«DIANA MENDES
Cancro do colo do útero. Vacina pode não proteger contra principais estirpes
Região foi escolhida por reunir imigrantes de várias regiões do mundo
Será que as vacinas do cancro do colo do útero disponíveis em Portugal protegem contra os tipos de vírus de alto risco que são mais frequentes na população? Será que se justifica desenvolver novas vacinas contra o papilomavírus humano (HPV) ? Estas duas perguntas têm sido colocadas por Sofia Loureiro, directora do serviço de anatomia patológica do Hospital Amadora-Sintra, que espera dar-lhes resposta em 2010.
A investigadora foi uma das premiadas no Programa de Apoio à Investigação da Fundação AstraZeneca de 2008. A decisão de desenvolver este trabalho surge na sequência de outro estudo, em que comparou dois métodos de identificação dos tipos de HPV em cada amostra. "A população analisada já tinha alterações nas citologias, mas teve de ser testada para se identificar se teria lesões", explica ao DN, Sofia Loureiro.
De qualquer forma, "descobrimos que embora o vírus 16 fosse o mais frequente, havia outros vírus de alto risco muito mais comuns do que o 18", diz.
Este últimovírus é um dos mais associados ao cancro do colo do útero, sendo abrangido pelas vacinas que estão a ser dadas a raparigas de 13 anos nos centros de saúde. Neste estudo de 2007, os vírus mais frequentes eram os 16, 51, 33 e 53 e não os tipos 6,11, 16 e 18 (que estão previstos na vacina quadrivalente), refere o projecto de investigação.
Agora, e durante 18 meses, vão ser investigados os tipos de HPV mais comuns em 500 citologias efectuadas no Hospital Amadora-Sintra e em mais 500 realizadas nos centros de saúde da área da unidade, frisa.
"A actual vacinação é importante. Mas pode fazer sentido investir em vacinas para outros tipos de vírus de alto risco. ", diz Sofia Loureiro.
Além dos tipos mais comuns, o estudo vai permitir avaliar os casos em que há infecção das mulheres por mais de um vírus, bem como a sua relação com as lesões.
O estudo também será importante porque a Amadora é uma área de imigração por excelência. "A população portuguesa incluiu grupos de imigrantes de África, países de Leste, Brasil ou Ásia", o que poderá significar que Portugal terá uma distribuição de tipos de HPV distinto do padrão europeu, lê-se no projecto de estudo.
Calcula-se que os tipos 6,11,16 e 18 sejam responsáveis por 75% dos casos de cancro do colo do útero e 70% das lesões pré-cancerosas»
Fonte:Diário de Noticias
Link:http://dn.sapo.pt/2009/02/06/sociedade/estudo_amadora_identifica_papilomavi.html
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Bebês que nascem no verão ou no outono são mais altos Estudo na Amadora identifica os papilomavírus mais comuns
Postado por Paulo Pires às 2/12/2009 09:00:00 da manhã
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