quinta-feira, 12 de março de 2009

Infertilidade atinge 290 mil casais portugueses


«DIANA MENDES, em Veneza
Estudo. Os primeiros dados nacionais sobre a infertilidade em Portugal foram ontem divulgados em Veneza pela Sociedade de Medicina da Reprodução. Os casais com este problema serão menos do que se calculava. Ainda assim, 9,7% das mulheres com mais de 25 anos têm dificuldade em engravidar

Apenas 10 por cento precisam de procriação assistida

Há pelo menos 290 mil casais portugueses afectados por problemas de infertilidade. São estes os resultados preliminares do primeiro estudo sobre o problema em Portugal (Afrodite) realizado pela Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR) e ontem apresentados no 13.º Congresso Mundial de Reprodução Humana, que termina hoje em Veneza.

Estes são os "primeiros dados reais sobre o problema em Portugal", disse ao DN o presidente da SPMR, João Silva Carvalho, que desenvolveu o estudo em parceira com a Keypoint. "Até agora, eram extrapolados a partir de estudos de comunidades específicas de outros países, que apontavam para 10% da população".

O estudo revela assim que o número de casais inferteis no país será bem menor do que o divulgado até agora e que apontava para meio milhão. "O problema é que o anterior cálculo de 500 mil casais afectados abrangia toda a população" e agora elimina da amostra as pessoas com menos de 25 anos, em que os casos de gravidez são reduzidos.

Os dados mostram agora também que 9,7% das mulheres entre os 25 e os 69 anos sofrem de infertilidade. Para estes resultados preliminares foram inquiridas 1388 pessoas, das quais 891 eram mulheres que foram a uma consulta médica relacionada com a infertilidade, fizeram tratamentos ou que não conseguiam engravidar num mínimo há um ano.

Em Portugal , apenas 10% dos casos de infertilidade são tratados com recursos a técnicas de procriação medicamente assistida, como a fertilização in vitro ou injecção intracitoplasmática (selecção do melhor espermatozóide e sua injecção directa no óvulo) . Na maior parte dos casos, o problema resolve-se recorrendo a medicamentos e a cirurgias", refere o ginecologista.

Mil crianças por ano

Em Portugal, apenas 1% as crianças nascem através de técnicas de procriação assistida ou seja, cerca de mil por ano. Uma percentagem muito inferior há de outros países.

Durante o congresso, vários especialistas sublinharam que, em média, se fazem 300 ciclos de tratamento de fertilização por milhão de habitantes, quando a média europeia está nos 1115. O que levou o Governo a anunciar um aumento dos apoios a estes casais, nomeadamente patrocinando o primeiro ciclo de tratamentos.

Entre os casais nacionais "60% dos casos de infertilidade devem-se a problemas funcionais das mulheres e 40% dos homens, diz João Silva Carvalho . Mas num terço dos casos há problemas relacionados com o homem e a mulher ao mesmo tempo".

No entanto, os inquéritos realizados neste estudo revelam que a maioria das mulheres pensa que o problema é seu. Apenas "uma minoria das mulheres (13%) atribuiu os problemas em engravidar ao seu parceiro, nomeadamente a alterações dos espermatozóides".

Curiosas são as razões apontadas pelos casais para infertilidade: 92% ligam o problema a causas orgânicas femininas; 86,7% à idade da mulher; 85,5% a causas masculinas e apenas 69,9% idade do homem. A vontade de Deus também é referida por 40% dos inquiridos. O uso prolongado da pílula (50,8%) e condições hereditarias (64%) também estão ligadas a estes problemas.

A jornalista viajou a convite da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução»

Fonte:Diário de Noticias
Link:http://dn.sapo.pt/2009/03/08/sociedade/infertilidade_atinge_mil_casais_port.html

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá...
Ando com uma duvida muito grande nestes dias, eu parei de tomar a pilula á 7 meses, tinha uma vida sexual, sei precauções, eu e o meu marido estavamos a tentar com que eu engravida-se só que nesses 7 meses nao engravidei, começei a tomar agora a pilula, e tambem nao temos cuidados nenhuns uma vez que tomo a pilula, só que sou muito esquecida nao tomo sempre certinho.
E ultimamente dá-me uma vontade enorme de dormir, sinto muito cansaço e á noite sinto o peito muito pesado, por vezes tambem sinto vomitos.
O que mais me deixa a pensar é o facto de andar cansaçada pois nao trabalho, e á noite sinto exausta. Porque os vomitos já é normal de mim sintir.

Posso tas gravida?
Ou ter alguma depressão?

Bjinhos