segunda-feira, 9 de março de 2009

Açores - Região vai apoiar novas instalações do Centro de Procriação Medicamente Assistida


«A Secretaria Regional da Saúde nos Açores vai apoiar as novas instalações e o alargamento das capacidades do Centro de Procriação Medicamente Assistida localizado na Clínica de Bom Jesus em Ponta Delgada (São Miguel), revelou hoje fonte governamental.

Miguel Correia, Secretário Regional da Saúde, adiantou, em conferência de imprensa, que “vão ser estudados os moldes em que a região irá funcionar com o futuro centro no apoio dos casais com problemas de infertilidade”.

Nos Açores, disse o secretário regional, “os números são assustadores porque todos os anos são referenciados 90 novos casais com problemas de infertilidade que são apoiados em tratamentos e medicamentos” em clínicas do continente português.“Gastamos uma média anual de 170 mil euros no apoio a estes casais”, disse Miguel Correia, que acrescentou estarem “orçamentados 250 mil euros para o corrente ano”.

Para o secretário regional da saúde, este projecto “é visto com bons olhos” uma vez que os casais açorianos “passarão a ser encaminhados para o centro na região até ao limite da sua capacidade”.“A partir da criação das novas instalações, poderão ser usadas todas as técnicas de fertilização”, afirmou Rui Mendonça, responsável pelo centro, que existe há 13 anos.Até ao momento, “por o centro estar instalado na Clínica do Bom Jesus, propriedade da Diocese dos Açores, não eram usadas as técnicas de doação - utilização de esperma e ovócitos - por respeito à ética da Igreja”.Rui Mendonça assegurou que “vão ser usadas todas as técnicas de inseminação artificial uterina, fertilização "in vitro" e “ICSI” (Intracytoplasmic Sperm Injection - Injecção Intra-Citoplasmática de Espermatozóides).As novas instalações visam “dar resposta aos muito exigentes critérios da Comissão Nacional Procriação Medicamente Assistida” e "responder a um maior número de tratamentos”.

Rui Mendonça estima que “existam muitos mais casais com este problema na região, que desejam beneficiar destas técnicas, mas não querem ser referenciados”.Segundo disse, “ser referenciado tem custos indirectos elevados, nomeadamente ausências prolongadas do trabalho”, bem como “cerca de três anos em lista de espera”.As novas instalações do Centro de Procriação Medicamente Assistida dos Açores deverão começar a funcionar a partir do segundo semestre do corrente ano. »

Fonte:Açores.net
Link:http://www.acores.net/noticias/view-32222.html

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