quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Hospital Privado de Chaves com maternidade a partir de 2009


«A cidade de Chaves vai dispor, menos de um mês depois de fechar o bloco de partos local, de um hospital privado no concelho que, a partir de 2009, vai disponibilizar maternidade e serviço de urgências 24 horas por dia.
O futuro Hospital Privado de Chaves (HPC), cujas obras arrancaram hoje, é uma iniciativa orçada em cerca de 20 milhões de euros, da Casa de Saúde de Guimarães (CSG) e do Hospital Particular de Viana do Castelo (HPVC).

Teófilo Leite, administrador da CSG, referiu que a nova unidade hospitalar estará pronta no último trimestre de 2009 e oferecerá os serviços de maternidade, consulta externa para diversas especialidades médicas e cirúrgicas, internamento e cirurgia, meios complementares de diagnóstico e serviço de urgências de 24 horas.
Com uma área de 10 mil metros quadrados, o HPC terá capacidade para 30 consultórios, 52 camas e os serviços de urgência médico-cirúrgica estarão, segundo o administrador, «mesmo» abertos 24 horas por dia.

«Pretendemos responder às necessidades locais, pelo que o hospital procurará complementar a oferta das unidades de saúde já existentes na região», sustentou Teófilo Leite.
O responsável destacou como áreas de interesse estratégico para a população os «serviços de urgências e a maternidade».
«Em 2009, os flavienses voltam a ter uma alternativa válida, orientada para os concelhos mais a norte de Vila Real», disse Carlos Costa, gerente do HPVC.

A nova unidade pretende servir os cerca de 145 mil habitantes de Chaves, Boticas, Montalegre, Valpaços, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar e ainda a cidade fronteiriça de Verin, em Espanha.
«Vamos fazer o inverso do que está a fazer o Estado português. Em vez de levarmos tudo para Espanha queremos trazer, importar os doentes para serem atendidos em Chaves», salientou Teófilo Leite.

António Cabeleira, vice-presidente da Câmara de Chaves, enalteceu o investimento privado em Chaves e considerou que um concelho que não disponha de «um sector de saúde adequado não pode ser competitivo».
«O Estado português está a desresponsabilizar-se. Os cidadãos de Chaves não têm o mesmo acesso à saúde que têm os de Lisboa, embora paguem todos os mesmos impostos», frisou o autarca.

Na sequência do encerramento, a 27 de Dezembro, do bloco de partos do Hospital de Chaves, pelo Ministério da Saúde, a Comissão de Defesa daquela unidade hospitalar está a preparar uma providência cautelar contra o fecho do serviço, que deverá dar entrada, segundo soube a Lusa, nos próximos dias no Tribunal Administrativo de Mirandela.
Com o encerramento do bloco de partos, as grávidas do Alto Tâmega têm agora que se deslocar ao hospital de Vila Real para terem os seus bebés.

Em 2007 nasceram 390 crianças no hospital público de Chaves, 60 por cento das quais através de cesariana.
O Hospital Privado de Chaves vai ser construído junto ao nó de acesso de Chaves à auto-estrada 24. Diário Digital / Lusa »

Fonte:Diário Digital
Link:http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=313859

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