quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Remédio pode combater pressão alta em gestantes


« Um medicamento considerado inédito, que atua no combate à pressão alta em gestantes, está sendo desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde, por intermédio do Instituto Butantan. O objetivo é combater a pré-eclâmpsia, doença atinge mulheres a partir da 20ª semana de gestação e que pode até matar.

Pesquisadores do Centro de Toxinologia Aplicada do Butantan encontraram uma substância presente no veneno da jararaca capaz de atuar diretamente nos casos de hipertensão gestacional. Os responsáveis pelo trabalho pesquisam há quatro anos as aplicações medicinais de moléculas sintéticas derivadas do veneno de cobras.

A partir dos estudos, foi possível identificar um mecanismo capaz de atuar diretamente nas artérias para manter os vasos sanguíneos relaxados e, com isso, controlar a pressão. Foram concluídos testes realizados com animais, que comprovaram a eficácia da nova substância.

“As drogas usadas atualmente no combate à pré-eclâmpsia são desenvolvidas para um hipertenso comum. Agora estamos desenvolvendo um novo medicamento que leva em consideração todas as peculiaridades do organismo de uma mulher grávida”, Juliano Guerreiro, pesquisador do Butantan.

Estatísticas

Cerca de 3,2 milhões de mulheres ficam grávidas por ano no Brasil. Segundo o Conselho Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez, 10% dessas gestantes apresentam pré-eclâmpsia, que é responsável por cerca de 30% dos óbitos maternos. Ou seja, cerca de 320 mil mulheres por ano seriam usuárias diretas desse medicamento.

Além da pressão arterial alta, a pré-eclâmpsia se caracteriza por retenção de líquidos (edema) e presença de proteína na urina (proteinúria), podendo evoluir para um quadro de convulsão e coma (eclampsia). A pré-eclâmpsia precisa ser diagnosticada e tratada de forma rápida (durante o pré-natal), já que pode restringir de maneira severa o fluxo de sangue para a placenta, prejudicando perigosamente o feto. O Instituto Butantan fica na Avenida Vital Brasil, 1.500 – Butantã, Zona Oeste de São Paulo.»

Fonte:A Tribuna Online

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