sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Diabete Gestacional doença que atinge 7% das grávidas


«Ao longo dos nove meses de espera pelo bebê, a mulher vê seu corpo passar por várias alterações. Poucas grávidas sabem, porém, que existem mudanças silenciosas capazes de prejudicar a saúde da mãe e da criança. Uma delas ocorre por obra da própria placenta, responsável pela nutrição do feto. Ela produz hormônios que podem prejudicar - ou até mesmo bloquear - a ação da insulina, a chave que permite a entrada da glicose nas células.

Para a maioria das gestantes isso não chega a ser um problema, pois o organismo compensa o desequilíbrio aumentando a fabricação de insulina. Infelizmente nem todas reagem assim. E é nessas que surge o diabete gestacional, doença que costuma durar apenas o tempo da gravidez mas traz alguns riscos. Aumentam as chances de aborto até o terceiro mês e é possível que o nenê sofra uma baixa repentina na taxa de açúcar logo após o parto e tenha complicações respiratórias.

Por isso, é importante detectar o distúrbio o mais cedo possível. Os especialistas são categóricos: é essencial que as futuras mamães façam exames para checar a taxa de açúcar no sangue durante o pré-natal. "As grávidas devem fazer o rastreamento do diabete entre a 24ª e a 28ª semana de gestação", diz o endocrinologista Adolpho Milech, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. "Nas que têm histórico sugestivo, o teste de tolerância glicêmica precisa ser realizado a partir da 12ª semana."

Por histórico sugestivo entenda-se: gestantes que integram o grupo de risco do diabete. Esses exames são fundamentais porque os sintomas da doença não ficam muito claros durante a gravidez. Vários sinais se confundem com os da própria gestação, como vontade de fazer xixi a todo momento, sensação de fraqueza e apetite de leão. Diagnosticado o diabete gestacional, a gravidez precisa ser cercada de precauções. Mas não há motivo para pânico. A doença deixa de ser um bicho-papão quando é bem controlada.

O que pode ser feito de maneira simples, com dieta e prática de exercícios leves. O controle da alimentação deve ser feito com a ajuda de um profissional capacitado. Dietas mal elaboradas podem atrapalhar o desenvolvimento do feto. Quanto aos exercícios, os mais indicados são caminhadas e hidroginástica. Nem é preciso dizer que a gestante terá de dar adeus às delícias açucaradas para evitar o excesso de glicose no sangue. Em raros casos, são necessárias injeções de insulina.

"Isso não oferece perigo para o bebê", tranqüiliza Mariza Vasques, do Instituto Estadual de Diabete e Endocrinologia, no Rio de Janeiro. Mesmo que o problema regrida após o nascimento do bebê, as mulheres que o apresentaram devem ficar atentas ao diabete. Elas têm mais de 50% de chances de desenvolver a doença no futuro. Aliás, seus filhos também correm esse risco. Por isso, os cuidados prosseguem depois do parto. Enquanto as mães devem evitar o consumo exagerado de doces e dar um basta no sedentarismo, as crianças precisam receber uma boa educação alimentar e ser estimuladas a praticar esportes.»

Fonte:Maracaju
Link:http://www.maracaju.news.com.br/ultimasnoticias/view.htm?id=93313

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