quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Preparação do quarto é o início de tudo


«Levantamento mostra que os gastos podem chegar a R$ 2,5 mil na compra de itens como berço, cômoda e guarda-roupas

Adilson Camargo

Decorar e mobiliar o quarto do bebê é o primeiro impacto no orçamento familiar. O primeiro de muitos. De acordo com o levantamento feito pelo Jornal da Cidade em algumas lojas especializadas de Bauru, deixar o quarto pronto para receber o filho custará algo em torno de R$ 2,5 mil apenas com os itens básicos, como berço, cômoda e guarda-roupas, entre outros.Depois do quarto pronto, é hora de correr atrás do carrinho de bebê, da banheira, do enxoval da criança e também da mãe.

A despesa sempre é maior quando se trata do primeiro filho, porque é preciso comprar tudo. Quando chega o segundo filho, muito do que foi comprado para o primeiro é reaproveitado.De acordo com Luiz Carlos Ewald, professor de finanças dos cursos MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), o segundo filho custa cerca de 80% do custo do primeiro. E o terceiro, cerca de 65% do custo do primeiro. Ele lembra que o quarto, as roupas, os calçados, os brinquedos e mesmo os livros são reaproveitados.O segundo grande impacto no orçamento familiar vem com o fim da licença-maternidade.

É chegada a hora de contratar uma babá ou matricular o filho em um berçário, caso a mãe trabalhe fora e não tenha a quem recorrer – a casa dos avós é o destino certo de muitas crianças. Em Bauru, existem várias opções de berçários. Os preços variam bastante. Há locais que cobram R$ 200,00 para ficar com a criança o dia todo. Outros chegam a cobrar R$ 550,00. Os serviços prestados por um e por outro também variam bastante. Cabe aos pais decidir qual deles atende as necessidades e possibilidades da família.Também vai pesar no bolso dos pais quando o filho estiver ingressando no ensino fundamental, caso a escola escolhida seja particular.

A partir daí, as despesas aumentam na medida em que o filho cresce. A educação vai ficando cada vez mais cara e ao atingir a fase da adolescência, os filhos ficam mais “pidões”. “Se os pais cederem às exigências dos filhos, a fase da adolescência pode se tornar mais cara, pois acumula o desejo de consumo de produtos supérfluos e de marcas com os estudos”, afirma o economista Adriano Fabri, consultor econômico-financeiro e professor da Instituição Toledo de Ensino (ITE).Quando o filho chega à faculdade, o nível dos gastos vai depender do curso escolhido.

Um curso em tempo integral é bem mais caro do que outro em apenas um período. O mais comum entre os alunos que cursaram escola particular desde os primeiros anos é entrar em uma faculdade pública, mas não é sempre que isso acontece. O valor que consta dos cálculos feitos pelo Jornal da Cidade refere-se ao mínimo pesquisado, ou seja, é dali para mais.Para Fabri, os custos após a entrada na faculdade, se a universidade for particular, pode dobrar nesse período.

Por esse motivo, o economista considera que se a família conseguir investir em uma melhor educação para o filho desde cedo, será mais fácil ele ingressar numa universidade pública e, com isso, economizar dinheiro.Na opinião do economista Geraldo Pineli, qualquer investimento que se faz ao longo da vida dará retorno, mas nenhum chega perto do retorno que dá a educação. “Esse investimento é muito superior a qualquer outro, porque é algo que a pessoa vai usufruir para o resto da vida. Ele muda o padrão de vida”, afirma.»

Fonte:JCNET

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