terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Alemanha: natalidade aumenta após 10 anos de regressão


«A taxa de natalidade na Alemanha, em regressão desde 1997, deverá aumentar cerca de um por cento este ano, sobretudo graças ao novo subsídio de paternidade em vigor desde Janeiro.
O subsídio em questão contempla o pagamento de 67% do vencimento líquido do pai ou da mãe, por um período de 12 ou mesmo de 14 meses (se o prazo for dividido pelo casal) num máximo de 1.800 euros e num mínimo de 300 euros mensais.

Esta ajuda estatal já tinha sido requerida por 394 mil progenitores, e foi concedida a 386 mil, entre Janeiro e Setembro, anunciou hoje, em Berlim, a ministra federal da família, Úrsula von der Leyen.

A ministra sublinhou também o facto de 10% dos requerimentos terem sido apresentados pelos pais dos bebés, embora a maior parte dos homens (57,5%) só tenha metido uma licença de dois meses para tratar dos filhos, que ficaram assim a cargo das respectivas mulheres nos restantes 12 meses.

Cerca de 20% dos homens decidiram ficar em casa a mudar fraldas e a beneficiar do subsídio estatal por um período de três a 12 meses, e igual percentagem durante 12 meses, adiantou ainda Úrsula von der Leyen.

A ministra referiu também que a aceitação com que o novo subsídio de paternidade deparou obrigou o governo a aumentar o respectivo orçamento para este ano, de 1.600 milhões de euros, em mais 30 milhões de euros.

«Nos próximos anos, deverão ser investidos 4.000 milhões de euros com a promoção da natalidade, que melhor que podia acontecer ao nosso país», sublinhou a ministra.
Von der Leyen, que é médica de profissão, e tem sete filhos, considerou, porém, que o aumento da taxa da natalidade na Alemanha ainda é apenas «uma planta frágil», dizendo esperar, no entanto, que esta tendência estabilize.

A dirigente democrata-cristã considerou também o facto de os jovens terem voltado a decidir ter filhos «uma fiança» concedida à política, à sociedade e à economia.
Para von der Leyen, a nova lei permitiu sobretudo que o nascimento de um filho não seja um risco financeiro e laboral para os casais ou para as mães solteiras, que também beneficiam do reforço dos apoios estatais.»

Fonte: Diário Digital

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