quarta-feira, 30 de abril de 2008

Cancro da mama aumenta 20% em dez anos


«Os estilos de vida, em que se enquadram o consumo de tabaco ou o sedentarismo, a toma da pílula e o aumento da esperança de vida são algumas razões que estão a justificar o aumento da incidência do cancro da mama entre as portuguesas. Um aumento que os especialistas em oncologia afirmam rondar os 20% nos últimos dez anos (mais 600 casos por cada ano).

O diagnóstico é aterrador e tem atingido mulheres famosas como Simone de Oliveira ou Fernanda Serrano, que segunda-feira assumiu publicamente sofrer de cancro da mama. Este cancro é o mais fatal entre as mulheres , apesar de ser um dos que tem maior taxa de sobrevivência, "acima de 70%, 80%", diz Jorge Espírito Santo, presidente do colégio de oncologia da Ordem dos Médicos. "Conseguimos detectar o cancro mais cedo e tratá-lo melhor. Apesar de ainda não termos rastreios organizados, as mulheres estão cada vez mais informadas."

Segundo o relatório Global Cancer Facts & Figures, foram diagnosticados 1,3 milhões de novos casos da doença em 2007. O cancro acabou por ser fatal para 464 854 mulheres. Em Portugal, não há dados consistentes, mas Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, calcula que haja "4000 novos casos por ano e 1700 mortes anuais.

Jorge Espírito Santo refere que a doença afecta cada vez mais portuguesas, tendo "aumentado cerca de 20% em apenas dez anos", uma percentagem que Vítor Veloso corrobora. "Há muitas razões para isso, como o envelhecimento, a entrada em menopausa, o consumo de tabaco e até os elevados níveis de estrogénios relacionados com a toma da pílula. Hoje, sabe-se que 30% a 40% das mulheres a tomam", sublinha Jorge Espírito Santo.

A alimentação, sedentarismo, consumo de álcool ou o excesso de peso são outros factores de risco. E são estes, os que se enquadram nos estilos de vida, que Vítor Veloso considera responsáveis por "70% dos cancros da mama. O papel da história familiar ou da hereditariedade é muito reduzido", assegura. "As mulheres têm uma responsabilidade muito grande devido aos seus hábitos", frisa. Estes factores estão também na origem do aparecimento da doença em mulheres cada vez mais jovens. No entanto, a detecção precoce dos carcinomas também justifica o facto, diz Jorge Espírito Santo, acrescentando que o diagnóstico é mais comum entre os 40 e os 60.

Factores característicos da modernidade, como a pílula, a gravidez tardia ou a terapêutica hormonal de substituição (na menopausa) parecem ter um elevado peso na determinação da doença. A amamentação, pelo contrário, é um factor de protecção.

Rastreio nacional em dois anos

Se é verdade que uma em cada 12 mulheres irá desenvolver um cancro da mama, é preciso lembrar que a sobrevivência é cada vez maior e que são cada vez mais os casos em que o diagnóstico é feito precocemente: "Detectamos cada vez mais casos em estádios iniciais - cerca de 50% do total - o que é promissor. Quando houver um rastreio populacional bem implantado, poderemos reduzir a mortalidade em 30%, diz Vítor Veloso. Os benefícios dos rastreios não serão totalmente visíveis antes de um prazo de dez anos. Agora, apenas a região Centro tem um programa enraizado. Vítor Veloso, espera que, "em dois anos, o programa esteja implementado a Norte e Sul. "A Liga ficará responsável pelo programa a Norte."»

Fonte:DN
Link:http://dn.sapo.pt/2008/04/30/sociedade/cancro_mama_aumenta_20_dez_anos.html

Sexualidade na gestação e puerpério


«Há ouitras maneiras de se chegar ao orgasmo
Redação Bem Paraná

A sexualidade ativa não precisaria ser interrompida em nenhum momento da gravidez e do puerpério, visto que não é apenas com a penetração que se atinge o orgasmo. Há várias maneiras de se obter prazer e cada parceiro pode usar de criatividade e jogos de sedução para que se mantenha viva esta chama tão importante na vida conjugal e tão benéfica nesta fase.

Por conter aspectos inconscientes, a alteração do desejo sexual de um parceiro nem sempre é compreendida pelo outro e, muitas vezes, é captada como uma dificuldade de ordem pessoal, tornando a relação mais vulnerável e o vínculo conjugal ameaçado. Outras disfunções sexuais poderão vir à tona neste período. Poderíamos destacar: a dificuldade em atingir o orgasmo por parte da mulher, alterações no tempo da ejaculação e na qualidade da ereção para o homem.

Assim, o significado de tais alterações é percebido pelo homem e pela mulher de maneiras diferentes.

Para o homem, pode ser a confirmação de sua exclusão na relação mãe-bebê e pode causar-lhe profunda mágoa e grande irritação.
Consequentemente, isso provocará um maior afastamento de sua parceira, num momento em que ela está mais necessitada de sua presença física e emocional.

Para a mulher, pode ser a confirmação de que não é mais atraente, fazendo-a sentir-se menos sedutora, muitas vezes reclamando que o parceiro está desinteressado pela gravidez e pelo bebê.

É, portanto, de suma importância, o diálogo entre os dois, sem mágoas e ressentimentos, assim que as dificuldades conjugais comecem a surgir, para que não se acentuem.

Mais uma vez há de se falar da importância do acompanhamento de um profissional especializado, no sentido de ajudar a tornar conscientes os aspectos dos sentimentos mais íntimos do casal. Restabelecendo a segurança e fortalecendo o vínculo do relacionamento amoroso, para que possam acolher o bebê em um ambiente de harmonia.»

Fonte:Bemparana
Link:http://www.bemparana.com.br/index.php?n=65802&t=sexualidade-na-gestacao-e-puerperio

terça-feira, 29 de abril de 2008

Saúde: Hormona pode determinar o relógio biológico da mulher


«Lisboa, 29 Abr (Lusa) - Uma equipa de médicos holandeses descobriu uma relação entre os níveis da hormona anti mülleriana (HMA) e o sangue, durante a menopausa, o que vai permitir conhecer com exactidão o relógio biológico da mulher.

Esta é a conclusão de um estudo realizado por investigadores do Centro Médico da Universidade de Utrecht, na Holanda, que vai ser publicado, em Junho, no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.

Embora os dados do estudo ainda devam ser confirmados, esta descoberta vai permitir às mulheres conhecer a sua idade reprodutiva e planear as suas gravidezes, afirmou Jeroen van Disseldorp, co-autor do estudo realizado, realizado em parceria com Frank Broekmans.

"Acreditamos que agora será possível prever a idade reprodutiva da mulher a nível mundial", declarou Van Disseldorp, adiantando que a margem de erro é de cerca de seis meses, sendo o teste uma simples análise ao sangue.

Actualmente, a idade cronológica é a base para a determinação da idade fértil da mulher, estimando-se que a menopausa possa ocorrer entra os 40 e os 60 anos.

Segundo o estudo, os níveis de HMA no sangue reflectem o número de pequenos folículos nos ovários, que permitem a reprodução mediante a ovulação mensal. O esgotamento desses folículos desencadeia a menopausa.

"Os casais atrasam frequentemente a gravidez até depois dos 30 anos, mesmo quando a variação da idade da menopausa e a correspondente variação na fertilidade natural signifique que algumas mulheres possam ser estéreis aos 30 anos, adiantaram Van Disseldorp e Broekmans.

Os investigadores mediram os níveis de HMA em 144 mulheres saudáveis em idade fértil e utilizaram os dados para calcular a média dessa hormona em função da idade.

Esta descoberta foi utilizada para estimar a distribuição da idade da menopausa numa amostra de 3.384 mulheres, entre os 50 e os 70 anos, o que permitiu aos investigadores desenvolver um modelo baseado nos níveis de HMA e na idade para prever o momento da menopausa em cada mulher.

Van Disseldorp afirmou que os resultados deste estudo devem ser confirmados por investigações posteriores, embora reconheça que a única maneira de determinar a sua exactidão seja analisar hoje os níveis de HMA em mulheres entre os 25 e os 35 anos e esperar que entrem na menopausa para confirmar o estudo agora realizado.

MAC

Lusa/Fim.»

Fonte:Rtp 1
Link:http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=342693&visual=26

Chocolate faz bem às grávidas


«WASHINGTON (AFP) — Comer chocolate amargo diariamente é saudável para a gravidez e protege de possíveis complicações ligadas à hipertensão, destaca um estudo americano.

Ao consumir um chocolate de boa qualidade, a grávida corre 69% menos risco de desenvolver uma pré-eclampsia, uma complicação associada à hipertensão arterial que afeta cerca de 8% das mulheres durante a gravidez, revela a doutora Elizabeth Triche, da Universidade de Yale.

O estudo, que envolveu 2.291 mulheres entre 1996 e 2000, será publicado na revista Epidemiologia de maio.

Os pesquisadores concluíram que a theobromina, uma substância particularmente presente no chocolate amargo, tem ação diurética, vasodilatadora e é benéfica para o coração. O chocolate tem ainda magnésio, bom contra a hipertensão, e flavonóides, que são um potente antioxidante.

"Avaliar a quantidade de chocolate que uma paciente afirma consumir é muito difícil, já que a presença do cacao varia muito em razão dos diferentes tipos, mas o chocolate amargo é o melhor", diz a doutora Triche, destacando que quanto mais açúcar e gordura o produto apresentar, "menos theobromina" terá.

A presença da theobromina no chocolate pode variar de 0,15% a 0,46%.

Segundo a doutora Triche, uma boa "barra de chocolate por dia" é eficiente na redução do risco da pré-eclampsia".»

Fonte:AFP
Link:http://afp.google.com/article/ALeqM5jtkQgpbi99FOEqPgzxqcsI9gkCzA

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Penafiel já é a terceira maternidade


«ROBERTO BESSA MOREIRA, Paredes
Encerramento de maternidades explica aumento
A Maternidade do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) transformou-se na maior da região Norte e numa das maiores do país. Em Penafiel, nascem, em média 284 bebés por mês, mais de nove por dia. Feitas as contas, em 2007, no Vale do Sousa e Baixo Tâmega nasceram 3197 crianças, mais 524 do que no ano anterior. Para fazer face a este aumento, a administração do hospital está a promover uma colaboração mais estreita com os centros de saúde locais e com os pais, no sentido de preparar, cada vez mais cedo.

O fecho da Maternidade do Hospital S. Gonçalo de Amarante, e a consequente transferência das parturientes deste concelho e dos limítrofes para Penafiel, motivou um aumento do nascimento de bebés no CHTS. No entanto, este não foi o único factor a contribuir para que em 2007 nascessem mais 524 crianças do que em 2006. O reforço da capacidade técnica fez com que menos grávidas de risco fossem transferidas para outras unidades de saúde, nomeadamente para o S. João.

Tendo em conta os dados dos últimos três meses do ano passado, na Maternidade do CHTS nascem, em média, 284 bebés por mês, o que faz com haja mais de nove partos por dia. Estes números colocam o CHTS à frente da Maternidade Júlio Dinis, do Hospital S. João, ambos do Porto, do Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia ou do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos. Com esta média de nascimentos, a Maternidade de Penafiel é mesmo uma das maiores do país, ultrapassada apenas pelas grandes unidades nacionais Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, e o Hospital Garcia da Horta, em Almada.

Com sete salas de parto, quatro salas de expectantes, uma sala de urgência para cesariana e uma outra para cesarianas normais, o CHTS tem 17 médicos adstritos à Maternidade, apoiados por mais três clínicos contratados somente para o serviço de Urgência. "Daqui a algum tempo vamos ter de fazer uma adaptação de recursos humanos", antevê José Cabral, director do serviço.

Susana Ferreira, natural de Paredes e a preparar-se para dar à luz o seu segundo filho, confirma que as condições são hoje melhores. Há dez anos, quando teve o primeiro filho, "estava numa sala do antigo Hospital de Paredes com mais quatro mães e agora tenho muito mais privacidade", destaca. Susana Ferreira foi uma das grávidas que beneficiou das visitas organizadas à Maternidade que o CHTS, em colaboração com os centros de saúde locais, tem fomentado às segundas e quartas-feiras de cada semana.

Nestes encontros, futuras mães e pais, assim como familiares mais próximos, ficam a conhecer a sala do parto e são informadas de todo o processo que culminará com o nascimento da criança. "Temos um vídeo que mostra como é o parto e que ajuda de alguma maneira a que a mãe e o pai saibam o que vão encontrar", afirma a enfermeira-chefe Luísa Cardeal. Este esforço parece dar frutos: "Vou para o parto com mais calma e mais preparada do que na primeira vez", sublinha Susana Ferreira.

A cooperação entre a Maternidade de Penafiel e os centros de saúde não se fica pelas visitas organizadas, estendendo-se a reuniões semanais em que são programadas consultas de pré-parto e preparados os partos da semana seguinte. Mas o objectivo é ir ainda mais longe. Desde Abril, os centros de saúde podem entrar no sistema informático e marcar exames de imagiologia para as suas utentes. O centro de saúde das Termas de S. Vicente é o primeiro a beneficiar deste serviço.»

Fonte:Diário de Noticias
Link:http://dn.sapo.pt/2008/04/28/sociedade/penafiel_e_a_terceira_maternidade.html

Dieta influencia sexo do recém-nascido


«Ian Sample
Mais calorias: tendência é ter menino

As mulheres têm mais probabilidade de gerar meninos se mantiverem uma dieta rica em calorias antes da concepção, concluiu uma equipe de cientistas. É a primeira evidência clara de que os hábitos alimentares da mãe antes de engravidar podem influir no sexo do filho.

A descoberta aponta para uma maneira natural de as mulheres aumentarem, mesmo que ligeiramente, suas chances de ter um menino ou uma menina, regulando o consumo de alimentos como bananas e cereais.

Cientistas das universidades de Exeter e Oxford, na Inglaterra, interrogaram 740 mulheres que engravidaram pela primeira vez sobre seus hábitos alimentares um ano antes da concepção. Foram, depois, divididas em grupos, de baixa, média e alta caloria. Os pesquisadores concluíram que 56% das mulheres do grupo habituado a consumir muita caloria deram à luz meninos, em comparação com 45% das mulheres do grupo de baixa caloria.

'Verificamos pela primeira vez que existe uma nítida associação entre a dieta da mãe e o sexo do seu filho', disse Fiona Mathews, bióloga da Universidade de Exeter, que conduziu a pesquisa. 'Parece que a mãe é capaz de influenciar na sobrevivência seja do esperma, seja do óvulo fertilizado, provavelmente antes mesmo de terem se implantado no útero.'

Quando os pesquisadores estudaram mais a fundo as dietas das mulheres, descobriram que alguns nutrientes eram chave para tal efeito. 'Conseguimos confirmar a velha história de que comer bananas, ingerindo assim uma alta dose de potássio, estava associada ao nascimento de um menino, o mesmo valendo para a ingestão de altas doses de sódio. Mas aquela velha história de beber muito leite para dar à luz uma menina parece não proceder. Na verdade, a probabilidade maior é de nascer um menino.'

O estudo, publicado esta semana na principal revista de pesquisa biológica da Royal Society, a Proceedings of the Royal Society, mostra que 59% das mulheres que costumam se alimentar de cereais diariamente, no café da manhã, podem dar à luz meninos, em comparação com 43% das mulheres que raramente, ou nunca, comem cereais.»

Fonte:O estado de S. Paulo
Link:http://txt.estado.com.br/editorias/2008/04/24/ger-1.93.7.20080424.13.1.xml

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Bebês saudáveis e mamães em forma


«Redação O Estado do Paraná [23/04/2008]

Recentes pesquisas já comprovaram que o excesso de peso durante a gravidez aumenta a probabilidade de as mulheres se tornarem obesas no futuro, caso não consigam emagrecer logo após o parto. Para as jovens mães, que se preocupam com a boa forma - sem deixar de lado a qualidade de vida do bebê - o Vigilantes do Peso elaborou o programa “Amamentando”, que promove o emagrecimento saudável, com perda de peso gradual.

Sem prejudicar a produção de leite nem comprometer a saúde da mãe e o bem-estar do seu filho, o programa ajuda a aumentar a ingestão de alimentos que auxiliam na produção do leite, na hidratação de todo o organismo e no processo de emagrecimento. Para seguir as orientações, as mulheres devem passar por uma avaliação com o próprio médico.

É necessário que as mamães tenham uma alimentação diária equilibrada. Fibras, proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis, na quantidade ideal para nutrir-se e emagrecer, devem estar presente nas refeições. Confira algumas regras que vão ajudar as jovens mães a assegurar a saúde e o bem-estar do bebês, além de eliminar os quilos conquistados durante a gravidez.

> Escolher sempre os alimentos mais nutritivos como os integrais e as carnes magras para assegurar a contribuição de carboidratos e proteínas de boa qualidade;

> Tomar três copos de leite por dia para obter a proteína e o cálcio necessários;

> Consumir no mínimo oito porções de legumes e frutas por dia para obter as vitaminas e os minerais importantes;

> Consumir de duas a três porções de óleo saudável por dia para obter a vitamina E necessária;

> Beber no mínimo seis copos de água por dia para manter a pele hidratada, além de auxiliar na produção de leite;

> Evitar o consumo de alimentos gordurosos, picantes e salgados.»

Fonte:Paraná-Online
Link:http://www.parana-online.com.br/noticias/index.php?op=ver&id=343117&caderno=23

"Educar é dar bons exemplos” diz o psicólogo Eduardo de Sá


«O auditório da Universidade Católica recebeu no dia 4 de Abril o psicólogo e escritor Eduardo Sá para uma conversa sobre educação e psico-pedagogia, promovido pelo Gabinae e inserido no seu novo projecto “Escola de pais e avós”.

Numa sala com mais de 200 pessoas, o orador defendeu que o mais importante na forma como se educa é dar bons exemplos. Para este psicólogo, “os pais e professores educam com bons exemplos e não com bons conselhos”.

A tarefa de educar, que “não é difícil”, obedece a três regras: dar colo o mais possível, o que pode implicar ter de o pedir, definir um q.b. de autoridade e dar autonomia aos filhos, já que não se deve fazer por eles aquilo que são capazes de fazer sozinhos.

A autoridade é fulcral para o desenvolvimento das crianças, embora muitos pais tenham receio de dizer “não” com medo de as traumatizar. Eduardo Sá assegura que a ausência desta palavra “é derrapante, uma vez que as crianças começam por se sentir príncipes e rapidamente se tornam em tiranos”. Segundo este psicólogo, o receio dos pais em contrariar os filhos tem que ver com a forma autoritária como foram educados. No entanto, dizer que “não” tem de fazer parte da educação e fazê-lo não implica ter de explicar a negação até à exaustão “porque isso transparece para as crianças a sensação de dúvida e os miúdos sabem sempre o porquê de não poderem fazer algo, desde que tenham bons exemplos”.

No papel de educar uma criança os avós são fundamentais porque são eles que muitas vezes ficam com os pequenos enquanto os pais vão trabalhar. Apesar de se acreditar que “os avós estragam os netos”, Eduardo Sá não concorda com esta teoria, já que entre estas gerações estabelece-se uma organização que apenas parece inexistente quando os pais estão presentes, porque os filhos portam-se mal, para testarem a sua autoridade.

Eduardo Sá assegurou, inclusive, que “as birras são saudáveis”. O que o preocupa “são as crianças que tratam os pais com delicadeza porque isso significa que os temem”.

O psicólogo disse ainda que “devia ser proibido entrar nas universidades a quem nunca tirou uma negativa num teste pois todas as crianças precisam de ser confrontadas com problemas e ter decepções porque isso faz parte da vida”.

Numa conversa descontraída, o psicólogo criticou as regras de incentivo à natalidade quando as condições de vida não são iguais para todos e obrigam a que os bebés sejam colocados muito cedo em berçários. “Só aos três ou quatro anos, é que as crianças deviam ir para as creches pois até essa altura deveriam poder usufruir do espaço da família”, defendeu.


“As aulas de 90 minutos são um erro”

Na escola, as aulas de 90 minutos e as actividades de enriquecimento curricular vieram aumentar o tempo que os alunos passam fechados nos estabelecimentos escolares sem poderem brincar. Eduardo Sá lembrou o quanto esta realidade é prejudicial, já que “mais escola não significa melhor escola”, dando como exemplo alguns países onde as aulas começam de manhã e terminam à hora de almoço e os alunos têm melhores resultados.

“As aulas de 90 minutos são um erro, ninguém se consegue manter concentrado durante tanto tempo, muito menos uma criança”, referiu, criticando a hora tardia a que a os mais novos chegam a casa e ainda com trabalhos para fazer.

A política do Ministério da Educação leva na maioria das vezes a resultados escolares negativos, com consequências irreparáveis na vida das crianças. Perante esta situação, os pais devem incentivar os filhos, em vez de os castigarem, já que “as crianças são as primeiras a quererem ter boas notas. Se os vamos castigar só vamos conseguir que se assustem e que já vão para os testes com medo”, disse Eduardo Sá.

Também presente nesta sessão, o vereador da educação, Tinta Ferreira, criticou o governo por querer criar uma escola a tempo inteiro sem auxiliares de educação educativa, que são colocados pelo Ministério da Educação, e que obrigam as crianças a terem um tempo para brincar reduzido, já que não há vigilância nos recreios.

A terminar a sua intervenção Eduardo Sá lembrou as recentes declarações do Procurador Geral da República que admitia que havia crianças que iam com armas para as escolas criticando o facto deste não ter dito o que tencionava fazer quanto a esta situação. “O que está em causa são os pais. Estas crianças devem ser protegidas das suas famílias e não das escolas. Quando um pai dá uma arma a um filho deve ser inibido de estar com ele”, defendeu.

Reportando-se ao caso “Carolina Michaelis”, Eduardo Sá admitiu que os alunos possam ser insolentes com os professores, como forma de testar a sua autoridade e avaliar se são justos. No entanto, realçou que nunca a insolência deve ser confundida com falta de educação, uma vez que “um professor é um bem de primeira necessidade e deve ser tratado com respeito desde que se dê ao respeito”, disse, lembrando que se assim não for estamos a falar de jovens delinquentes que atentam contra o direito à educação dos outros.

Antes do debate final, em que o público pôde questionar Eduardo Sá sobre algumas problemáticas relacionadas com as crianças, o psicólogo lembrou que errar na educação de um filho faz parte e que “só as pessoas que erram podem aprender pois a sabedoria resulta da experiência da vida”.

A iniciativa terminou com uma sessão de autógrafos, em que a plateia pôde comprar e autografar alguns dos livros publicados pelo convidado da sessão, como “Más maneiras de sermos bons pais”, “A Vida não se aprende nos livros”, ou Tudo o que o Amor não é”.

Ana Elisa Sousa»

Fonte:Gazeta das Caldas
Link:http://www.gazetacaldas.com/Desenvol.asp?NID=21496

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Proposta de revisão do Código do Trabalho



Fonte Imagem: SIC

«(...)
Nova licença de parentalidade

O Governo apresentou também aos parceiros sociais uma proposta de alargamento das licenças parentais com o objectivo de promover a conciliação da vida familiar com o trabalho.

Esta proposta foi apresentada na concertação social, juntamente com a proposta de revisão do Código do Trabalho, e vai substituir a licença de maternidade, paternidade e adopção.

Denominada de «licença de parentalidade inicial», esta nova modalidade prevê que o pai e a mãe possam dividir cinco meses de licença pagos a 100 por cento.

Esta licença partilhada pode ir até aos 6 meses e, neste caso, os progenitores recebem 83 por cento do seu vencimento.

Os pais podem ainda partilhar mais seis meses de licença durante a qual receberão 25 por cento do vencimento bruto.

Se esta nova licença alargada for requerida apenas por um progenitor só poderá durar 3 meses.

A proposta do Governo prevê ainda o aumento de 5 para 10 dias úteis de licença a gozar obrigatoriamente pelo pai na altura do nascimento do filho.

Foi ainda proposto que o trabalho a tempo parcial para acompanhamento de filhos menores seja registado como trabalho a tempo completo, para efeitos de prestações da segurança social.

Esta proposta, é segundo o ministro do Trabalho, «o último passo» no âmbito das políticas de incentivo a natalidade.

Segundo Vieira da Silva, que falou aos jornalistas numa sessão de esclarecimento informal sobre a revisão do Código de Trabalho, o alargamento da licença de parentalidade insere-se num objectivo de reforço da conciliação da vida familiar com o trabalho. (...)»

Fonte:Visão
Link:http://aeiou.visao.pt/Actualidade/Economia/Pages/ovegrnopropoerevisaodocodigodotrabalho.aspx

Cuidando dos seus olhos - Sob a Perspectiva Infantil


«Sob a Perspectiva Infantil

Bebês enxergam a mãe logo que nascem? Quanto mede o olho de um recém-nascido? Veja a resposta para essas e outras perguntas e entenda como se desenvolve a visão nas crianças

Se fosse possível saber de um recém nascido qual a primeira impressão que ele teve da mãe quando chegou ao mundo, certamente não seriam os olhos azuis ou os cabelos negros da progenitora. Poderia, sim, ser seu cheiro ou sua voz, mas nunca algo que se refira à visão. A razão é simples: o recém-nascido não enxerga com nitidez e não tem percepção das cores.

A visão é um dos sentidos mais importantes no crescimento físico e cognitivo da criança. O desenvolvimento motor e a capacidade de comunicação são prejudicados em crianças com deficiência visual porque os gestos e condutas sociais são aprendidos pelo feedback. Por causa disso, quanto antes forem detectadas condições oculares, melhores as chances de um tratamento bem-sucedido.

Uma das medidas adotadas em São Paulo e no Rio de Janeiro para auxiliar nesse sentido é o teste do reflexo vermelho, também conhecido como teste do olhinho, feito ainda na maternidade. Com o auxilio de um oftalmoscópio, o médico checa a possibilidade de doenças oculares, pela ausência ou assimetria do reflexo vermelho nos dois olhos.

Confira a seguir algumas informações que ajudam a entender o desenvolvimento ocular infantil e a tomar as medidas necessárias para manter a visão das crianças sempre em dia.

Quando começam os cuidados com a visão do bebê?
Desde a gravidez o acompanhamento pré-natal é imprescindível, principalmente mulheres que tiveram toxoplasmose ou rubéola durante a gravidez.

A questão genética também deve ser levada em conta, pois mães com idade avançada tem mais risco de ter filhos com problemas genéticos e, consequentemente, problemas oculares.

Como se desenvolve a visão das crianças?
O desenvolvimento da visão ocorre de forma acelerada logo nos primeiros seis meses de vida e avançam progressivamente ate a criança completar quatro anos. Entretanto, como a velocidade de crescimento varia, há crianças que conseguem enxergar o que um adulto enxerga muito antes dos quatro anos. Para comparação, vale mencionar que a visão de um adulto normal é de 20/20 (1.0), enquanto a de recém-nascido varia de 20/400 (0.05) a 20/600 (0.03).

E a questão das cores?
Quanto à visão de cores, ainda existe imaturidade cortical - o que significa que o córtex, área responsável pela visão, ainda não está completamente formado – e falta das células receptoras chamadas cones, responsáveis pela absorção das cores. No início, bebes enxergam apenas contrates de cor. Com o maior desenvolvimento dessas células, a criança já consegue distinguir cores. Aos quatro meses, já tem a visão de cores de um adulto.

Quais as doenças oculares mais comuns em crianças?
Condições como catarata, estrabismo, ambliopia, oclusões palpebrais e retinopatia podem surgir na infância. O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso no tratamento e pode evitar transtornos visuais, inclusive cegueira. Os primeiros seis meses de vida são fundamentais para o desenvolvimento visual. Bebês prematuros devem receber atenção especial. A retinopatia da prematuridade ocorre nos primeiros dois meses de vida. Se não tratada de maneira rápida e eficaz, pode ocorrer um comprometimento visual da origem central.

Quanto mede um olho de um recém-nascido?
Aproximadamente 16mm de diâmetro. Na idade adulta, essa medida chega a 24 mm. Esse aumento é acompanhado pelo crescimento da córnea, que se torna plana e menor convergente. Nos primeiros 18 meses o olho chega a atingir de 18mm à 20mm. Para efeitos de comparação, o aumento de 1mm melhora em 3 graus a correção de valor óptico.

Nos primeiros dias de vida, os bebes ainda não possuem os olhos alinhados, o que leva muitos pais a suspeitar de estrabismo.

Bebes enxergam com nitidez?
De início, eles vêem objetos que se encontram a uma pequena distancia, mas sem nitidez total.Isso acontece porque as estruturas cerebrais e retinianas relacionadas à visão e à movimentação dos olhos ainda não estão totalmente maduras. A nitidez melhora a partir de seis meses.

A visão dos pequenos
Recém-nascido: enxerga sem nitidez, apenas contrastes de cor.
Quatro meses: adquire visão de profundidade, o que permite que a criança pegue objetos próximos.
Sete meses: desenvolve maior sensibilidade ao contraste.
Três anos: já possui um sistema visual totalmente desenvolvido, mas que poderá ser moldado até os 8 ou 10 anos.»

Fonte:ITU
Link:http://www.itu.com.br/colunistas/artigo.asp?cod_conteudo=12150

terça-feira, 22 de abril de 2008

Fumar antes da gravidez pode prejudicar o coração do bebê


«Mulheres que fumam no mês anterior a engravidar ou durante o primeiro trimestre da gravidez podem ser mais susceptíveis a ter bebês com doenças cardíacas (cardiopatias) congênitas.

As cardiopatias congênitas são o tipo mais comum de defeitos estruturais ao nascimento, que afetam de oito a 10 de cada 1.000 bebês recém-nascidos nos Estados Unidos. Investigadores da Universidade do Arkansas realizaram entrevistas com 7.000 mulheres que tiveram bebês entre 1997 e 2002. O grupo incluiu cerca de 3.100 mães de recém-nascidos com cardiopatias congênitas. As outras mães tiveram bebês sem defeitos ou outras malformações congênitas.

As mulheres foram questionadas sobre seus hábitos fumar durante um período de quatro meses, a partir do mês antes da gravidez e que terminou após os três primeiros meses da gestação. 19% delas relataram fumar durante esse período.

Comparadas com mães de bebês saudáveis, as mães de bebês com defeitos do septo interatrial (uma comunicação anormal entre as câmaras direita e esquerda do coração), foram 44% mais propensas a informar um tabagismo de até 14 cigarros por dia; tinham 50% mais probabilidade serem tabagistas moderadas (15-24 cigarros por dia); e eram duas vezes mais prováveis de relatar tabagismo intenso (pelo menos 25 cigarros por dia).

Segundo os autores, é inegável que as mulheres que fumam durante a gravidez põem a si e aos seus bebês recém-nascidos sob risco de ter outros problemas de saúde.

Fonte: Pediatrics.»

Fonte:Imirante
Link:http://imirante.globo.com/plantaoi/plantaoi.asp?codigo1=161452

Cinta com bluetooth vai detectar movimentos do feto


«Investigadores da Universidade da Beira Interior estão a desenvolver o protótipo de uma cinta para grávidas que regista os movimentos do feto, disse esta quinta-feira à Agência Lusa, Sérgio Lebres, um dos docentes envolvidos no projecto.

O projecto está a ser desenvolvido em conjunto com o serviço de obstetrícia do Hospital da Covilhã e empresas de electrónica de aplicação específica instaladas no Taguspark, em Oeiras.

«O tecido da cinta vai integrar circuitos electrónicos que registam diversos dados, como as movimentações do feto, batimentos cardíacos e que pode ligar um alarme se houver algo errado», explicou Sérgio Lebres.

Os dados serão gravados num cartão de memória e poderão ser descarregados e enviados por correio electrónico para um médico. Poderão também ser acedidos remotamente, uma vez que a cinta vai dispor de conectividade Bluetooth para integração em redes.

«O produto poderá ser especialmente útil no final da gravidez, em que é obrigatória a realização de exames semanais, embora se saiba que isso nem sempre acontece, especialmente nas zonas do interior do país», adiantou o docente.

A cinta surge como uma solução de telemedicina para rastreio pré-natal, «que permite ao mesmo tempo que a mãe faça as actividades normais do dia-a-dia».

A cinta para grávidas é o projecto mais emblemático entre o vestuário inteligente desenvolvido por quatro investigadores de diferentes áreas e departamentos da Universidade da Beira Interior.»

Fonte:Diário IOL
Link:http://diario.iol.pt/tecnologia/gravida-gravidez-cinta-universidade-da-beira-interior-vestuario-inteligente-feto/941546-4069.html

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Fertilidade: especialista esclarece dúvidas sobre as dificuldades para ter filhos


«A área da reprodução humana oferece diversas opções para o tratamento de casais que encontram dificuldades para gerar seu bebê. Mesmo com as novas possibilidades que surgem diariamente, ainda existem muitas dúvidas e crendices sobre o tema fertilidade. Essas incertezas impedem muitos casais de realizarem o sonho terem um filho. O ginecologista e diretor do Centro de Reprodução Humana Curitiba, Dr. Ricardo Beck, esclarece alguns mitos sobre o assunto.


Um casal sadio tem 100% de chance de engravidar em um mês?

Mito. A chance de um casal “engravidar”, sem uso de método anticoncepcional e mantendo relações freqüentes é de 20 a 25% por ciclo, ou seja, de quatro casais, apenas um obtém gestação.


A culpa da infertilidade dos casais é das mulheres?

Mito. A dificuldade de engravidar pode ser tanto no homem quanto na mulher, com 50% de probabilidade de problemas para cada um. Vale ressaltar que um diagnóstico negativo não significa a impossibilidade de se ter filho, mas a necessidade de buscar ajuda especializada.


A capacidade reprodutiva diminui com o passar do tempo?

Verdade. A partir dos 30 anos a capacidade reprodutiva das mulheres começa a diminuir. As estatísticas são: até 35 anos reduz de 15 a 20%; entre 35 e 39 anos a redução é de 25 a 50% e de 40 a 45 anos, a capacidade reprodutiva cai de 50 a 95%. Os homens também apresentam uma redução natural pelo envelhecimento, principalmente a partir dos 40 anos.


A alimentação interfere na capacidade reprodutiva?

Mito. Apesar de vários estudos serem desenvolvidos nessa área, nenhum chegou a confirmar a relação entre alimentação e a fertilidade.


Homens que passam muito tempo sentados, como taxistas e caminhoneiros, têm maiores possibilidades de ter problemas de fertilidade?

Verdade. A bolsa escrotal deve ter uma temperatura menor que a do corpo (varia de 36,5 a 37 graus), pois os testículos funcionam melhor em torno de 36 graus. O indivíduo que fica a maior parte do tempo sentado eleva a temperatura dos testículos, comprometendo, portanto, a produção de esperma. O mesmo acontece com os homens que praticam sauna com freqüência, banhos de imersão e que utilizam roupas íntimas muito apertadas. Os homens obesos também podem ter problemas de fertilidade: apresentam uma temperatura testicular maior, pois diminui a ventilação nessa região.


Todas as pessoas que se submetem à quimioterapia ficam estéreis?

Mito. Depende da intensidade do tratamento. Entretanto, antes de fazer a quimioterapia, é indicado que o paciente, que deseja ter filhos futuramente, recorra às técnicas de congelamento de espermatozóides, óvulos ou embriões.


Mulheres que usaram anticoncepcionais durante longos períodos acabam tendo problemas para engravidar?

Mito. O tempo de utilização de anticoncepcionais hormonais orais não deve ser fator de influência severa, eles funcionam como protetores de doenças, até mesmo alguns tipos de câncer. O que pode ocorrer é uma demora maior do retorno da fertilidade que depende da dosagem hormonal do medicamento.


A obesidade interfere na fertilidade?

Verdade. Além de ser um fator de risco para diversos males, como doenças do coração, dores e outros problemas, a obesidade interfere também na fertilidade. As mulheres obesas estão mais suscetíveis a não ovular por alterações hormonais.


Todas as mulheres que fazem tratamento para engravidar acabam tendo gêmeos?

Mito. Apesar de conhecermos histórias de mulheres que tiveram dois, três ou mais bebês quando recorreram a técnicas como fertilização in-vitro, a realidade é que nem sempre elas geram mais de uma criança. Na fertilização in-vitro são injetados mais embriões e, por isso, pode ocorrer casos de gêmeos ou mais. Todo esse procedimento é explicado aos pais.


A mulher só fica grávida quando mantém relações durante o período fértil. No restante do mês, não há possibilidade?

Verdade. A questão é saber quando é o período fértil, pois é variável, principalmente nas mulheres que apresentam ciclos irregulares. Para ter certeza sobre o período fértil, mesmo quando o ciclo é irregular, é necessário buscar orientação do médico.


O uso contínuo de drogas causa infertilidade?

Verdade. Toda droga, mesmo as mais difundidas, como cafeína e nicotina, tem efeito nocivo para a fertilidade, tanto para o homem quanto para a mulher. É importante lembrar também que esse uso é muito nocivo para o feto se utilizado pela gestante.

expressathais@terra.com.br»

Fonte:Paranashop
Link:http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_notas.php?id=19354

O que fazer com a obesidade infantil?



«Os alimentos saudáveis e as brincadeiras ao ar livre foram deixados de lado e as crianças agora preferem o computador, o vídeo game e o fast-food. Essas mudanças de hábitos colaboram para a obesidade infantil. Segundo os dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no Brasil, cerca de 15% das crianças são obesas. “Os pais devem estar mais atentos ao ganho excessivo de peso dos filhos na infância. É nessa fase que ocorre o aumento do número de células de gordura, que dirá como será o indivíduo na vida adulta”, orienta a médica nutróloga, Beatriz Manzochi, que trata a obesidade infantil.

A especialista, que também é coordenadora técnica do Baby SIN – Sistema Inteligente de Nutrição para bebês e crianças até 4 anos, explica que os períodos críticos para o surgimento da obesidade progressiva são os 12 primeiros meses de vida, a fase pré-escolar e a puberdade. “A obesidade progressiva está associada à hiperplasia das células de gordura (aumento do número dessas células) nessas fases. Na idade adulta, a obesidade ocorre pelo aumento do tamanho das células de gordura”, esclarece a nutróloga.

Os cuidados para evitar que uma criança fique obesa começam cedo, no início da amamentação. “O aleitamento materno tem papel fundamental para evitar a obesidade na criança e pode ser substituído por fórmulas lácteas adequadas para a idade quando houver necessidade”, afirma a Dra. Beatriz. No primeiro ano de vida são indicados alimentos complementares (são incluídos na alimentação do bebê logo após o período exclusivo do leite materno, como frutas e legumes, seguidos de caldos de carne e frango). “Os pais devem escolher corretamente os alimentos e evitar a utilização de mingaus e farinhas no primeiro ano de vida do bebê e sempre que a criança estiver acima do seu peso ideal”, detalha a médica.

Uma rotina alimentar saudável da família, limitando fast-foods, lanches e guloseimas também ajudam a evitar a obesidade. “Os pais não devem usar a comida como recompensa, prêmio ou barganha e devem promover atividades para impedir o sedentarismo das crianças”, salienta Dra. Beatriz.

Na escola

É importante a participação da escola no processo de educação nutricional e também observar o que as crianças levam para o lanche. “Alimentos mais ‘fáceis’ como salgadinhos, refrigerantes ou doces não são uma boa opção”, observa a nutróloga.

Estar acima do peso pode também criar conflitos indesejáveis na escola. “As crianças gordinhas geralmente são vítimas de apelidos maldosos ou discriminatórios especialmente pelos colegas na escola. Essas crianças têm dificuldades em algumas brincadeiras e acabam sendo deixados de lado pelos amigos. Isso a torna retraída ou tenta chamar a atenção e acaba sendo ‘o gordinho legal’”, lamenta a nutróloga.

A família tem papel fundamental para perceber se a criança está ganhando peso e se tornando obesa. “O primeiro sinal é a perda muito rápida das roupas e também um interesse incomum por comer”, alerta a médica.

O tratamento da obesidade infantil é indicado para crianças até 12 anos. “É essencial o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar e que a criança passe por uma reeducação e não uma dieta com restrições alimentares rigorosas, pois é ineficiente. A reeducação alimentar familiar é o que traz resultados efetivos na regularização do peso da criança”, ensina.

Para saber se a criança está com sobrepeso, a especialista recomenda que os pais procurem o pediatra em um primeiro momento. Em seguida, o endocrinologista pode fazer uma avaliação e verificar se há algum problema glandular. Descartada essa suspeita, o tratamento segue para profissionais da área de nutrição, médico nutrólogo e nutricionista, que serão responsáveis por elaborar uma correta rotina alimentar e mudanças necessárias para a perda de peso. “A criança continuará crescendo e novos hábitos serão importantes para que ela receba os nutrientes essenciais para um crescimento saudável”, salienta. Ela complementa que pode ser necessário o acompanhamento de um psicólogo especialista em crianças para identificar se há alguma causa emocional que está levando essa criança a comer errado.

O papel dos pais

Os pais podem ajudar no tratamento tendo atitudes positivas. “Ao invés de dizer: ‘não coma isto’, eles devem dizer: ‘vamos comer uma salada de frutas’. Os pais não devem afirmar que o filho está gordo e sim incentivá-lo a cuidar do seu corpo para ter saúde”, explica.

A conscientização dos pais é fundamental. Segundo a médica, quanto mais tarde o início de tratamento, maiores as chances de a criança ser obesa na vida adulta. Isso poderá significar problemas de hipertensão, colesterol alto, diabetes não insulino-dependente (antes exclusiva de adultos), doenças osteoarticulares por sobrecarga em articulações em desenvolvimento, doenças de pele e respiratórias. “O principal objetivo do tratamento é aprender a comer hoje para poder comer adequadamente na vida adulta e ter uma boa saúde”, ressalta.

expressathais@terra.com.br»

Fonte:Paranashop
Link:http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_notas.php?id=19343

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Clima influencia na gravidez


«Para quem está querendo engravidar, é bom saber que temperaturas muito altas ou muito baixas, diminuem as chances de engravidar...

A temperatura ambiental tem sido apontada como um dos fatores que influenciam a reprodução humana. Isso é o que mostra um estudo da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos. Ou seja, se as temperaturas são muito altas ou muito baixas, menores são as chances de engravidar.

A produção adequada dos gametas depende da integridade dos testículos e dos ovários, que são inibidos ou estimulados por hormônios e outras substâncias, que atingem esses órgãos pela corrente sanguínea. A temperatura ideal do corpo para a produção de óvulos gira em torno dos 36 graus. Já os espermatozóides necessitam de temperaturas dentre 33 e 34 graus. Se há variações, pode haver alteração no fluxo de substâncias para ovários e testículos.

As frentes frias, no entanto, não são motivos de preocupação. Por exemplo, quem passa férias em locais com temperaturas menores do que cinco graus ou maior do que 35 graus não precisa se preocupar. Especialistas, no entanto, devem ser contatados em casos de dificuldades para engravidar em pessoas que moram em lugares cujas temperaturas são altas ou baixas o ano inteiro.

Equipe Bem Star»

Fonte:Bem Star
Link:http://bemstar.globo.com/index.php?modulo=corpoevida_mat&type=5&url_id=3029

Sete clínicos por equipa para 6 mil partos


«RODRIGO CABRITA-ARQUIVO DN

"Temos sete médicos por equipa de urgência para fazer seis mil partos por ano", avançou ao DN Jorge Branco, presidente do Conselho de Administração da Maternidade Alfredo da Costa (MAC). O cenário traçado pelo médico é de grande preocupação e não afecta apenas a maior maternidade do País. A falta de elementos para formar equipas de urgência é "comum às maternidades em Lisboa", assegura.

Jorge Branco reconhece o aumento da carência de médicos para as urgências, numa maternidade "que faz praticamente cem consultas por dia". A difícil gestão das equipas ainda "não teve repercussão até agora no desenvolvimento do trabalho, porque os médicos têm aceitado fazer horas extraordinárias", reconhece.

A grande preocupação está a aproximar-se com a chegada da época de férias, período em que as equipas de sete elementos irão sofrer um corte. "O pior é que as esquipas já estão cansadas porque têm de-senvolvido um esforço muito grande. Há- -de chegar uma altura em que passam a não aguentar", presume.

Uma das consequências para os médicos da MAC é semelhante à traçada por outros hospitais citados no texto em cima. Os turnos avolumam-se e o tempo de trabalho vai expandindo. A dimensão dos turnos? "São de 24 horas. Não temos pessoas suficientes para fazer turnos de doze como antes. Isso seria a situação desejável, mas não é possível", lamenta Jorge Branco.

Muitos médicos atingiram a idade de aposentação ou deixam de fazer urgências. Aos 50 anos, um médico pode deixar de fazer urgência nocturna e, aos 55, fica oficialmente dispensado de fazer urgência. "Muitos dos nossos médicos atingiram a idade de aposentação. Este ano já perdemos um chefe de equipa e calculo que vão sair mais quatro pessoas. E é preciso lembrar que todos estes médicos levam consigo uma grande experiência", acrescenta.

A saída para os privados, já muito referida, também levou alguns profissionais da maternidade lisboeta. "Os internos recém--formados e que acabaram há um mês, eram quatro: dois saíram e dois apenas ficaram a tempo parcial." Estes médicos optaram por trabalhar no sector privado, tal como outros médicos desta instituição.

Solução encontrada até às férias

Para o administrador da unidade, esta "sangria" merece toda a atenção "ou vai haver problemas mais graves. Não sei como o podemos fazer, mas temos de encontrar uma fórmula para criar estabilidade. Isso terá de ser feito num curto espaço de tempo, até à época de férias", conclui.|- D.M.»

Fonte:Diário de Notícias
Link:http://dn.sapo.pt/2008/04/17/centrais/sete_clinicos_equipa_para_6_partos.html

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Perigo químico no plástico de garrafas e biberões


«O bisfenol A (BPA) pode provocar problemas hormonais e ser perigoso para a saúde, mesmo perante uma exposição baixa, conclui um estudo do programa nacional de toxicologia dos Estados Unidos, divulgado esta semana. Trata-se de um produto químico utilizado no fabrico de garrafas, biberões e CD que tem provocado controvérsia entre os que defendem a sua proibição e os que minimizam os seus efeitos.

O relatório preliminar do National Toxicology Program (NTP) tem por base uma experiência com 500 ratos que foram alimentados ou injectados com doses baixas de bisfenol A. O químico provocou alterações de comportamento, puberdade precoce, problemas no aparelho urinário e tumores (cancro da próstata e da mama). Os ambientalistas saudaram estes resultados por confirmarem as suas preocupações e pedem para o BPA ser considerado um produto tóxico, enquanto os industriais do sector salientam que estas não são as conclusões definitivas.

A equipa que está a desenvolver o estudo salienta que, embora ainda não sejam definitivos, "os dados não podem ser ignorados" e exige a continuidade do trabalho nesta área.

"O que fizemos foi alertar para os problemas que detectámos. Não podemos garantir que não ocorra com os seres humanos", disse ao The Washington Post Mike Shelby, do National Institute of Environmental Health Sciences, que supervisiona a investigação. O bisfenol é um composto tão comum que foi detectado na urina de 93% da população com mais de seis anos dos EUA. "Está em toda a parte", disse Shelby, salientando que "os possíveis riscos para a saúde podem vir do contacto com a comida ou a bebida, já que está presente em garrafas e embalagens de plástico". Acrescentou que, em princípio, a sua utilização em aparelhos como iPods não será perigosa.

(...)
Um dos estudos recentes baseou--se na recolha de amostras de biberões e chegou a conclusões idênticas às do NTP. O trabalho "Biberões Tóxicos", publicado em 2007 pelo Environment California Research and Policy Center, revelou que mesmo em pequenas quantidades, o bisfenol A pode provocar doenças como o cancro da mama, a obesidade, o aumento da próstata, os diabetes, a hiperactividade, as alterações do sistema imunitário, a infertilidade e a puberdade precoce.

(...)»

Fonte:Diário de Noticias
Link:http://dn.sapo.pt/2008/04/17/sociedade/perigo_quimico_plastico_garrafas_e_b.html

Nacer Cidadão (FAQ)/Lista de Unidades de Saúde aderentes


PS: Não sei se já existem novos hopitais (além destes), mas pelo menos dá para saber os que aderiram ao projecto e perceber a mecânica do sistema.

O que é o Nascer Cidadão?

o Nascer Cidadão tem três objectivos:
a) Permitir que o registo de nascimento das crianças se realize em unidades de saúde (hospitais e maternidades) logo após o seu nascimento e sem necessidade de deslocações às conservatórias;
b) Permitir que a inscrição das crianças na Segurança Social e no Serviço Nacional de Saúde se efectue logo após o seu nascimento;
c) Identificar situações de risco para as crianças.


Unidades de Saúde que têm:

- Maternidade de Júlio Diniz, no Porto;
- Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra;
- Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa;
- Hospital Garcia de Orta, em Almada; e
- Hospital Distrital de Faro.
- Hospital de São Marcos, em Braga;
- Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães;
- Hospitais Universitários de Coimbra;
- Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (Hospital São Francisco Xavier);
- Hospital de Santa Maria, em Lisboa;
- Hospital de são João no Porto;
- Hospital Padre Américo, em Penafiel.

Na 3.ª fase, que se iniciou em Setembro de 2007, através do Nascer Cidadão a criança passará a estar automaticamente inscrita na Segurança Social e no Serviço Nacional de Saúde. Neste período, e partir de 15/10/2007, outros hospitais e centros clínicos prestam já este serviço:
- Hospital Sousa Martins na Guarda;
- Hospital D. Estefânia em Lisboa;
- Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia;
- Unidade Local de Saúde de Matosinhos;
- Centro Hospitalar Alto Minho em Viana do Castelo;
- Hospital de Santo André em Leiria;
-Hospital de S. Sebastião Vila da Feira;
- Hospital Fernando da Fonseca em Amadora - Sintra.
De forma progressiva, o Nascer Cidadão será alargado aos restantes distritos do País e Regiões Autónomas.

Como é que o registo de nascimento de uma criança é efectuado nas unidades de saúde?
Com o Nascer Cidadão , passa a ser possível registar as crianças na unidade de saúde, logo após o seu nascimento, sem necessidade de deslocações às conservatórias.
Nas unidades de saúde estará um funcionário do registo civil com acesso directo à aplicação informática do registo civil que lavra imediatamente o registo de nascimento.
O registo civil do nascimento da criança é efectuado na unidade de saúde, imediatamente após a apresentação do pedido pelos pais.


O Nascer Cidadão significa que não tenho mais de ir à conservatória?


Se optar pelo registo da criança na unidade de saúde utilizando o Nascer Cidadão , não é necessária qualquer deslocação.

Que documentos são necessários para registar uma criança nas unidades de saúde?
Para registar a criança basta:
Escolher o nome da criança (no máximo dois nomes próprios e quatro apelidos, com excepção de estrangeiros que podem não estar sujeitos a esta limitação);
Escolher a naturalidade da criança. Tanto pode ser a freguesia do concelho da unidade de saúde (maternidade/hospital) como a freguesia do concelho da residência habitual da mãe.
Sempre que possível, devem ser apresentados os documentos de identificação dos pais.

E se a criança for estrangeira?

Se a criança for estrangeira, o seu nome será composto de acordo com a lei da sua nacionalidade. Os pais devem apresentar um documento emitido pela respectiva embaixada/consulado autorizando o nome.
Se um dos pais tiver nascido e residir em Portugal, a criança pode adquirir automaticamente a nacionalidade portuguesa. Basta apresentar documento comprovativo da residência e certidão de nascimento ou indicação da conservatória e ano do registo.

O registo da criança é imediato?

O registo da criança é realizado logo após o seu nascimento, através da utilização da aplicação informática do registo civil, que estará disponível nas unidades de saúde.
É imediatamente entregue aos pais um documento comprovativo da realização do registo de nascimento.

Horário:

Os funcionários dos serviços de registo estarão em permanência nas unidades de saúde, das 14 horas ás 20 horas, inclusive ao sábado.

Passa a ser obrigatório registar as crianças na maternidade ou no hospital?

Por enquanto, não é obrigatório registar as crianças nas maternidades ou nos hospitais, mas os pais são aconselhados a fazê-lo.
O registo civil de nascimento de crianças em território português é obrigatório e deve ser realizado nos 20 dias seguintes ao nascimento.
Se os pais das crianças não quiserem utilizar o Nascer Cidadão , devem deslocar-se à conservatória dentro dos 20 dias seguintes ao nascimento.
A grande vantagem do Nascer Cidadão é que permite evitar a deslocação à conservatória e oferecer um serviço mais rápido, mais cómodo e mais eficiente.

Custo do registo da criança no âmbito do projecto Nascer Cidadão?

O registo de nascimento é gratuito, não havendo lugar ao pagamento de qualquer montante.

Fonte:Portal da Justiça

quarta-feira, 16 de abril de 2008

50.000 Visitas


Gostaria de deixar uma palavra de agradecimento a todos os que diariamente nos visitam, e fizeram deste espaço um cantinho de informação e de (re)conforto.

Eu e a minha mulher tentamos que este espaço, além da consumação de um projecto pessoal (a gravidez) tivesse uma vertente didáctica e informativa.

Vimos no blog uma forma de nos manter actualizados e informados. E achamos por bem compartilhar esta informação com pessoas que tivessem interesse na temática da gravidez.

Criamos o "Directório da gravidez", porque se achou que seria útil conseguir unir num só local vários links portugueses sobre esta temática. Tornando mais acessível a informação. Criamos os "Eventos" para reunir eventos dentro da mesma temática.

Este é um espaço que não considero nosso mas de todos os que nos acompanham... assim sendo, parabéns a todos por esta marca, este sinal de que este blog, apesar das dificuldades faz a diferença para muita gente.

Diabetes e infertilidade


«Quando não tratado, o diabetes desregula o controle hormonal da reprodução masculina e afeta o sistema nervoso autônomo, podendo levar a uma disfunção sexual e, conseqüentemente, à infertilidade. Estas constatações foram feitas pelo biólogo Davi Abeid Pontes em sua dissertação de mestrado apresentada no Instituto de Biologia (IB). A pesquisa, feita em ratos machos, descreve os mecanismos de ação que levam à associação da infertilidade com o quadro diabético. “Minha motivação para o estudo foi o alto índice de brasileiros com diabetes que não sabem que estão com a doença. Por isso, resolvi estudar as relações entre as patologias”, explica o biólogo, que foi orientado pela professora Wilma De Grava Kempinas.

Pontes destaca que os estudos sobre a relação entre o diabetes e a infertilidade não relacionavam os fatores hormonais, de ejaculação e problemas nos testículos e outros órgãos reprodutores, interligados entre si. Enquanto alguns estudos experimentais apontavam para um determinado fator, outros privilegiavam os distúrbios hormonais.

Neste sentido, a pesquisa abre pistas para várias investigações futuras das ligações entre os mecanismos. Essas pistas poderiam gerar, inclusive, propostas de terapêuticas para infertilidade oriunda de doenças como o diabetes e também àquelas relacionadas a distúrbios metabólicos.

O principal achado da pesquisa financiada pela Fapesp será publicado em revista científica e refere-se ao sintoma da degeneração gradual do sistema nervoso autônomo que ocorre com a insuficiência da insulina. Segundo Davi Pontes, este processo estaria ligado diretamente ao controle da ejaculação. Os testes feitos em dois grupos de animais, um considerado como controle e outro, contaminado com a doença, demonstraram a dificuldade dos ratos doentes na ejaculação. “Quando cruzamos os machos e fêmeas, fizemos as contagens de espermatozóides. No grupo controle, o volume estava normal, enquanto que nas fêmeas que cruzaram com os ratos diabéticos não constatamos nenhum espermatozóide. Isto significa que os machos não conseguiram ejacular”, argumenta.

Pela pesquisa, realizada na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Botucatu, o biólogo observou ainda que a reposição de testosterona – tratamento indicado em outros casos de infertilidade – não modificou o quadro de desregulação do sistema hormonal que controla a reprodução. Como o diabetes promove a diminuição da produção de testosterona, a idéia era que, ao proceder a reposição, haveria uma recuperação deste quadro hormonal, o que não ocorreu. Pelo contrário, em alguns casos, até piorou a condição do animal. Por outro lado, Pontes observou que a reposição exógena de hormônio melhorou o peso da próstata e da vesícula seminal, órgãos do sistema genitor masculino também degenerados no desenvolvimento do diabetes.

As técnicas utilizadas para os testes foram contagens de espermatozóides, dosagens hormonais, análises histológicas, análise do comportamento sexual e ensaios in vitro para avaliar o quanto o ducto deferente – órgão reprodutor masculino – contrai no processo de ejaculação.

(Fonte: Jornal da Unicamp)»

Fonte: Rádio Criciuma
Link:http://www.radiocriciuma.com.br/portal/mostraconteudo.php?id_colunista=13&id_conteudo=1401

Licença de Maternidade


Uma vez que foi solicitado por algumas pessoas aqui estão os links referentes à mecânica do subsidio de Maternidade:

Subsídio e Licença de Maternidade (Parte 1)


Subsídio e Licença de Maternidade (Parte 2)



Subsídio e Licença de Maternidade (Parte 3)

terça-feira, 15 de abril de 2008

Projecto Cegonhas já está em funcionamento


«O Centro de Saúde de Oliveira de Azeméis, em parceria com a Escola Superior de Enfermagem da CVP de Oliveira de Azeméis, está a promover o 1º curso de preparação para o nascimento e para a parentalidade direccionado às grávidas acompanhadas na unidade de saúde oliveirense.

Vera Tavares

Cerca de uma dezena de grávidas do concelho oliveirense pode usufruir, desde a passada quinta-feira, de uma formação especializada para o nascimento do recém-nascido e cuidados a ter.
Esta iniciativa, desencadeada pelas profissionais de enfermagem do Centro de Saúde oliveirense, tem como parceiro a Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis (ESECVPOA) que cedeu à actividade as instalações e todo o equipamento informático e de apoio necessário.
Virgílio Pinho, director da unidade de saúde oliveirense, agradeceu a todas as grávidas por terem aderido a este projecto e, em simultâneo, à ESECVPOA pela parceria que aceitou fazer com este projecto. “Fico feliz por vos ver aqui, aproveitem e bebam da sabedoria destas técnicas. Esta parceria com a Escola de Enfermagem é a demonstração da ligação em cadeia constante”, sublinhou.
Fernanda Príncipe, vice-presidente da ESECVPOA, agradeceu também a parceria e o facto destas técnicas terem escolhido a Escola de Enfermagem como parceiros. “Estamos abertos a estas iniciativas e disponíveis para participar. Estas iniciativas ajudam, também, a divulgar a nossa escola à comunidade e a proporcionar-lhe a aproximação”, frisou Fernanda Príncipe.
Helena Oliveira, uma das grávidas acompanhadas pelo projecto, sublinhou ao Correio de Azeméis que “soube da iniciativa através do Centro de Saúde e aderi, de imediato, porque considero que é uma mais-valia. É o segundo filho mas o saber não ocupa lugar, há coisas muito diferentes de há nove anos para cá”.

Projecto Cegonhas

Esta formação inserida no projecto Cegonhas, desenvolvido pelas enfermeiras do Centro de Saúde oliveirense Daniela Chorão, Andreia Magina e Lúcia Ferreira, é uma iniciativa que visa abordar temas como: as características do desenvolvimento intra uterino, alterações corporais/desconfortos inerentes ao desenvolvimento da gravidez, alimentação saudável, higiene corporal e dentária, vantagem da amamentação, preparação do aleitamento artificial, fases e os sinais do trabalho de parto, características da depressão pós-parto, principais características do recém-nascido e cuidados a ter, cuidados a ter na realização da massagem ao bebé entre outros.»

Fonte:Correio de Azemeis
Link:http://www.correiodeazemeis.pt/?op=artigo&sec=6512bd43d9caa6e02c990b0a82652dca&subsec=&id=41e56f14c6c580912b67c91133643a54

Riscos de uma gravidez tardia


«É preciso avaliar os antecedentes da futura mãe. “Na gravidez, há um equilíbrio muito grande, porque é uma situação natural”, diz o obstetra Vicente Souto. Porém, a sociedade actual confronta-se com um número, cada vez maior, de mulheres que, objectiva e decididamente, querem engravidar em idades avançadas. Antes de uma tal decisão, importa procurar o médico e fazer o diagnóstico pré-natal.

Porque os casais e os indivíduos têm o direito fundamental de decidir livremente e com inteira responsabilidade sobre o número de filhos que querem ter, e também acerca do momento do seu nascimento, cada um tem os filhos na idade que tem e quando pode, comportando e assumindo eventuais riscos.

A “modernidade” de ser mãe aos 40 anos reforça o papel do médico e aproveita as vantagens dos avanços da medicina.

Há na verdade esta tendência actual e retirando-se peso a diversos receios próprios de uma gravidez mais tardia.

“A situação é um bocado diferente da que se verificava há alguns anos. Antigamente, a mulher que tinha filhos com idade mais avançada provinha, geralmente, das classes menos favorecidas; sobretudo, porque não fazia a prevenção nem se preocupava com o planeamento familiar”, observa o obstectra, constatando que, hoje, muitas mulheres pensam, antes de mais, em se realizarem profissionalmente para, então sim, se preocuparem com a maternidade.

“As coisas têm-se modificado”, assegurando-se que muitas dessas mulheres que engravidam aos 40 anos são “pessoas com uma situação económica diferente, porque já têm uma vida estabilizada”.



A gravidez é um estado natural.

Sendo a gravidez ou gestação um estado fisiológico particular - mas natural - no qual se encontra a mulher portadora de um óvulo fecundado, nas idades ditas férteis, “começam, igualmente, a aparecer os casos extremos daquelas senhoras que, na menopausa ou na pré-menopausa, também querem ter filhos”.

Nesse contexto, os especialistas chamam a atenção para um recente estudo estatístico norte-americano que aponta para a existência de uma centena de mulheres com idades próximas dos 60 anos e que quiseram ser mães, recorrendo à implantação de ovócitos. “Aqui, o problema é outro”, reconhecem os obstetras, adivinhando “problemas éticos complicados”. “Há o direito à reprodução, que toda a mulher tem.

Mas, depois, há que encontrar limites”, até para evitar dificuldades aos filhos perante o envelhecimento dos pais, que já têm menos oportunidade de planificarem o futuro.

A par das possibilidades tecnológicas e científicas que permitem a uma mulher com mais de 35 anos engravidar, não obstante o aumento das dificuldades de ovulação, acresce também o número de mulheres com idade mais avançada (40 e 50 anos) – para as quais a gravidez se torna progressiva e naturalmente impraticável, porque já iniciaram a perda dos folículos e apresentam falência ovárica – que pretendem ser mães. As soluções são as mais diversas. Tudo depende dos recursos (naturais, científicos, económicos...) e das balizas éticas, fundamentalmente quando se pede um óvulo emprestado e se paga aluguer por uma barriga.



Engravidar mais tarde.

Na verdade, “mesmo na menopausa, o útero está em condições de desenvolver uma gravidez”, sublinha Vicente Souto, dando ênfase às consequências disso.

“Há, efectivamente, muitos riscos acrescidos em relação à mulher”, repara o médico, a propósito de um conjunto de alterações fisiológicas e a nível do sistema circulatório. “Também se admite que os filhos dessas mulheres vão, provavelmente, ter problemas congénitos mais complicados”, acrescenta o especialista, registando que “em cada cinco gravidezes, nos Estados Unidos, há uma gravidez de uma mulher com mais de 35 anos”.

Ao considerar a faixa etária dos 40 anos, Vicente Souto diz ser acrescida a possibilidade de riscos, nomeadamente de anomalias cromossómicas. “Por exemplo, o risco de ter um filho com síndroma de Down (mongolismo ou trissomia 21) é tanto maior quanto mais velha for a mãe”, sublinha.

Embora este seja um domínio delicado - cabendo aos especialistas escolher as respostas mais adequadas, a fim de defender sobretudo as mães de sentimentos de culpabilidade e desconforto -, o médico acentua a importância do diagnóstico pré-natal, no sentido de detectar cromossomopatias ou alterações genéticas.

A par destas contingências, “uma mulher de 40 ou 42 anos está mais susceptível de apresentar diabetes e, entre outros, problemas circulatórios”. No entanto, “pelo facto de se tratar de uma mãe primíra ou de uma mulher multípara, sob o ponto de vista obstétrico, as coisas funcionam de maneira diferente”.

“É importante avaliar os antecedentes obstétricos de uma pessoa para poder fazer um juízo de valor sobre os riscos”, faz notar o anterior director clínico da Maternidade Bissaya Barreto, acrescentando que, se calhar, “a mulher mais velha até poderá ter um parto mais fácil, embora esteja mais sujeita a outros riscos, como os de hemorragias pós-parto”.

No que concerne às hipóteses de abortamento, a sua evolução depende, principalmente, da idade da gravidez. Todavia, a idade da gestante também tem a sua influência. Pois, as primíparas muito novas ou de idade avançada abortam mais vezes. “É evidente que uma mulher de 40 anos ou mais vê aumentados os riscos de prematuridade e de abortamento”.

Quando a futura grávida tem uma idade à volta dos 40 anos, “ela tem de ser esclarecida acerca da sua maior probabilidade de abortamento e de um parto prematuro”, sendo de ressalvar que, nesta faixa etária, “os riscos não são muito significativos”. “O problema coloca-se, sobretudo, a partir dos 45 anos; nessas condições, há uma subida percentual de riscos muito acentuada”, e de modo algum não há motivos para encontrar “razões para que, humanamente, desaconselhemos uma pessoa a ter um filho”. “Tem é de estar segura dos riscos que pode correr”.»

Fonte Médicos de Portugal
Link::http://www.medicosdeportugal.pt/action/2/cnt_id/460/

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Tratamento de infertilidade menos intensivo


«Resultados são melhores, dizem cientistas

Tratamentos de infertilidade menos intensivos podem resultar na obtenção de embriões de qualidade genética superior aos dos tratamentos convencionais e até em maior número de gravidezes bem sucedidas.

Esta é a conclusão surpreendente de um estudo realizado por médicos e investigadores da universidade holandesa de Utrecht, que poderá levar no futuro à adopção de tratamentos de infertilidade mais leves, que serão também mais económicos, já que não necessitam de tanta medicação hormonal.

Os tratamento hormonais convencionais na reprodução medicamente assistida são feitos na mulher para a obtenção de algo como 12 óvulos. Estes são depois inseminados artificialmente e os melhores são escolhidos para serem implantados no útero da mulher. A sequência feliz é uma gravidez de sucesso.

No estudo agora realizado, a equipa de Utrecht, coordenada pela embriologista Esther Baart, aplicou um tratamento hormonal menos intensivo a um grupo de cem mulheres, a fim de comparar os resultados com outro grupo, de igual número de mulheres, sujeito ao tratamento de estimulação convencional.

No grupo que recebeu o tratamento menos intensivo, obtiveram-se na mesma entre oito e 12 óvulos após a estimulação ovárica.

A grande vantagem deste tratamento alternativo, de acordo com a líder da equipa, citada pelo diário britânico The Guardian, é que as mulheres correm muito menor risco de desenvolver um problema potencialmente fatal, designado por síndrome de hiperestimulação ovárica.

Na análise dos embriões, obtidos por um e por outro método, a equipa de Baart descobriu, por outro lado, que o tratamento alternativo e menos intensivo permite obter menor número de embriões com problemas genéticos. O estudo mostrou que 73% dos embriões obtidos através do tratamento convencional tinham defeitos genéticos, enquanto nos embriões resultantes do tratamento alternativo essa taxa era de 55%. Os resultados foram apresentados ontem num encontro científico, em Londres.»

Fonte:Diário de Notícias
Link:http://dn.sapo.pt/2008/04/11/ciencia/tratamento_infertilidade_menos_inten.html

Mães obesas tendem a ficar mais tempo internadas no período do parto


«Ao dar a luz a seus filhos, tipicamente as mães obesas grávidas permanecem no hospital por mais tempo que mulheres que não tem sobrepeso ou obesidade. A informação veio dos Centers for Disease Control and Preventio (CDC) e da Organização Kaiser Permanente Northwest, nos Estados Unidos, e se baseou na análise de 13.442 gestações de mulheres com 18 anos ou mais, entre os anos de 2000 a 2004.

Os dados incluíram o tempo de permanência hospitalar no período peri-parto, se o parto foi normal ou cesariana, se ocorreram alterações de saúde na gravidez, incluído diabetes de tipo 2, diabetes gestacional e hipertensão arterial. As mulheres foram ainda agrupadas de acordo com seu índice de massa corpórea (IMC) medido antes da gestação ou em suas fases bem iniciais.

Os resultados indicaram que o peso adicional esteve ligado a uma maior permanência hospitalar. Quando comparadas com mulheres de IMC normal, as mulheres obesas permaneceram meio dia a mais na internação; já as mulheres muito obesas permaneceram um dia adicional em regime de internação hospitalar. Os achados foram publicados na revista médica The New England Journal of Medicine.»

Fonte: Diário da Noticia
Link:http://www.diariodanoticia.com.br/not1.php?act=13&id=1902

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Hospital em sessão clínica


«O Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde organiza, no dia 19 de Abril, uma sessão clínica subordinada aos temas: "patologia renal na gravidez", "diagnóstico ecográfico renal fetal" e "uropatias malformativas de diagnóstico pré-natal".

Os trabalhos decorrem durante toda a manhã, no auditório municipal, e contam com a presença de vários especialistas na área como Jorge Braga, Célia Madalena, Alexandra Cadilhe, Lia Rodrigues, Helena Jardim e Vanessa Portugal.


A sessão, organizada pelos serviços de Obstetrícia/ginecologia e pediatria/neonatologia, destina-se a médicos e enfermeiros.»

Portugal tem 500 mil casais inférteis


«Considerado um dos maiores problemas de saúde pública, a infertilidade atinge um em cada sete casais portugueses. A doença leva a um desgaste emocional imenso e a um esforço financeiro acima da média salarial nacional.

Cada ciclo de tratamento custa 5 mil euros e as probabilidades de sucesso para uma gravidez são de 30%. Esta é a realidade por que passam cerca de 10 mil casais a cada ano, refere o portal Farmácia.

Apesar dos custos astronómicos e de se tratar de uma doença, o financiamento à Procriação Medicamente Assistida (PMA) ainda não está activo. A regulamentação da lei que permite ao Orçamento de Estado apoiar os casais que sofrem deste problema está a decorrer após 20 anos de ausência de lei.

Publicada em Fevereiro deste ano, a nova lei trará importantes alterações, além do financiamento, como nas regras de funcionamento, auditoria, inspecção e fiscalização dos PMA, assim como na protecção de dados pessoais e na formação de especialistas. No entanto, a sua execução concreta está atrasada.

Esta é uma realidade que merece a atenção de políticos, num quadro de cada vez menor natalidade e de inversão da pirâmide demográfica.»

Fonte: Fabrica de Conteúdos
Link:http://www.fabricadeconteudos.com/?lop=artigo&op=d3d9446802a44259755d38e6d163e820&id=dcc39dc5093073df7c7b503b113d8325

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O milagre da vida


«VIDA DE GESTANTE A gravidez é um marco muito importante na vida de uma mulher. Depois de recebida a notícia, há que ter alguns cuidados que assegurem o perfeito desenvolvimento do bebé.

A gravidez divide-se em duas fases: a embrionária, que ocorre nas 10 primeiras semanas de amenorreia e que se conta a partir do primeiro dia da última menstruação, e a fase fetal, a partir da décima semana.

«No entanto, não acontece nada de particular que distinga estas 10 semanas como divisoras das duas fases», salienta o Dr. João Malta, ginecologista.

Em relação à vida intra-uterina e ao desenvolvimento do embrião, o especialista esclarece que as funções mais importantes do organismo se desenvolvem em primeiro lugar.

«Os sistemas nervoso central ou cardiovascular desenvolvem-se primeiro que o sistema digestivo, por exemplo, porque são essenciais à vida», comenta João Malta.

Os sistemas nervoso central e cardíaco formam-se muito cedo. Desde os 16 a 18 dias após a concepção, altura em que o embrião tem menos de dois milímetros, já são detectados batimentos no tubo cardíaco – coração ainda sem as quatro divisões: ventrículos e aurículas esquerdos e direitos. As células que originam os órgãos reprodutivos também estão presentes desde muito cedo, logo 15 dias após a concepção.

Vigiar a gravidez

As ecografias são exames a que as grávidas estão obrigatoriamente sujeitas. Quanto ao número, é muito variável de país para país, mas, em Portugal, realizam habitualmente três ecografias durante a gravidez. Estas destinam-se a identificar possíveis alterações no embrião ou no feto e a vigiar o seu desenvolvimento.

A primeira realiza-se por volta das 12 semanas de gestação e destina-se a determinar a idade real do bebé e a eventual existência de gémeos; a detectar patologias do trofoblasto, órgão a partir do qual se forma a placenta; e a identificar marcadores de risco genético. A primeira ecografia pode também identificar mal formações grosseiras, como a ausência do sistema nervoso central, bem como outras deficiências incompatíveis com a vida.

Entre a 20.ª e 22.ª semanas de gestação, procede-se à realização da segunda ecografia. Esta destina-se a verificar se os órgãos estão correctamente dispostos e a identificar malformações não visíveis aquando do primeiro exame.

Na fase final da gravidez, entre a 32.ª e a 34.ª semanas, constatam-se as condições do feto e da mãe para o parto.

«Verifica-se, por exemplo, se as medidas do feto se encontram perto da média ou se se trata de um bebé demasiado pequeno ou demasiado grande em relação à média e se necessita de cuidados extra, aquando do nascimento», esclarece João Malta. Avaliam-se também as condições da mulher para o parto, «se a grávida tem, por exemplo, a placenta precocemente envelhecida, como é comum nas grávidas fumadoras ou hipertensas».

Cuidados da grávida

Segundo o especialista, «a gestante deve aumentar até 12 kg, embora haja mulheres que têm uma gravidez normal engordando menos. Mais que 12 kg pode ser já prejudicial, tanto para ela como para o bebé».

Deve comer mais vezes por dia, em quantidades menores, ou seja, «a grávida deve comer oito, 10 vezes por dia, mas em pequenas quantidades», assegura o ginecologista.

Ao nível da higiene alimentar, João Malta considera que devem ter-se os mesmos cuidados que em qualquer outra situação:
«A gravidez não é uma doença, deve haver uma certa higiene alimentar, mas não diferente da praticada pelas mulheres que não estejam grávidas.»

A excepção tem a ver com patologias como a toxoplasmose.

Fonte: Medicina & Saúde®»

Fonte:Médicos de Portugal
Link:http://www.medicosdeportugal.pt/action/2/cnt_id/51/

Passos para uma gravidez bem sucedida


«Antes de engravidar: O ideal é que a mulher programe com antecedência a sua gravidez. Adquirir hábitos saudáveis, alimentar-se equilibradamente, evitar o tabaco e o álcool, reduz os possíveis riscos. E, sobretudo, ir antecipadamente ao médico permite prever, se se pertence ou não a um grupo de risco, e em caso afirmativo, tomar todas as medidas necessárias.

Mãe com que idade?

A maternidade é um sonho ansiado pela maioria das mulheres. Mas será que existe uma idade certa para ser mãe? Depois da primeira menstruação a mulher está apta fisiologicamente para ter um bebé, embora ainda não esteja totalmente pronta.

O período mais favorável para engravidar é entre os 20 e os 35 anos. A produção dos óvulos da mulher está em pleno e a mulher tem tempo de tomar medidas caso se registem problemas de infertilidade. Quanto mais nova a mulher, mais energia e disposição o seu corpo tem para atender às exigências da maternidade. No entanto, a idade traz também sabedoria e conhecimento. Ninguém precisa desistir da gravidez porque passou da faixa etária habitual. Com os avanços da medicina, é possível planear uma gravidez depois dos 35 anos, na qual os riscos podem ser controlados e superados. Mas é sabido que com o passar do tempo, a quantidade de óvulos e de espermatozóides diminui e aumentam os riscos do bebé ter algum tipo de malformação congénita.

Para que tudo corra o melhor possível

Para que possa estar atenta desde o primeiro momento e tomar as precauções necessárias, deve realizar algumas análises ainda antes da gravidez, como provas de toxoplasmose, rubéola, hepatite, sida, sífilis, análises de sangue e urina.

É necessária a vacina anti-rubéola?

Esta doença infecciosa é especialmente perigosa durante o primeiro trimestre da gestação. Pode acontecer que a análise demonstre que a mulher não possui anticorpos que a imunizem contra esta doença. Neste caso prescreve-se a vacina, mas a gravidez deve esperar, até que decorram três meses para que a vacina não prejudique o futuro bebé. Hoje em dia, a vacinação anti-rubéola é dada entre os 11 e os 14 anos de idade, o que faz com que praticamente todas as mulheres estejam imunizadas contra a rubéola.

Mas há outras situações a ter em conta. No caso da grávida ter diabetes, a gestação tem de ser mais acompanhada. No entanto, uma mulher diabética tem praticamente as mesmas possibilidades de que o seu filho nasça são se programar a sua gravidez, como qualquer outra que não tenha este problema.

Ácido Fólico

O ácido fólico é uma vitamina do complexo B cuja ingestão deve começar ainda no planeamento da gravidez. Ele garante a saúde da mãe e o desenvolvimento do bebé. O suplemento de ácido fólico três meses antes e nos três primeiros meses da gravidez é suficiente para reduzir até 95% problemas de má formação do tubo neural. O tubo neural funciona como o sistema nervoso primitivo do feto. É uma estrutura do embrião precursora do cérebro e da medula espinhal. O ácido fólico é encontrado em alimentos como brócolos, espinafre, gema de ovo, fígado, feijão, peixes, mas em quantidades insuficientes para as necessidades da mulher que deseja engravidar. O médico normalmente prescreve o uso de comprimidos que contenham a vitamina.

Quanto tempo para engravidar?

Normalmente a mulher que não utiliza métodos contraceptivos pode levar até 12 meses para engravidar, mas é uma situação que depende de caso para caso. Em princípio, para as mulheres que tomem a pílula, a gravidez pode acontecer assim que parar a toma. Os anticoncepcionais injectáveis (mensal ou trimestral) podem ter efeito cumulativo, por isso os ciclos regularizam-se num período de três a seis meses.»

Fonte: Medicos de Portugal
Link:http://www.medicosdeportugal.pt/action/2/cnt_id/1189/

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Novos Espaços


Nome do blog/site - Mamas, Bebés & Companhia

Nome da Autora - Ana Sofia

Objectivo/Essência da existência do blog/site
- Um Blog de apoio aos Pais e Educadores que reune várias informações actualizadas sobre assuntos relacionados com Mamãs, Bebés, Papás e toda a Família.

Endereço
- http://mamasbebesecompanhia.blogspot.com/

Mail - zenite76@gmail.com

Amêijoas podem afectar fertilidade humana


«Químicos lançados nas águas provocam alteração hormonal nos bivalves

Compostos químicos presentes em detergentes que são lançados em zonas costeiras através dos esgotos estão a provocar alterações hormonais nas amêijoas brancas que podem estar relacionados com problemas de infertilidade de quem as consome, informa a agência Lusa, que cita uma especialista da Universidade do Algarve.

Este fenómeno foi detectado pela primeira vez em Portugal no Rio Guadiana por uma equipa de investigadores do Grupo de Ecotoxicologia e Química Ambiental do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve.

De acordo com Maria João Bebianno, coordenadora do grupo, alguns compostos de detergentes ou medicamentos lançados pelos esgotos estão a alterar o funcionamento normal do sistema endócrino das amêijoas brancas. Entre Maio e Setembro as amêijoas distinguem-se por serem do sexo masculino ou feminino, mas fora desse intervalo de tempo tornam-se hermafroditas, este fenómeno denomina-se intersex. O que os investigadores estão a verificar é que os machos vão ganhando características femininas e passam a apresentar ovócitos no tecido testicular. Estas alterações sexuais também estão a acontecer em peixes, o que, segundo Maria João Bebiano, «ainda é mais preocupante».

Para além de poderem implicar falhar reprodutivas nas amêijoas brancas, estas alterações podem também afectar o funcionamento hormonal das pessoas que as ingerem. Segundo Maria João Bebiano, a amêijoa branca acumula componentes químicos que podem estar relacionados com alguns problemas de infertilidade ou diminuição de esperma em humanos.

Este problema poderia ser atenuado se as Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) estivessem preparadas para tratar estes compostos, mas «as ETAR não se adaptaram tecnologicamente ao que é lançado no ambiente e não tratam derivados de detergentes ou medicamentos rejeitados pelas pessoas, o que faz com que se produza um cocktail», declara a investigadora.

Depois do fenómeno ter sido detectado no Rio Guadiana, uma equipa de dez investigadores do CIMA está agora a fazer levantamentos noutros locais do Algarve, nomeadamente na Ria Formosa, nas zonas de Tavira e Faro.»

Fonte:Portugal Diário
Link:http://diario.iol.pt/ambiente/algarve-ciencia-ambiente-ameijoas/937468-4070.html

terça-feira, 8 de abril de 2008

Prevenção na gravidez é investir na vida


«A gravidez é sempre uma altura de grandes emoções, mas deve igualmente ser uma época de preocupações, quer em relação à futura mãe, como relativamente ao bebé. É, indiscuti­velmente, uma situação em que mais vale prevenir!

«A maioria das dietas que consumimos actualmente são deficientes em vitaminas e minerais e, por isso, precisamos de suplementos adequados para compensarmos essas deficiências. Esta situação assume uma particular importância nas mulheres grávidas, porque os bebés alimentam-se das suas mães, logo, elas têm de ter uma alimentação saudável e equilibrada», defende o Prof. Louis Gerald Keith, um dos maiores especialistas mundiais em gravidez.

Esta foi uma das principais ideias que o professor de Obstetrícia e Ginecologia deixou patente num colóquio, organizado pela Prisfar e pela Vitabiotics, onde se abordaram temas como «A Mulher, a Gravidez e a Menopausa».

«Normalmente existem problemas de nutrição nas grávidas, que podem acarretar consequências mais ou menos graves, não só para a mãe, como para o feto. As deficiências nutricionais atingem uma grande parte das grávidas, de tal modo que 9 em cada 10 desenvolvem anemias e há, igualmente, muitos casos de hemorragias, o que se traduz num sangramento excessivo no período pós-parto», alertou o especialista norte-americano.

A toma regular de um suplemento minerovitamínico, preferencialmente desde o momento em que a mulher começa a planear a sua gravidez até ao final da amamentação, atravessando todo o período de gestação, pode, e em muitos casos deve mesmo ser, uma opção a ser considerada seriamente pela futura mãe. A ingestão de alguns elementos essenciais, como ácido fólico, magnésio, ferro, cobre, zinco e iodo, entre outros, potenciará uma gravidez mais segura, bem como o saudável e harmonioso desenvolvimento do feto.

Segundo Louis G. Keith, «a própria UNICEF já assumiu, recentemente, que a multissuplementação é a opção mais adequada para prevenir o aparecimento de eventuais problemas de nutrição nas grávidas e nos recém-nascidos. Alguns estudos demonstram mesmo que, entre mães que tomaram suplementos e as que não tomaram, pode resultar um decréscimo de 22% no número de bebés com baixo peso à nascença (menos de 2,5 quilogramas)».

Os inúmeros benefícios da suplementação específica para a gravidez são evidentes e reflectem-se na saúde da mãe e do bebé.


Conselhos úteis a grávidas

• Deixar de fumar.

• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

• Reduzir consumo de bebidas com cafeína (café, chás e colas).

• Cozinhar bem carnes e ovos (evitar risco de salmonelas).

• Não beber leite não-pasteurizado.

• Alimentação equilibrada.

• Lavar bem frutas e hortaliças cruas antes de serem consumidas.

• Tirar radiografias só em caso de necessidade extrema.

• Informar o dentista da gravidez (devido à possibilidade de anestesias locais).

• Praticar exercício físico vigiado e adaptado à gravidez.

Louis Gerald Keith

Este investigador de 71 anos, com mais de 40 anos de exercício da Medicina, é professor de Obstetrícia e Ginecologia, bem como director de uma das secções da Escola Médica da Northwestern University, em Chicago (EUA). É igualmente consultor de várias instituições académicas e privadas em todo o Mundo, tendo já 25 livros publicados, 443 publicações científicas e vários prémios pelo seu trabalho no campo da Ciência. Por ser um gémeo monozigótico (idêntico), dedicou muito do seu trabalho ao estudo dos gémeos e dos problemas encontrados nas suas famílias.

Fonte: Medicina & Saúde»

Fonte:Médicos de Portugal
Link:http://www.medicosdeportugal.pt/action/2/cnt_id/1492/