uso excessivo do aparelho pode causar impacto na fertilidade dos homens, de acordo com Suzanne Kavic, especialista em reprodução da Loyola University Health System, em Chicago, Estados Unidos.

O problema está em utilizá-lo sobre o colo. "Laptops estão se tornando cada vez mais comum entre os homens jovens. No entanto, o calor gerado por eles pode ter um impacto na produção e desenvolvimento do esperma", garantiu ao site Science Daily.

Mas, calma. Não precisa abandonar a praticidade do notebook por conta do sonho de ser pai. A dica de Suzanne para prevenir danos é colocá-lo sempre em cima de uma mesa.

Outros hábitos que devem ser riscados da lista para proteger a fertilidade dos homens são banhos de banheira com água quente, ejaculação frequente, perda ou ganho excessivo de peso, exercícios que possam causar calor ou trauma na região genital, fumar, usar drogas e consumir bebidas alcoólicas em excesso.

Aposte em exercícios moderados (uma hora por dia, de três a cinco vezes durante a semana); alimente-se bem; durma oito horas diariamente; limite a cafeína a, no máximo, duas xícaras por dia; e procure atividades que diminuam o estresse.

Entre os problemas que levam à infertilidade masculina estão infecções sexualmente transmissíveis, alguns remédios para depressão ou doenças cardíacas, lesões genitais, distúrbios hormonais e disfunção erétil. "Um exame físico anual combinado com um estilo de vida saudável pode deixar mais fácil se tornar um pai quando for a hora certa", finaliza.
Especial para Terra»

Fonte:Terra.com
Link:http://beleza.terra.com.br/homem/interna/0,,OI3851334-EI7591,00-Laptops+no+colo+podem+prejudicar+a+fertilidade+masculina.html