«O número de grávidas adolescentes no Algarve é superior à média nacional. A situação preocupa os profissionais de saúde que incluíram o tema no programa de comemorações do Dia Internacional da Mulher.
O Serviço de Urgência Obstétrica/Ginecológica do Hospital Central de Faro (HCF) vai visitar a Escola EB 2/3 José Carlos da Maia, em Olhão, para uma sessão informativa sobre a “Gravidez na Adolescência”, no dia 10 de Março.
Segundo a enfermeira coordenadora daquele serviço, embora o número de grávidas adolescentes não tenha aumentado no último ano, o tema “continua a ser preocupante”.
A sessão terá “o objectivo máximo, para além de sensibilizar as jovens para o facto de terem uma sexualidade segura e consciente, mostrar-lhes o que é que nós podemos fazer caso decidam avançar com a gravidez”, explica ao Observatório do Algarve Ana Luísa Cavaco.
Segundo dados dos Hospitais do Serviço Nacional de Saúde da Região Algarvia, disponibilizados pela ARS Algarve, em 2008 nasceram três crianças com mães menores de 15 anos e 1.005 bebés com mães entre os 15 e os 24 anos.
Estes números registam uma diminuição em relação a 2007, cujos nascimentos onde as mães eram menores de 15 anos foram cinco e com mães entre os 15 e os 24 foram 1.068.
Todavia, fonte do Alto Comissariado da Saúde, citada pela ARS Algarve, indica que na região a média de nascimentos em mulheres menores de 20 anos foi de 5,5 por mil, em 2007, enquanto que em Portugal continental foi de 4,5 por mil.
Sensibilizar para o sexo seguro
Ana Luísa Cavaco sublinha que a acção da próxima terça-feira irá abordar também as doenças sexualmente transmissíveis e os métodos contraceptivos.
“Se pudermos evitar que elas engravidem e assegurar que têm uma sexualidade segura e consciente, evitando doenças sexualmente transmissíveis, é o melhor. Se decidirem engravidar nós estamos cá para as receber e temos variados serviços que lhes pretendemos mostrar, embora o objectivo máximo seja: não engravidem porque não é própria a altura”, sublinha.
O Hospital Central de Faro tem uma consulta própria para grávidas adolescentes, que integra uma equipa multidisciplinar.
Ao desenvolver trabalho na Urgência Obstétrica/Ginecológica, Ana Luísa Cavaco não acompanham directamente as grávidas adolescentes ao longo do período de gestação. Mas, a percepção que tem é que muitos destes casos acontecem no seio de famílias desestruturadas, onde há um acompanhamento familiar deficiente.
“Naturalmente que há muitas jovens que têm conhecimento como se engravida e como podem evitá-lo. Também há aqui um pouco da parte hormonal aos pulos, naquela idade que é difícil de frear e de conter emoções. Tudo isso poderá contribuir”, acrescenta.
A enfermeira aconselha as jovens a viverem “a adolescência e a juventude nos timings necessários”.
“Percebo que tenham de ter os seus namoricos. Não é pecado namorar, faz parte do seu desenvolvimento, mas que o façam de forma consciente e com opções, portanto, que saibam aquilo que estão a fazer”, conclui.
A sessão informativa “Gravidez na Adolescência” está integrada no programa de comemorações do Dia Internacional da Mulher, promovido pelo HCF. O programa completo pode ser consultado aqui.
Inês Correia»
Fonte:Observatório do Algarve
Link:http://www.observatoriodoalgarve.com/cna/noticias_ver.asp?noticia=28042
terça-feira, 10 de março de 2009
Gravidez na adolescência preocupa profissionais gravida.
Postado por Paulo Pires às 3/10/2009 02:00:00 da tarde
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário