segunda-feira, 26 de maio de 2008

Cerca de 1.600 mães amamentam às margens da Baía do Guajará em Belém


«Da Redação
Agência Pará

O evento foi o pontapé para a discussão sobre a importância da amamentação durante o X Encontro Nacional

A governadora Ana Júlia ressaltou a importância dos pais também participarem de iniciativas como essa

O evento deste ano bateu o recorde no número de mães amamentando à beira do rio

A importância do ato de amamentar como a primeira medida para garantir saúde ao ser humano foi a tônica de um evento que reuniu, na manhã desta terça-feira (20), na Estação das Docas, mais de mil mães da Região Metropolitana de Belém. Numa promoção em conjunto entre a Associação Amigos da Amamentação (Amamen) e a Santa Casa de Misericórdia do Pará, o evento “Mil mães amamentando às margens da Baía do Guajará” também discute diversos aspectos da saúde da criança.

Segundo o Ministério da Saúde, Belém ocupa o primeiro lugar no ranking nacional das capitais brasileiras onde mais se amamenta.
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“O leite é saúde e afeto para a criança. Dar o leite materno é valorizar a natureza humana e alimentar o corpo e a alma daquele pequeno ser que se tem nas mãos”, disse dom Orani. A coordenadora do evento e vice-presidente da Amamen, Rosângela Monteiro, agradeceu pela presença das mães e revelou que o comparecimento deu-se, em grande parte, ao apoio da Pastoral da Criança e de entidades governamentais e não-governamentais que abraçaram a causa.

“Essa é uma campanha pela vida. Amamentar é garantir saúde e não causa mal algum, inclusive estético, à mãe”, disse, referindo-se ao medo de muitas mães de terem os seios flácidos por conta da amamentação. “O corpo da mulher sofre, sim, mudanças com a amamentação, mas são mudanças boas. O ato devolve à mulher suas formas depois da gravidez e faz com que o seu organismo funcione de forma mais eficiente”, garante.

Avanços - Além de ocupar o primeiro lugar no ranking nacional das capitais brasileiras onde mais se amamenta, é também na capital paraense que está, ainda segundo o governo federal, o melhor hospital do Norte do País, a Santa Casa de Misericórdia, que tem diversos programas de aleitamento materno, iniciativas premiadas com o título de Hospital Amigo da Criança, concedido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A Santa Casa faz cerca de 500 partos por mês. Esses bebês ficam, em alguns casos, no Pavilhão Infantil ou participam, com as mães, do Proame (programa de aleitamento materno exclusivo), que dá alta, mensalmente, a 100 crianças. Nele, a mãe recebe um certificado e se compromete a amamentar por pelo menos seis meses o filho.

Os esforços deram resultado. Em dez anos, a mortalidade infantil no Pará caiu de 31 crianças para cada mil nascidas a 18,3 crianças a cada mil que nascem. “Por isso apresentamos para a Assembléia Legislativa um projeto de lei que garante às servidoras estaduais que se tornarem mães o direito de uma licença-maternidade de seis meses. Amamentei minha filha mais nova por oito meses e sei da importância desse ato para a saúde do indivíduo”, reforçou a governadora.

Ana Júlia Carepa lembrou ainda que encontros como esse não devem ser encarados como simples reuniões de mulheres, da qual os homens não participam. “Essa é uma questão importante também para os homens, pois eles dependem do leite de suas mães quando crianças para poderem, um dia, se tornarem homens”, observou.

O evento desta terça-feira precede o X Encontro Nacional de Amamentação (Enam), que acontece nesta quarta-feira (21), no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Ainda neste ano, devem acontecer em Belém o I Encontro Amazônico de Banco de Leite Humano e o I Encontrinho de Amamentação, que vai conscientizar crianças sobre o hábito de tomar leite humano.»

Fonte:Pará
Link:http://www.pa.gov.br/noticias/materia.asp?id_ver=26793

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