quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mapeamento genético de bebês poderá ser feito até 2019


«O código genético dos bebês que nascerão dentro dos próximos dez anos poderá ser mapeado já no nascimento, conforme prevê a empresa líder mundial de estudos do genoma humano, Illumina. Segundo Jay Flatley, executivo da companhia, a leitura completa do DNA deverá ser feita com técnicas acessíveis e mais baratas, o que geraria uma revolução na medicina preventiva. As informações são do site britânicoTimesonline.

De acordo com Flatley, apenas questões jurídicas e sociais deixam o seqüenciamento do genoma suscetível a atrasos para aplicar a técnica, mas ele acredita que, a partir de 2019, se torne rotina mapear o código genético de recém-nascidos.

Com a evolução do procedimento médico e a liberação de sua aplicação, o executivo afirma ainda que será aberta uma nova abordagem para a medicina, pelo meio da qual doenças cardíacas ou como o diabetes poderão ser previstos e evitados com tratamentos seguros e eficazes.

O mapeamento do DNA, no entanto, tem levantado sérias questões com relação à privacidade e ao acesso dos registros genéticos da pessoa mapeada, o que poderia prejudicá-los se tal informação de seu estado de saúde fosse usado contra empregadores ou companhias de seguros. Flatley acredita que muitas pessoas, temerosas por vir a ser renegadas a vagas de emprego ou adesão a seguradoras de saúde por apresentarem preponderância a desenvolver determinada doença, pudessem não querer que o mapeamento fosse feito.

Ainda um procedimento caro, o mapeamento genético poderia ter seus custos reduzidos. O Projeto Genoma Humano, que publicou o seu primeiro estudo bruto de seqüenciamento genético humano em 2001, custou cerca de US$ 4 bilhões. Mas para tornar a técnica acessível financeiramente, a Illumina está preparando o lançamento de um mapeamento mais barato para ser executado dentro de até dois anos.

A companhia calcula que poderia fazer o mapeamento cobrando valores entre US$ 10 mil e 20 mil, a princípio. Mas no último mês, a Illumina anunciou uma parceria que pode ser feita com a Nanopore Oxford, empresa britânica que está desenvolvendo uma nova abordagem de seqüenciamento, o que levaria à redução dos custos.

Em uma entrevista ao Times, Flatley disse que a seqüência do genoma pode ser feita, futuramente, por menos de US $ 1 mil dentro de três a quatro anos. "Acho que esses limites serão rompidos num horizonte de até dez anos", acrescentou.

Flatley explica que o genoma do bebê ao nascer poderia ser mapeado através do teste do pezinho, técnica utilizada hoje em que é retirada uma pequena quantidade de sangue para verificar a preponderância a desenvolver doenças hereditárias, a exemplo da fibrose cística.

Redação Terra»

Fonte: Terra
Link:http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3503007-EI238,00.html

Sem comentários: