terça-feira, 11 de março de 2008

Poupança pode aliviar a chegada do primeiro filho


«A chegada do primeiro filho é motivo de alegria e ansiedade para os pais e familiares da criança. Afinal de contas, será o primogênito e provavelmente o mais bajulado da casa. Mimos à parte, a necessidade do planejamento financeiro é essencial para tentar equilibrar o orçamento doméstico após a chegada do novo membro da família e, assim, evitar surpresas desnecessárias. Investir em uma caderneta de poupança e cortar gastos desnecessários estão entre as atitudes mais sensatas na opinião dos entrevistados.

Segundo o economista Wagner Ismanhoto, a palavra planejar torna-se indispensável no dicionário de qualquer casal que pretende ter um filho. Para ele, o nascimento é algo maravilhoso, porém, as eventuais dificuldades financeiras que acompanham uma gravidez fazem a situação piorar. “O bom senso manda que se tenha uma condição financeira mínima para dar um atendimento adequado a essa criança”, ressalta.

O planejamento deve ter início após o casamento. De acordo com Ismanhoto, a economia deve começar a partir do momento em que o casal decide ter um filho. Se isso ocorrer após três anos, é viável que se reserve uma parte do orçamento para ser aplicado exclusivamente após o nascimento da criança. Vale lembrar que os primeiros gastos têm início logo após detectada a gravidez, a partir de exames preliminares e de acompanhamento médico.

Para economizar, ele recomenda o corte imediato de gastos a princípio desnecessários, como assinatura de revistas, serviços de Internet e televisão a cabo. “A partir do momento que, mesmo fazendo um planejamento não se consegue fechar as contas, isso é normal. Planejar não significa necessariamente colocar as contas em equilíbrio. É uma questão de ajuste no orçamento familiar”.

A prioridade do novo orçamento são produtos e atendimento básicos que toda criança necessita, independentemente de algum tipo de reserva que tenha sido feita, como consultas médicas, gastos com farmácia, fraldas e alimentação. Para se ter uma idéia, das sete vacinas que são necessárias no primeiro ano de vida, duas são aplicadas apenas em estabelecimentos particulares ao custo de aproximadamente R$ 400,00.

“Esses são considerados os gastos mínimos que uma criança tem no início da vida”. O economista afirma que indicar a porcentagem que o casal deve reservar do salário para o filho é variável de acordo, por exemplo, com a condição social da família.

E para quem acredita que esta é a fase mais dispendiosa da vida, o economista faz um alerta. “Dizem que a fase das fraldas é a mais barata. Depois disso tem a escola, os materiais escolares e muitos outros gastos.”

Investimento

O economista Saulo Batistela de Lima também afirma que é difícil destinar um valor exato do orçamento doméstico para o bebê, uma vez que a quantia é proporcional ao padrão de vida do casal. Ele também recomenda que os casais façam uma reserva de, no mínimo, nove meses - tempo que dura a gestação.

“Se forem depositados R$ 250,00 (por mês) durante este período, com a chegada do filho o valor será de R$ 2.250,00, o que dará para cobrir alguns custos iniciais”. Ele afirma que a economia mensal deve oscilar entre 15% e 20% dos rendimentos do casal.

A professora Keila Cristina Armando de Moraes deu à luz seu primeiro filho há um mês. Ela afirma que, quando decidiu ter a criança, não tomou atitudes como abrir uma conta poupança, porém, foi se planejando financeiramente para investir em seu filho.

Ela possui convênio médico e, no momento, as despesas com alimentação são mínimas em razão do período de amamentação. Com o tradicional chá de bebê, ganhou muitos pacotes de fraldas. O único gasto atualmente é em relação a roupas. “Ele está crescendo muito rápido e as roupas de nenê são caras”. Para solucionar o problema, ela irá gastar entre R$ 80,00 e R$ 100,00 mensais com esses produtos.»

Fonte:JCNet
Link:http://www.jcnet.com.br/editorias/detalhe_economia.php?codigo=125480

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