terça-feira, 21 de julho de 2009

Mais de 60 portuguesas tiveram filhos depois dos 50


«Mais de 60 portuguesas tiveram filhos depois dos 50

No ano passado, apenas três portuguesas foram mães com 50 ou mais anos de idade, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). No ano anterior, tinha havido quatro mães pós-50 e, em 2006, seis. Mas o recorde foi batido em 2000, ano em que nasceram 16 bebés de mulheres com meio século ou mais de vida. Tudo somado, Portugal registou, nos últimos oito anos, 63 mulheres que foram mães depois de dobrada a curva dos 50.

Curiosamente - apesar de a esperança média de vida das mulheres já passar dos 81 anos -, uma mulher acima dos 35 anos é considerada idosa para efeitos de gestação. "Chamamos idosas a estas mães, porque, a partir dos 35, a gravidez acarreta mais riscos e requer mais vigilância", precisa a alta-comissária da Saúde, Maria do Céu Machado.

Ao engravidarem mais tarde, as mulheres ficam mais propensas a infecções, diabetes e hipertensão. Não à toa, é a partir dos 35 anos que a amniocentese se torna obrigatória. A infertilidade também é maior nestas idades. E, com o aumento dos tratamentos para a combater, aumentam também os partos gemelares e, consequentemente, o risco de prematuridade. No ano passado, os nascimentos prematuros representaram nove por cento dos partos. Entre 2001 e 2008, os partos protagonizados por mães com 35 e mais anos de idade aumentaram de 14 para 19,3 por cento.

Do total de 104.675 crianças nascidas no ano passado, 3095 foram-no de mães entre os 40 e os 44 anos. Ainda em 2008, nasceram 162 crianças de mães entre os 45 e os 49 anos. Por outro lado, a idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho fixou-se no ano passado nos 28,4 anos - era de 26,5 em 2000.

"A meta de diminuição das mães com mais de 35 anos já não constará no próximo plano nacional de saúde para 2011 e 2016", referiu Maria do Céu Machado, para quem "não é possível travar a tendência que leva a que as mulheres adiem o projecto de ser mães".»

Fonte:Público
Link:http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1392375

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