segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Graças à pílula, 100 mil mortes por câncer de ovário foram evitadas

«PARIS (AFP) — A pílula contraceptiva permitiu a prevenção de 100.000 mortes de câncer de ovário no mundo desde sua introdução, há quase meio século, afirmou um estudo a ser publicado na edição de sábado do semanário médico britânico The Lancet.

Para chegar a esta estimativa, o professor Valerie Beral (Oxford, Reino Unido) e seus colegas de um grupo de colaboradores destinado a estudar este tipo de câncer analisaram, numa primeira etapa, 45 estudos epidemiológicos sobre o câncer ovariano oriundos de 21 países. Estas pesquisas prévias incluíam 23.257 mulheres atingidas pelo câncer ovariano e 87.303 sadias.

"Durante as próximas décadas, pelo menos 30.000 casos suplementares de câncer ovariano provavelmente serão evitados por ano em razão da utilização da pílula em 2002, dos quais 80 milhões em países em desenvolvimento", acrescentam os autores.

Os contraceptivos orais são comumente relacionados ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como mama e colo do útero. Mas, ao mesmo tempo, têm um efeito considerado protetor para outros, como os de ovários, útero e o colo-retal, lembram os especialistas canadenses do Lancet.

Este artigo confirma o caráter protetor dos contraceptivos orais com relação ao câncer de ovário, de maneira "impressionante" e sem deixar nenhuma dúvida, ressalta o editorial do The Lancet. O estudo mostra ainda que as vantagens protetoras persistem por anos.

"Os benefícios dos contraceptivos orais contra o câncer de ovário independem de sua composição", afirma o Lancet. Ao lembrar que as contra-indicações (problemas cardíacos ou hepáticos, tromboses, dentre outros) dos anticoncepcionais, os autores do estudo ressaltam que os benefícios trazidos pelas pílulas superam seus riscos.

Estes trabalhos foram financiados pela associação britânica, Cancer Research UK.»

Fonte: AFP
Link:http://afp.google.com/article/ALeqM5i0pG6Iurm-G3-QNGyz-yNCJ9jOEQ

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