terça-feira, 17 de março de 2009

Portugueses gastam 5 mil euros contra infertilidade


«Negada declaração que permite acesso dos casais inférteis às clínicas privadas para tratamentos. Queixas motivam recomendação do Conselho Nacional para o Ministério da Saúde.
Carla Marina Mendes | cmendes@destak.pt

As dificuldades dos casais que não conseguem ter filhos mantêm-se, mesmo depois das promessas de mais apoios e redução das listas de espera. E apesar de ter passado um ano desde o anúncio de José Sócrates, o encaminhamento dos casais para o privado continua a não ser feito.

Foi na sequência de várias queixas que o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) decidiu avançar com uma recomendação do Ministério da Saúde para que agilize os procedimentos que vão permitir aos casais inférteis receber tratamento no privado, quando falhar a resposta no sector público.

É que, apesar de a lei determinar que os doentes precisam de uma declaração do centro público a atestar a falta de resposta, esta tarda e falha. À Agência Lusa, Eurico Reis, presidente do CNPMA, explicou que foram vários os casais a quem a declaração foi recusada, o que justifica o pedido, dirigido ao Ministério da Saúde, para que a promessa feita «tenha, o mais rapidamente possível, consequências práticas».

Tratamentos caros

São, em Portugal, 25 os centros que realizam este tipo de tratamentos, a maioria dos quais privados. Daí a importância de um encaminhamento que, à Lusa, a ministra da Saúde reconheceu que já deveria ter acontecido em 2008, comprometendo-se com novidades nesta área no decorrer deste mês.

Mas os problemas não se ficam por aqui. O anúncio de Sócrates de que o financiamento da procriação medicamente assistida seria suportado, a 100% - no caso da primeira linha de tratamentos e do primeiro ciclo da segunda linha de tratamentos - pelo Estado, não resolve todos os problemas. Isto porque há tratamentos que podem custar mais de 5 mil euros.»

Fonte:Destak
Link:http://www.destak.pt/artigos.php?art=22924

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