segunda-feira, 9 de junho de 2008

Pós-parto saudável e sem stress


«Apoio da família e do marido é fundamental nessa fase delicada

São nove meses de ensaio até a chegada do grande momento: o nascimento legitima a maternidade e transforma a vida da maioria das mulheres. Durante a fase de pós-parto, que se estende até aproximadamente os seis meses de vida do bebê, apenas o corpo da mulher volta ao normal, já que a mente está prestes a sofrer uma experiência transformadora, dizem os especialistas. Encanto e inseguranças, satisfação e desconforto: a fase é de transição.

Autora do livro Gravidez Saudável, da editora Réptil, a apresentadora do canal GNT Cynthia Howlett lançou uma obra que promete ajudar as futuras mamães a passarem por essa fase com equilíbrio, segurança, beleza e saúde.

O peso da responsabilidade
Segundo Mariana Maldonado, ginecologista, obstetra e co-autora do livro Palavra de Mulher – Histórias de amor e de sexo, da editora Integrare, a reação a essa fase peculiar da vida da mulher é diversa: há quem se encante com o bebê e com a função de mãe, e quem sofra em demasia com medos e inseguranças. O comportamento, de acordo com a especialista, está mais relacionado aos hábitos de cada uma do que às alterações hormonais características do período.

– Por mais que o pai colabore, na fase de recém-nascido a dependência da mãe é maior e muitas delas não estão preparadas para arcar com o peso da responsabilidade de uma criança indefesa que depende dela para sobreviver. Além disso, a rotina muda, é preciso parar de trabalhar por um período, ou seja, são vários os fatores que mudam alteram completamente a rotina delas. Quanto à forma física, a tendência é que o corpo volte ao normal no primeiro mês de gravidez. Se ela emagrecer, será muito mais por conta das várias novas atividades que está desempenhando – diz a médica.

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O apoio da família é fundamental
Para a psicóloga e terapeuta familiar Lúcia Muniz, o apoio do parceiro é fundamental para que a mulher consiga se manter tranqüila na fase de pós-parto. E, às vezes, sem querer, as próprias mães são culpadas pelo distanciamento dos companheiros:– Mesmo que não seja o primeiro filho, esse é um momento diferenciado, em que a mulher está aprendendo a lidar e ter intimidade com a criança. Mas ela tem de permitir que o parceiro entre nessa dupla: porque a autorização vem dela e muitos temem ocupar esse espaço.
Hoje, isso tem mudado e os pais se tornam mais participativos. Mas é preciso estimulá-los. Com essa parceria, o próprio relacionamento cresce – acredita a psicóloga.Quanto à participação dos outros integrantes da família, Lúcia lembra que a figura da avó é fundamental, além de um ponto de apoio. "Que não tem deveria adotar", brinca. Mas não deve desempenhar a função dos pais, para não quebrar uma harmonia que poderia ser bastante favorável, diz.

Mãe também tem medo
Segundo Evaristo de Carvalho, psicanalista da Clínica Harmonya, para aprender o papel de mãe, as mulheres em geral retornam ao lugar de filha e reproduzem muito de sua criação. Mas nem por isso deixam os medos e inseguranças de lado:– No momento em que se torna mãe, a mulher começa a se deparar com a ameaça de não dar conta da função: o fato de não ter mais rotina nem noites de sono, o medo da morte, alimentar o bebê num intervalo curto de horas faz ela começa a achar que não vai suportar esse lugar de mãe, tão cheio de cobranças. E nem sempre compartilha essa angústia com o parceiro – alerta o psicanalista, lembrando que esse quadro, combinado a outros fatores médicos e psicológicos, pode evoluir para a depressão pós-parto.»

Fonte:Vida Feminina

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